Paraná Setembro amarelo
Secretaria da Saúde realiza ações para debater e alertar sobre o suicídio
Durante o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, a Secretaria de Estado da Saúde promove diversas ações para debater o tema. Na quarta-feira (12) haverá uma conferência do médico psiquiatra e doutor em saúde mental, Neury Botega, e o lançamento de um curso de prevenção do suicídio voltado aos servidores da saúde do Estado e dos municípios. A conferência é gratuita e as inscrições podem ser feitas através do site https://goo.gl/forms/UU2A3OZWU1cb7w8V2.
Outra iniciativa é a parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) na organização do III Seminário de Prevenção ao Suicídio, que acontece nesta sexta-feira e sábado (14 e 15). As inscrições estão encerradas. Também estão previstas palestras, caminhadas e distribuição de materiais informativos nos municípios que compõem as 22 Regionais de Saúde.
CAMPANHA
Iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a campanha Setembro Amarelo tem como objetivo chamar a atenção da população e divulgar informações sobre formas de prevenção do suicídio. Como explica o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi, é preciso fortalecer a difusão de informações sobre o assunto junto a profissionais de saúde e da população em geral.
“O suicídio é um problema de saúde pública e precisa ser tratado como tal. Não podemos mais abordar o suicídio como um tabu. O trabalho preventivo, o preparo dos profissionais de saúde e a orientação da população são as formas mais efetivas para reduzir os números de casos no país”, ressalta Nardi.
SINAIS
Embora seja um fenômeno complexo, o suicídio pode ser prevenido. Como detalha o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd, diferentemente do que se imagina, normalmente as pessoas que tentam ou cometem suicídio apresentam sinais de alerta por algum tempo antes da ação. Prestar atenção a esses sinais pode ajudar a identificar quem precisa de ajuda.
“Não há uma receita para detectar se uma pessoa está ou não vivenciando uma crise que pode desencadear um ato contra a própria vida, mas há indícios que precisam ser verificados e não minimizados”, diz Gevaerd. Ele lembra que alguns fatores de risco como histórico familiar, quadros de depressão ou ansiedade, uso de drogas, alcoolismo, perdas recentes (morte, divórcio, separação), sentimentos de culpa ou vergonha também devem ser considerados.
APOIO
O boletim epidemiológico sobre suicídio divulgado pelo Ministério da Saúde no ano passado mostra que os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) têm um importante papel na prevenção de suicídios. Segundo o levantamento, nos locais onde os centros estão ativos, o risco de suicídio cai até 14% quando comparada com regiões que ainda não possuem CAPS em funcionamento. Os CAPS realizam atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas em tratamento contra dependência de álcool e outras drogas.
Para o secretário Nardi, a capacitação permanente dos profissionais que trabalham nos CAPS e Unidades de Atenção Básica qualifica o atendimento aos pacientes em sofrimento emocional, sendo um diferencial importante na prevenção de suicídios. Ele lembra que a Secretaria da Saúde oferece diversas opções de cursos e treinamentos para a formação contínua dos profissionais de saúde que atuam na rede pública, incluindo na área de saúde mental. “Nosso Estado reconhece e valoriza o desejo dos profissionais de saúde que querem se capacitar e, sempre que possível, vai trabalhar para que ele se concretize”, afirma o secretário.
SERVIÇO
Conferência Prevenção do Suicídio, com o professor doutor Neury Botega
Data: 12 de setembro
Horário: das 13h30 às 18 horas
Local: Auditório Mário Lobo – Palácio das Araucárias
Endereço: Rua Jacy Loureiro Campos, s/nº. Centro Cívico – Curitiba
Inscrições gratuitas no site https://goo.gl/forms/UU2A3OZWU1cb7w8V2
Com assessoria