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Paraná Momento crítico

Estado não descarta novas medidas para frear avanço da Covid-19: “Paraná está na pior semana da pandemia”, diz Beto Preto

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Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto: "A força do vírus está alcançando o nível maior do que tínhamos em julho e agosto, quando tínhamos tido os maiores números até agora" (Foto: Divulgação)

O secretário estadual da Saúde do Paraná, Beto Preto, afirmou, nesta quinta-feira (10), que o Estado está na pior semana da pandemia do novo coronavírus desde março, quando foram confirmados os primeiros casos na região.

“O momento é crítico. Estamos talvez na pior semana da pandemia até agora, voltamos a níveis de julho, agosto, e todos os leitos que tínhamos fechado desde então foram reabertos”, afirmou Beto Preto.

Segundo o boletim da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), a primeira semana de dezembro registrou 21.511 novos casos, um recorde desde o início da pandemia.

O número é cerca de 50% superior às piores semanas de julho, agosto e setembro, quando o número de novos casos semanais chegou a 14,2 mil.

“A força do vírus está alcançando o nível maior do que tínhamos em julho e agosto, quando tínhamos tido os maiores números até agora”, afirmou.

Desde o início da pandemia, o Paraná tem 311.083 casos confirmados e 6.550 mortes registradas, segundo a Sesa.

Internamentos
Naquele período, os hospitais do Estado, tanto público quanto privados, tinham 2,2 mil pacientes internados com Covid-19 ou suspeita da doença, segundo o boletim da Sesa.

O boletim da Sesa de quarta-feira (09) aponta que o Estado tem 2,8 mil pessoas internadas com suspeita ou diagnóstico confirmado de Covid-19.

Segundo a secretaria, 88% dos leitos de UTI adultos do SUS para pacientes com Covid-19 ou suspeita da doença estão ocupados.

Na região Leste do Estado, que engloba Curitiba, região metropolitana e o litoral do Estado, a ocupação é de 94%.

“Todos os dias temos rotatividade de leitos, mas não tem sido suficiente. Então pacientes estão ficando nas UPAS e outras unidades, com dificuldade de acesso aos hospitais”, afirmou Beto Preto.

Segundo o secretário, novos leitos de enfermaria e de UTI devem ser abertos na região de Curitiba e no Oeste do Estado.

De acordo com Beto Preto, a secretaria negocia a abertura de 30 leitos de UTI e 50 leitos de enfermaria no Hospital do Rocio, em Campo Largo, e outros 40 leitos de enfermaria na Lapa, na região de Curitiba.

Na região Sudoeste, o secretário afirmou que devem ser abertas 14 vagas de UTI no Hospital Moacir Micheletto, em Assis Chateaubriand. No Hospital Universitário de Cascavel, no oeste, serão oito novos leitos.

“Mesmo com ampliação de leitos, não adianta esforço para abrir mais um, dez, cinquenta leitos. É importante que as pessoas possam se restringir ao máximo no que fiz respeito a sua mobilidade, diminuir ao máximo qualquer aglomeração”, disse.

Medidas restritivas
De acordo com Beto Preto, o toque de recolher decretado pelo governo estadual, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas e circulação de pessoas das 23h às 05h surtiram efeito, ainda que os resultados ainda estejam sendo avaliados.

Segundo o secretário, as medidas ajudaram a diminuir os internamentos por outras causas.

“Tem resultados práticos no ponto de vista da diminuição de internamentos por violência do trânsito, violência de arma de fogo”, disse.

Ele diz que o Governo do Paraná estuda adotar medida mais restritivas para tentar frear o avanço da Covid-19 no Estado.

Vacinas

Questionado sobre as vacinas, Beto Preto disse que as negociações avançam, mas que cabe ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) legislar sobre o tema. “Uma vez aprovada, nós queremos vacinar antes os profissionais de saúde e os idosos que estão nos asilos”, disse.

 

Com G1 e Bem Paraná

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