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Dos 7,9 milhões de eleitores do Paraná, 304 usarão nome social pela 1ª vez nas eleições

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Gisele Alessandra Schmidt e Silva é um dos 304 eleitores com nome social no Paraná (Foto: Bebel Ritzmann/OAB-PR)

Esta é a primeira eleição em que transexuais e travestis usarão os nomes sociais para votar. No Paraná, dos 7,9 milhões de eleitores, 304 têm nome social apto para votar, de acordo com o Tribunal Superior Eleitor (TSE).

O nome social é aquele com o qual a pessoa se identifica. Portanto, o título desses eleitores não tem o nome original que consta no registro civil.

A portaria que regulamenta o nome social no cadastro eleitoral foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico do TSE em abril deste ano.

SEM CONSTRANGIMENTO

A advogada Gisele Alessandra Schmidt e Silva, de Curitiba, afirmou que essa conquista é de extrema importância.

Ela conseguiu retificar o nome há três anos, por meio de um processo judicial. Desde março, é possível que transexuais e transgêneros mudem o nome do registro civil sem a necessidade de realização de cirurgia de mudança de sexo gracas à uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para ela, essa determinação do STF colocou o Brasil na vanguarda, em relação aos direitos do movimento LGBTI+.

A decisão do TSE contribui, segundo Gisele Alessandra, para aquelas pessoas que não queiram mudar o registro civil, pois possibilita o uso do nome social sem a necessidade de alterar o registro civil.

PERFIL

Solteiro, mulher, com ensino médio completo e faixa etária de 35 a 39 anos. Conforme os dados do TSE, esse é o perfil do eleitor paranaense.

ESTADO CIVIL

Os eleitores solteiros representam 46,2% do total, o que contabiliza 3,6 milhões de pessoas. Os casados vêm logo atrás, somando 43,7% (3,4 milhões).

Os divorciados aparecem em terceiro lugar, com 4,44% (354 mil); depois, são os viúvos (4,02%, representando 320 mil eleitores) e os separados judicialmente (1,64%, que são 130 mil cidadãos).

Há ainda aqueles não informados, que são a minoria: 0,036% (2,8 mil pessoas).

GÊNERO

Em relação ao gênero, 52,4% (4,1 milhões) dos eleitores são mulheres, enquanto 47,6% (3,7 milhões) são homens. Os não informados representam 0,010% (817).

FAIXA ETÁRIA

A faixa etária da maior parte do eleitorado é de 35 a 39 anos. Eles representam 10,42% do total, somando 830 mil. Os eleitores entre 25 e 29 anos aparecem em segundo lugar: 10,22% (814 mil).

Em terceiro lugar, estão os adultos de 30 a 34 anos. São 804 mil, equivalente a 10,10% do total.

Jovens com 16 anos, que é a idade que se pode começar a votar, representam 0,22% dos eleitores – isto é, 17 mil.

Atrás deles, aparecem os idosos entre 95 a 99 anos. São três mil eleitores nessa faixa etária (0,04%). Não há registros de eleitores com mais de 100 anos no Paraná.

GRAU DE INSTRUÇÃO

Outro dado que o TSE apresenta sobre o eleitorado é o grau de instrução. 2,05 milhões dos eleitores do estado têm o ensino médio completo. Eles representam 25,74% do total.

Na sequência, estão aqueles com ensino fundamental incompleto: 25,16% (2 milhões). Os eleitores com superior completo representam 13,45% (1,07 milhão), ficando em terceiro lugar.

Depois, aparece o eleitorado que tem o ensino médio incompleto (12,98%, totalizando 1,03 milhão), os com ensino fundamental completo (7,8%, que representam 621 mil cidadãos) e quem tem o superior incompleto (6,64%, ou seja, 528 mil pessoas).

Há também eleitores que sabem ler e escrever – somando 5,46% do total (434 mil) –, os analfabetos (2,73%, que totalizam 217 mil) e os não informados (0,04%, somando 2,9 mil).

BIOMETRIA

A grande maioria dos eleitores do Paraná já votam por meio da biometria: 89,88% – o que representa 7,1 milhões. Os que não têm biometria totalizam 10,12%, ou seja, 807 mil. Dos 399 municípios do estado, 281 têm biometria e 93 não. Há ainda 25 cidades híbridas.

A biometria usa as impressões digitais para identificar o cidadão. O objetivo é ter mais segurança e evitar fraudes.

No Brasil, a emissão de passaporte, de carteiras de identidade e o cadastro das Polícias Civil e Federal contam com sistemas biométricos.

Para o reconhecimento individual, são coletados dados biométricos por meio de sensores que os colocam em formato digital.

No caso do cadastramento feito pela Justiça Eleitoral, os dados são coletados por um scanner de alta definição.

Com RPC TV

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