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Paraná investiga dois casos suspeitos de hepatite aguda misteriosa em crianças

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Foto ilustrativa

A Secretaria de Saúde do Paraná (SESA-PR) informou na sexta-feira (6) que monitora dois casos suspeitos da hepatite aguda infantil de origem desconhecida que atinge crianças do mundo todo. Um terceiro caso foi descartado. Os casos ainda investigados são em crianças entre 8 e 12 anos do sexo masculino.

A Secretaria afirmou ainda que tem uma vigilância estabelecida para hepatite viral aguda (inflamação no fígado) causada pelos vírus comuns que causam a hepatite viral aguda, como o vírus da hepatite A, B, C, D e E. Entretanto, diante das notícias internacionais de uma hepatite aguda de origem desconhecida em crianças, a Sesa está organizando o fluxo de vigilância e o apoio laboratorial e capacitando os serviços de saúde sobre a doença, emitiu nota técnica e realizou videoconferência sobre a questão junto às Regionais de Saúde, Rede CIEVS Paraná e Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do estado.

Além disso, de acordo com nota encaminhada pela secretaria,  monitora diariamente as ocorrências dos casos e a evolução das investigações realizadas nos países que já estão apresentando casos anteriormente, em busca de evidências que possam direcionar e apoiar as condutas já adotadas pelo Paraná.

O Ministério da Saúde confirmou na sexta-feira que monitora também quatro no Rio de Janeiro. A origem da infecção registrada em crianças ainda é desconhecida, mas ela pode desencadear uma série de problemas, incluindo a necessidade de transplante de fígado e até a morte. Até o dia 3 de maio, cerca de 230 casos da hepatite desconhecida já foram registrados em todo o mundo, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Crianças e adolescentes com 16 anos ou menos são os principais afetados.

A pasta informou ainda que os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) monitoram junto a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar qualquer alteração do perfil epidemiológico, bem como a detecção de casos suspeitos da doença, e orienta aos profissionais de saúde e da Rede Nacional de Vigilância, Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública do Sistema Único de Saúde (VigiAR-SUS) que suspeitas sejam notificadas imediatamente.

Na quinta-feira (5) o governo da Argentina notificou a confirmação do primeiro caso da doença na América Latina, em um menino de oito anos. Em seguida, o Panamá também confirmou um caso no País. Até então, apenas os Estados Unidos e a Europa haviam confirmado casos da infecção.

Embora a síndrome atinja pacientes de até 16 anos de idade, a maioria dos casos está na faixa de 2 a 5 anos. O quadro das crianças europeias é de infecção aguda. Muitos apresentam icterícia, que, por vezes, é precedida por sintomas gastrointestinais – incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos -, principalmente em pequenos de até 10 anos. A maioria dos casos não apresentou febre.

Em caso de suspeita, recomenda-se fazer testes de sangue (com experiência inicial de que o sangue total é mais sensível que o soro), soro, urina, fezes e amostras respiratórias, bem como amostras de biópsia hepática (quando disponíveis), com caracterização adicional do vírus, incluindo sequenciamento. Medidas simples de prevenção para adenovírus e outras infecções comuns envolvem lavagem regular das mãos e higiene respiratória. Especialistas acreditam que o agente causador da doença seja um adenovírus que é transmitido por contato ou pelo ar. Embora seja atualmente uma hipótese como causa subjacente, ele não explica totalmente a gravidade do quadro clínico.

 

Com Bem Paraná

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