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Municípios Melhoramento genético

Santa Helena pode produzir rainhas à apicultura da região Oeste

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Em um primeiro momento foram disponibilizadas rainhas para alguns produtores. Após observado o comportamento na região, será iniciada a produção em escala maior e comercial (Foto: Divulgação/Coofamel)

Uma parceria que envolve a Cooperativa Agrofamiliar Solidária (Coofamel), a Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná (Biolabore) e a Associação de Apicultores de Santa Helena (Apisa) pode marcar um avanço na apicultura da região Oeste do Paraná. O que se busca é a produção de rainhas em Santa Helena, antes trazidas de outros lugares, principalmente de Minas Gerais.

O presidente da Coofamel, Antônio Schneider, ressalta que, aliado ao bom momento da apicultura, o objetivo é aumentar a produtividade, e uma das opções é por intermédio da troca de rainhas, com observação ao melhoramento genético.

O doutorando em Zootecnia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), técnico da Biolabore, Douglas Galhardo, diz que a produção na região vai evitar a mortalidade de rainhas durante o trajeto, possibilitando a verificação de colmeias mais produtivas e, com isso, implementar um processo de melhoramento genético. “Nesse primeiro momento vamos fazer uma produção inicial. Serão disponibilizadas rainhas para alguns produtores e vamos ver como é comportamento na região para depois começar a produção em escala maior e comercial”, explica. “Nós começamos com alguns produtores que tinham, entre suas colônias, melhor produção. Vamos começar um processo de seleção e testes para termos uma genética adaptada à região”, frisa.

Esta metodologia, na visão de Schneider, é importante por vários motivos, como o aumento do tamanho do enxame e, consequentemente, melhor produtividade.

O presidente da Coofamel observa que este tipo de atividade demanda de técnicas específicas, com laboratório destinado a esta finalidade, mas representa um ponto muito positivo para a região que importava rainhas, principalmente do Estado de Minas Gerais.

A distância e o tempo necessário para o transporte, pontua Galhardo, ocasiona algumas perdas com a mortalidade dos animais, fator que gera prejuízo. Com a produção na região, ele enaltece que a perda será bem menor.

A expectativa é que, após os primeiros testes e coleta de dados a respeito do processo, iniciem os procedimentos de larga escala e atendimento aos produtores do Oeste do Paraná.

 

Exportação e bons preços são pontos positivos ao mercado do mel

Alguns fatores representam um cenário positivo para a produção de mel em Santa Helena e região. O mercado externo está dentre os incrementos ao setor. De acordo com a Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel), cerca de 60% da produção de mel brasileiro é exportada.

Conforme o presidente da Coofamel, a safra 2020/2021 foi muito positiva com recorde de produção. O dólar alto, a boa produtividade e as exportações excelentes, segundo ele, representam um cenário favorável para o setor.
De acordo com Schneider, em torno de 70% do mel da região vendido pela Coofamel foi destinado à exportação, o que representa aproximadamente 200 toneladas. “O produto da região é considerado um dos melhores méis do Brasil, o que o faz ser aceito no mundo todo”, ressalta.

A boa qualidade, com baixa umidade, tonalidade atrativa e o sabor distinto são fatores importantes e que influenciam na aceitabilidade, aponta ele.

No aspecto econômico, o presidente da Coofamel diz que o bom cenário internacional possibilitou a prática de bons preços ao produtor com valores que superaram R$ 13 o quilograma.

 

Com assessoria

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