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“É vergonhoso, mas o STF não é obedecido neste país”, afirma Deputado Serraglio

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Um dos assuntos que tomou conta da semana que passou foi o protesto em Guaíra, realizado na última quarta-feira (06), contra os estudos de um grupo de trabalho organizado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) visando futuras demarcações de terras indígenas. Na quinta-feira (14), na Câmara dos Deputados em Brasília, a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, presidida pelo deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR), promove uma audiência pública. Lado a lado estarão representantes dos dois grupos interessados nesta história: indígenas e produtores rurais.

Presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo do Congresso Nacional, que congrega 274 parlamentares, entre deputados e senadores, o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) participou, na sexta-feira (08), do Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, em Curitiba, organizado pelo Sistema Ocepar. Na ocasião, ele expôs que o Brasil possui atualmente em torno de 8% de seu território voltado a terras agricultáveis, enquanto 13% são  terras indígenas.

Ao Jornal O Presente, ele ressaltou que os números mostram com evidência que os indígenas têm área suficiente no país. “A briga não é por terra. Quem está insuflando os indígenas para provocá-los a entrar nestes atritos com os agricultores são estrangeiros que colocam dinheiro em ONGs, porque quanto mais tomarem terra agricultável para converter em reserva indígena, é menos terra produzindo. Em vez de competirem conosco nos produtos, estão nos sufocando e a prova está aí: produzimos em 8% de área 243 milhões de toneladas (de grãos). Você imagina se colocássemos mais 8%? Seriam 500 milhões de toneladas. Só com uma mudada neste viés já teríamos recursos em que não precisaríamos mais ficar chorando com reforma previdenciária e nem nada”, desabafou.

Serraglio levanta a questão: o que significaria para o Brasil e para a economia brasileira aumentar 20% a 30% a produção. Contudo, ao mesmo tempo ele pondera que não é possível fazer essa análise porque em cada lugar há uma objeção. “Por que tanta gente brigou no Brasil? Será que somos nós, brasileiros, que queremos dizer que 20% da área tem que ser reserva (indígena)? Por que isso? Qual o país do mundo que tem isso? Qual país do mundo que determina a seus agricultores que eles não plantem em 20% da sua área?”, questiona.

 

ONGs

O presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo garante que existe muito dinheiro que entra legalmente no país, via entidades e ONGs, as quais afirmam desenvolver trabalho social, mas cuja atuação é apenas de aparência, para patrocinar ações e invasões, revela o deputado. “Você já viu algum índio melhorar de vida com esse dinheiro? Não. É dinheiro que patrocina ações e gera conflitos. Com isso, cada vez contamos com menos áreas agricultáveis, pois estão sendo criadas reservas”, observa. “Mas estamos revertendo isso. Neste momento tem gente sendo processada porque fez negociação com os indígenas e está plantando (na reserva). Isso está acontecendo, por exemplo, em Santa Catarina”, argumenta.

Confira matéria completa na edição impressa dessa terça-feira (12). 

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