Ministro exonera maioria dos superintendentes do Ibama

Sem maiores explicações, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, exonerou na quinta-feira (28), de acordo com publicação no Diário Oficial da União, 21 dos 27 superintendentes regionais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis.

O ministério não informou quem serão os substitutos e apenas os superintendentes nos estados do Pará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul foram mantidos.

Grande parte dos superintendentes exonerados trabalhava nas regiões Norte e Nordeste e três deles no Centro-Oeste, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

A mudança nos comandos regionais pode ter relação com um decreto em elaboração do ministério ao qual a Folha de São Paulo teve acesso que tira poderes dos fiscais do Ibama.

A ideia é criar um núcleo de conciliação ambiental com poderes para analisar, mudar o valor e até anular cada multa aplicada pelo Ibama por crimes ambientais, mas para passar a valer, o decreto precisa ser efetivamente publicado no Diário Oficial da União, o que ainda não ocorreu.

Além disso, prevê a extinção de uma das modalidades de conversão de multas, um sistema que hoje permite a participação de entidades públicas e organizações não governamentais em projetos de recuperação ambiental.

O presidente Jair Bolsonaro é crítico contumaz da ação fiscalizatória do Ibama.

 

 

 

Em diversas oportunidades, durante a campanha e após ser eleito, o presidente afirmou que iria extinguir uma suposta “indústria das multas ambientais”.

 

Com Rádio Difusora