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Policial Dois coronéis da PM

Operação prende suspeitos de sequestrar e torturar jornalista Romano dos Anjos

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(Foto: Reprodução/TV Imperial)

Investigados pelo sequestro do jornalista Romano dos Anjos foram presos pelas Polícias Civil e Militar de Roraima na manhã desta quinta-feira (16), em operação conjunta com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado (MPRR). A operação segue em curso.

Desse modo, várias equipes se deslocaram pelos bairros da capital para cumprir os mandados de busca e apreensão nas residências dos acusados.

De acordo com o MPRR, as equipes cumprem sete mandados de prisão temporária e 14 de busca e apreensão. As prisões envolvem policiais militares que teriam participado do sequestro do jornalista. Dois deles são coronéis da PM.

Os agentes estão conduzindo os presos para o Comando de Policiamento da Capital (CPC). Em nota, o Governo do Estado informou que o Comando Geral da Polícia Militar está atuando na operação.

O órgão informou ainda que a ação faz parte da Operação Pulitzer, que mobilizou cerca de 100 agentes públicos, dentre policiais militares, policiais civis, membros e servidores do MPRR.

Desde o início, as investigações ocorrem em segredo de justiça. Sendo assim, o MPRR não revelou os nomes dos suspeitos.

 

O sequestro de Romano dos Anjos

O sequestro do jornalista Romano dos Anjos ocorreu no dia 26 de outubro do ano passado. Bandidos o retiraram de casa, o torturam e em seguida o deixaram em uma área na região o Bom Intento, na zona Rural de Boa Vista.

Romano estava com pés e mãos amarrados com fita adesiva, mas conseguiu se soltar. Como resultado, ele passou toda a noite próximo a uma árvore no Bom Intento. Em contrapartida, o carro do jornalista foi queimado pelos criminosos.

Em entrevista ao Roraima em Tempo o jornalista contou como faz para conviver com o trauma que o crime deixou em sua vida.

“Sofro com ansiedade, estou com traumas do ocorrido e faço terapia para trabalhar isso. Um dos exercícios que tenho é pensar no máximo em amanhã. Não fico imaginando planos para o futuro, mas sei que quero continuar fazendo jornalismo. Não sei quem fez isso, qual mandante ou motivo. Será que um dia vão querer fazer isso de novo” A insegurança é constante, e a falta de esclarecimento sobre as motivações também”, relatou.

Romano dos Anjos sempre teve a certeza de que seu trabalho de denúncias foi o motivo do crime praticado contra ele.

“O que aconteceu comigo também foi um recado para a imprensa de Roraima. Se aconteceu com um, pode acontece com outro. A única certeza que tenho é que seja lá qual o motivo daquilo ter ocorrido comigo, teve a ver com meu trabalho. Não crio inimigos na vida pessoal, então foi algo que denunciei que me fez virar alvo”, avaliou.

 

Pulitzer

O Prêmio Pulitzer é o mais conhecido prêmio de jornalismo do mundo. Desse modo, ele é entregue anualmente nos Estados Unidos aos jornalistas que realizam trabalhos considerados de excelência.

 

Com Roraima em Tempo

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