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Paraná possui quinta maior frota de aeronaves agrícolas do país

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(Foto: Divulgação/RPC)

O Paraná possui a quinta maior frota de aeronaves agrícolas do Brasil, segundo dados do Sindicato Nacional da Aviação Agrícola (Sindag). São 141 unidades no estado.

De acordo com os dados, a frota paranaense fica atrás somente dos estados do Mato Grosso (com 524 aeronaves), Rio Grande do Sul (426), São Paulo (339) e Goiás (277).

Os aviões e helicóptero são utilizados, no setor agrícola do estado na pulverização das lavouras. Em algumas regiões do país, a atividade chegou até a ser proibida.

Entretanto, a atividade tem controlado pragas em diversos estados. No Paraná, além de 140 aviões há um helicóptero utilizado para a função, que faz a pulverização aérea, homologada no Ministério da Agricultura.

“O helicóptero consegue chegar onde o trator não chega, nem o avião. O helicóptero tem mais facilidade para manobra, a haste dele ajuda a jogar o veneno pra baixo, sem o risco de deriva”, comentou o piloto Eduardo Noronha.

A pulverização aérea tem sido cada vez mais solicitada pelos agricultores, segundo o Sindicato Nacional da Aviação Agrícola. Isso porque, em algumas culturas, não é possível o acesso por terra. Como na plantação de cana, por exemplo, que quando cresce, fica inacessível.

Alguns municípios brasileiros proíbem a pulverização aérea com a justificativa de que o veneno se espalha sem controle e pode prejudicar o meio ambiente e saúde da população, mas o Sindag contesta a teoria.

“A aviação agrícola começou no Brasil em 1947. Em 81 foi regularizado. Hoje é regularizada pelo Ministério da Agricultura, Anac e Ibama. É prevista em lei para trabalhar tem que cumprir a legislação. Tem que seguir uma série de normas. Estamos questionando se é papel do município proibir este uso”, explica Gabriel Colle, do sindicato.

Há diversas normas para o trabalho de combate de pragas por meios aéreos, com avião ou helicóptero. Um dos requisitos para trabalhar com a pulverização aérea é ter um espaço específico pra limpeza da aeronave.

Logo depois do voo, o veículo é encaminhado para uma área onde os trabalhadores descartam o agrotóxico.

Outra determinação é ter um engenheiro agrônomo acompanhando o trabalho. O especialista fica responsável por controlar o tipo e a quantidade do agrotóxico que será usado.

 

DRONES E SATÉLITES

Com o avanço da tecnologia para melhorar a produtividade nas lavouras, muitos agricultores buscam o drone como opção de trabalho. A aeronave é capaz de produzir fotos da área plantada, e um programa reúne todas as imagens em um único quadro, dando dimensão mais completa do local.

Porém, o drone ainda é inviável para rastrear dados de grandes propriedades. Ainda mais alto que o drone, orbitando bem longe, outra tecnologia tem ajudado a mapear áreas de cultivo: as imagens de satélite.

“A gente consegue ter uma visão mais macro e direcionar minha vistoria de campo. Identificar mancha no mapa satélite, onde não está tão bom, ver o que tem e onde está bom tentar replicar”, explica Franke Leonardo Kijkstra, agrônomo e produtor.
Em uma lavoura extensa sem tecnologia, o manejo é o mesmo. Com o ângulo de um satélite, é possível melhorar o manejo exatamente onde é necessário. Em pequenos espaços, inclusive.

O satélite faz fotos de áreas a cada dois ou cinco dias, ou seja, é possível acompanhar a lavoura em pequenos intervalos de tempo. Cada pixel que forma a imagem na foto, corresponde a 100 metros quadrados de lavoura.

“Quando a gente entra numa lavoura é como se tivesse com zoom ligado. Não dá para identificar o todo. Mas olhando de cima muda completamente sua perspectiva . Dá pra saber áreas boas, áreas fracas, manchas. Eu imaginava que tinha, mas não era tão visual. Agora ficou claro e ajuda muito na decisão sobre o manejo”, diz o coordenador de pesquisa de agricultura de precisão da fundação ABC, Fabrício Pinheiro Povh.

Fabrício pesquisa a agricultura de precisão e acompanha a produção de grãos do Franke. A tecnologia tem sido usada na propriedade há cerca de três anos. Nas imagens, quanto mais verde, mais uniforme e desenvolvida está a cultura no campo. O amarelo aponta lavoura com desenvolvimento mediano, e o vermelho, baixo.

A tecnologia também ajuda o produtor no planejamento do tempo. “O produtor ao invés de andar aleatório na área e perder tempo, ele usa imagem prévia pra ver pontos de interesse e vai direto no ponto fraco”, comenta Fabrício.

As imagens ajudam a tomar decisões não só na safra atual, como também para a próxima safra. “O foco de todo esse trabalho não é só agregar produtividade, mas sim trabalhar corretamente, posso ter pontos da fazenda que não compensam investir. E também diminuir custo para aumentar rentabilidade”, relata Franke.

 

Com G1

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