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Municípios Perdas e prejuízos

Prefeitos da região falam sobre decretos de situação de emergência devido à estiagem; confira

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(Foto: Bruno de Souza/OP)

O Paraná está oficialmente em estado de situação de emergência devido à estiagem há cerca de uma semana, por meio do decreto nº 10.002 sancionado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em 30 de dezembro.

Desde então, diversos municípios do Estado aderiram ao decreto em vigor e sancionaram a situação de emergência em âmbito municipal. Na região, já aderiram à decisão do governo paranaense os municípios de Cascavel, Toledo, Marechal Cândido Rondon, Pato Bragado, Quatro Pontes e Maripá. Mercedes deve aderir ao decreto hoje (07) e Nova Santa Rosa em breve, bem como Santa Helena. Entre Rios do Oeste, por outro lado, não deve declarar.

 

Providências

“As perdas da agricultura devido à seca alcançam R$ 16,8 bilhões no Paraná e atingem as culturas de feijão, batata, silagem, leite, hortaliças e laranja, para além da soja e do milho, que são maioria no Oeste”, declarou, recentemente, o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.

Diante do prejuízo bilionário ao Estado, “estão caracterizados danos humanos, ambientais e consequentes prejuízos econômicos públicos e privados de grande vulto, impactando diretamente a população, especialmente nas áreas rurais, com desabastecimento de água inclusive para dessedentação de animais”, segundo o documento.

A partir da declaração, municípios estão autorizados a atuar em resposta à estiagem, por meio da dispensa de licitação para ações com esse fim. A situação de emergência no Paraná tem vigência de 180 dias.

 

Toledo

Toledo aderiu ao decreto estadual de situação de emergência no mesmo dia da publicação. De acordo com o prefeito Beto Lunitti, a estiagem foi constatada no município desde agosto de 2021. “De lá para cá, a precipitação ficou abaixo da média histórica e aquém da necessidade das propriedades, acentuando ainda mais o problema, o que gerou uma mobilização de todo o setor produtivo para que este decreto fosse editado. Por entendermos que não se trata de um documento que resolve os problemas como um ‘passe de mágica’, conversamos com todas as partes envolvidas para encontrar a melhor solução possível para o momento, dentro da legalidade e seguindo todos os critérios técnicos”, mencionou.

Prefeito de Toledo, Beto Lunitti: “Não se trata de um documento que resolve os problemas como um ‘passe de mágica’” (Foto: Divulgação)

 

Quatro Pontes

Em Quatro Pontes, o decreto foi assinado na quarta-feira (05) e tem vigência de 30 dias. Segundo o prefeito em exercício, Tiago Hansel, toda a região está sofrendo. “Quatro Pontes depende na sua totalidade da agricultura e da economia do agronegócio. Entramos em contato com órgãos responsáveis e entendemos a necessidade de decretar estado de emergência. Ficamos à disposição da nossa população”, afirmou.

No município a estiagem causou perdas significativas na produção de grãos, em especial soja e milho, e na pecuária houve perdas no crescimento das pastagens, na produção de silagem e na disponibilidade de matéria-prima para fabricação de ração. Desta forma, considerando as principais atividades impactadas diretamente pelas intempéries climáticas observadas no município, as perdas verificadas até o momento totalizam R$ 114.677.638,17. Persistindo as condições adversas pode haver majoração dos valores.

Prefeito em exercício de Quatro Pontes, Tiago Hansel: “Quatro Pontes depende na sua totalidade da agricultura e da economia do agronegócio” (Foto: Vanderleia Kochepka)

 

Maripá

Também na quarta-feira Maripá aderiu ao decreto estadual e declarou situação de emergência no município. Em reunião com a equipe técnica da municipalidade, estimou-se uma perda de 95% na produção das culturas de soja e milho, além de perdas com a produção leiteira e culturas com menor impacto, representando um prejuízo que supera R$ 234 milhões.

 

Pato Bragado

A partir de relatórios das secretarias municipais de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, e de Finanças, a administração de Pato Bragado publicou ontem (06) o decreto que adere à situação de emergência devido à estiagem. “Com esse documento, os produtores têm a oportunidade de buscar as instituições financeiras para renegociar seus débitos. Nosso governo fará de tudo para dar novo fôlego aos agricultores, pensando desde já na safrinha que está por vir”, disse o prefeito Leomar Rohden (Mano).

Prefeito de Pato Bragado, Leomar Rohden (Mano): “Nosso governo fará de tudo para dar novo fôlego aos agricultores, pensando desde já na safrinha que está por vir” (Foto: Divulgação)

 

Prefeito aponta perda de 85% na soja e milho de Marechal Rondon

Em Marechal Rondon, a situação de emergência devido à estiagem foi reconhecida ontem (06) por meio da adesão ao decreto estadual. “Infelizmente, Marechal Rondon sofreu uma perda de cerca de 85% na produção de soja e de milho. É um momento difícil e que exige do município a responsabilidade de, a partir da condição oferecida pelo Estado, aderir ao decreto”, expõe o prefeito Marcio Rauber.

Ele considera o cenário lamentável, mas enxerga a medida como necessária. “O intuito é trazer facilidades para os produtores rurais”, considera.

A “força-tarefa”, nas palavras do chefe do Executivo, que apoiou a adesão de Marechal Rondon ao decreto estadual foi composta pelo Instituto de Desenvolvimento Rural Iapar/Emater, Agrícola Horizonte, Sicredi Aliança PR/SP, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Sustentável, Copagril, Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário, Sindicato Rural Patronal, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Vanderlei Carlos Moraes Transportes, Serviço Autônomo de Água e Esgoto, Secretaria de Mobilidade e Defesa Civil municipal.

Prefeito de Marechal Rondon, Marcio Rauber: “É uma medida necessária com o intuito trazer facilidades para os produtores rurais” (Foto: Divulgação)

 

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