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Paraná Cobra peçonhenta

Jararaca de 60 centímetros é avistada em pista de Itaipu

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Jararaca na pista: animal deve ser preservado - e observação, só de longe! Foto: Wanderlei Gregório (Foto: PECD.GB)

Por se tratar de uma Área de Proteção Ambiental (APA), Itaipu serve de lar e refúgio para várias espécies de animais silvestres. Na terça-feira (23), Wanderlei Gregório (PECD.GB) se deparou com um desses moradores enquanto corria na usina ao anoitecer: uma jararaca de cerca de 60 cm de comprimento. O bicho estava no acostamento da via nas proximidades do Almoxarifado.

Preocupado que um encontro desse tipo ofereça risco ao animal, ou a quem transita por ali, Wanderlei fez fotos da cobra e encaminhou à Divisão de Imprensa para alertar outros colaboradores da Itaipu. “Seria importante sinalizar para que corredores e ciclistas redobrem a atenção”, afirmou.

O grupo das jararacas está entre as espécies de cobras peçonhentas que vivem na usina. Além delas, existem as cascavéis e as corais. Caso se depare com uma delas, a recomendação de quem entende do assunto é simples. O biólogo Emerson Suemitsu, da Divisão de Áreas Protegidas (MARP.CD), reforça que a melhor atitude é deixar o animal seguir seu caminho e manter-se a uma distância segura. “O recomendado é deixar o bicho ir embora e não se aproximar”, afirmou.

E, mesmo peçonhentas, nunca se deve matar cobras. Além da importância destes seres para o equilíbrio ambiental, tirar a vida do bicho é crime, segundo o artigo 29 da Lei 9.605/98 de Crimes Ambientais. Se for pego em flagrante, o agressor pode ser preso (a pena vai de seis meses a um ano de detenção). A multa também é alta: de R$ 897,09, podendo chegar a R$ 5 mil, em caso de espécie ameaçada de extinção (como as sucuris).

Outro aspecto relevante: evite transitar pelas áreas da usina após o anoitecer. À noite, os animais como serpentes e onças são mais ativos, por serem de hábitos noturnos. E também é mais difícil visualizá-los na escuridão.

 

Fauna presente, biodiversidade vigente

A diversidade de espécies, inclusive as peçonhentas, é um aspecto positivo para Itaipu e um indicativo das boas condições da biodiversidade. É importante lembrar que, no outono, o risco de animais aumenta, pois eles buscam o calor do asfalto para se aquecer.

 

Veja mais dicas para a boa convivência com a fauna da Itaipu

Serpentes são animais pecilotérmicos, ou seja, têm a temperatura do corpo regulada pela temperatura ambiente. Por isso, são animais mais ativos em dias quentes, pois têm a temperatura corpórea e o metabolismo aumentado, saindo mais frequentemente nesses momentos para procurar alimento. Embora gostem do calor, elas não podem se expor muito ao sol quente, pois podem superaquecer e, por isso, preferem áreas de sombra.

Há mais probabilidade de alguém se deparar com uma serpente peçonhenta nos meses de primavera e verão, em áreas sombreadas e em matas, portanto. Terrenos com acúmulo de entulhos, áreas próximas a construções e galpões e locais em que há proliferação de roedores são considerados ideais para as cobras. Por isso é preciso ter cuidado redobrado em trilhas ou em áreas de entulho e depósito de materiais.

O que fazer, segundo o Ministério da Saúde, para se prevenir de picadas de serpentes:

  • Usar botas de cano alto ou perneiras de couro, botinas e sapatos (isso pode evitar até 80% dos acidentes);
  • Usar luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, materiais depositados, entulhos, lixo, lenha e outros;
  • Não colocar as mãos em buracos no solo e outros potenciais esconderijos de animais peçonhentos;
  • Não acumular lixo nem entulhos. Limpar as instalações e manter a grama aparada e o mato cortado;
  • Fazer o controle de roedores sinantrópicos (que convivem no mesmo ambiente do homem) com a ajuda de empresa especializada, caso necessário;

Em caso de acidente ofídico, o Ministério da Saúde orienta para:

  • Manter o paciente deitado e hidratado;
  • Lavar o local da picada apenas com água e sabão;
  • Procurar serviço médico (na Itaipu, entrar em contato com o ramal interno 9999 ou pelo 0800-648-0999);
  • Se possível, levar o animal para identificação. Isso facilita o trabalho do médico na escolha do soro antiofídico.

 

Com JIE Itaipu Binacional 

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