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“Não concordo com o Jucenir ser presidente da Amop”, declara prefeito de Maripá

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Se os colegas entenderem que o Anderson já foi presidente da Amop e que o Jucenir representa outra entidade, temos outros 12 prefeitos que teriam condição de também presidir a Amop (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

A eleição da nova diretoria da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) deve ser agendada para o fim de março. Faltando cerca de um mês para a escolha do próximo presidente, o cenário ainda é uma incógnita quando o assunto envolve o prefeito que deve comandar a entidade.

Dois gestores postulam o cargo: Jucenir Stentzler, de Palotina, e Anderson Bento Maria, de Maripá. Enquanto o primeiro declarou semana passada ao O Presente que não abre mão da presidência, o segundo disse nesta entrevista que não tem ambição ao cargo. Contudo, também não concorda que Jucenir presida duas entidades ao mesmo tempo – ele já é presidente do Consórcio Intermunicipal Samu Oeste (Consamu). Confira.

 

O Presente (OP): O senhor colocou o seu nome à disposição para disputar a eleição da Amop e o prefeito de Palotina, Jucenir Stentzler, fez o mesmo. Em entrevista ao O Presente, na semana passada, ele disse que não abre mão. O que o senhor tem a declarar a respeito?

Anderson Bento Maria (ABM): Sempre fui uma pessoa muito aberta ao diálogo e assim tenho conduzido os trabalhos no meu município e dentro da Amop. Quando tive a oportunidade de ser presidente da entidade, foi através de diálogo. Acredito que tive a oportunidade de presidir a associação também pela forma de fazer gestão, na forma como tenho administrado o meu município, do quanto Maripá se tornou uma referência na região, na forma como os colegas conheciam o nosso trabalho. Isso tudo me deu esta condição de presidir a entidade. Não, como foi dito, porque o município nunca teve um presidente da Amop. Muito pelo contrário. Foi por conta da credibilidade que conquistei ao longo dos seis anos quando então tive a oportunidade de presidir a nossa entidade. Como sabíamos que este ano apenas os prefeitos reeleitos ou os que têm certeza que não vão participar do processo eleitoral podem presidir a entidade, coloquei o nome à disposição novamente em dezembro. Recentemente, o prefeito Jucenir fez o mesmo. Realmente conversamos duas vezes por telefone, quando ele me disse que havia um acordo. Fui muito sincero ao responder que não me recordo disso. Sou uma pessoa de uma memória muito forte e não lembro. E também fui muito sincero ao dizer que não concordava em um prefeito presidir duas entidades ao mesmo tempo, como é o caso dele.

 

OP: O prefeito Jucenir é presidente do Consamu. Por que o senhor não concorda em ele, eventualmente, também presidir a Amop?

ABM: Eu coloquei meu nome à disposição com o intuito de trabalhar pela entidade, em fazer o melhor pela Amop e buscar resultados. Não por status, pois não preciso disso. Administrar um município e presidir uma entidade é muito difícil, se fazer presente muitas vezes em dois lugares diferentes. Imagina ser prefeito e presidir duas entidades ao mesmo tempo. No meu ponto de vista, alguém vai perder com isso. Eu não quero que a nossa entidade perca. Quero que a Amop se fortaleça. Este é meu intuito de contribuir com a associação.

 

OP: O prefeito Jucenir declarou ao O Presente que teria em torno de 90% dos votos. Desde que o senhor colocou o nome à disposição, em dezembro, já foram mantidos contatos com os prefeitos da Amop?

ABM: Tenho conversado com vários prefeitos, seja pessoalmente ou por telefone. Os prefeitos reconhecem o trabalho que realizamos à frente da Amop, sabem reconhecer o quanto avançamos e a minha dedicação à frente da nossa entidade. Estes motivos também me credenciam em ter essa oportunidade novamente. Há inúmeros prefeitos que me apoiam. Desconheço essa informação de 90%. Se perguntar quantos votos eu tenho, vou responder que um, o meu. Os outros vou conquistar. Acredito que essa não seja a realidade hoje da Amop, conhecendo os nossos colegas prefeitos e ouvindo a opinião deles a respeito deste assunto.

 

OP: O prefeito Jucenir disse que não abre mão em ser presidente e, caso for, disputar a eleição. E o senhor?

ABM: Quero deixar bem claro que não tenho ambição em ser presidente da Amop novamente. Já tive essa oportunidade e sou muito grato aos meus colegas por um prefeito de cidade pequena, como Maripá, poder presidir uma entidade tão importante. Acho que fiz um bom trabalho. Inovamos, fomos muito participativos em tudo o que a Amop se envolve, como o Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), as parcerias com a Itaipu Binacional, vários convênios que foram assinados, as usinas de asfalto que foram compradas e agora estão operando nos municípios, a estrutura dentro da entidade e o formato de trabalho, reforma do auditório, parceria com o Governo do Estado, enfim. O meu objetivo quando coloquei o nome à disposição é trabalhar pela entidade, e não por status. Como disse, sou muito aberto ao diálogo. Acho que isso vamos amadurecer daqui para frente junto com os demais colegas. Vamos ter uma reunião no começo de março e depois a assembleia no fim do mês. Vou aguardar essa reunião para discutir com os colegas prefeitos. Conversamos muito pessoalmente e é importante ouvir de uma forma coletiva a opinião deles. Vou me manifestar e expor minha opinião. Espero que possamos chegar em um entendimento positivo para a nossa entidade.

 

OP: O senhor crê então em um entendimento?

ABM: Eu acredito que sim. Já manifesto minha opinião que acho que o prefeito Jucenir, que é presidente do Consamu, precisa se dedicar ao Consamu. Elegemos ele para presidente do Consamu. Ele escolheu isso lá atrás, foi uma opção dele, e na minha opinião não concordo em ele ser presidente da Amop.

 

OP: O senhor avalia hoje que a possibilidade maior é de haver consenso ou disputa na eleição da Amop?

ABM: Acho que existe a possibilidade de consenso. Não tenho ambição em ser presidente da Amop, mas também não concordo com o prefeito Jucenir ser presidente da entidade, pois ele preside o Consamu. Agora se os colegas entenderem que o prefeito Anderson já foi presidente da Amop e que o prefeito Jucenir representa outra entidade, temos outros 12 colegas prefeitos que teriam condição plena de também presidir a Amop e representá-la à altura. Acho que neste sentido que vamos buscar um diálogo com os colegas prefeitos.

 

OP: Ou seja, o senhor até abre mão da disputa se o candidato a presidente não for o prefeito Jucenir?

ABM: Se for o caso abriria mão, sim, em prol da nossa entidade. Sou muito mais a Amop do que algo pessoal. Não vejo problema algum neste sentido.

 

OP: Ser presidente da Amop significa ganhar projeção regional e estadual. O senhor tem pretensões políticas futuras, como ser candidato a deputado estadual?

ABM: Ao longo de pouco mais de sete anos à frente da Prefeitura de Maripá vamos aprendendo diariamente a administrar o município e a lidar com a situação pública. Claro que pegamos gosto por isso também. Participar de um processo eleitoral como candidato a deputado estadual, se porventura vier a acontecer, é em virtude da credibilidade da forma como fiz a gestão do meu município, a forma como tenho conduzido ao longo dos oito anos a administração da prefeitura, fazendo com que Maripá se tornasse ainda mais conhecida na região, ser atuante na região, estar de bem com a minha população, ter uma boa aprovação na minha cidade. Isso tem feito com que o nome da minha pessoa se tornasse conhecido no Oeste. Participar destas entidades é extremamente importante, mas se eu vier a participar é em virtude da credibilidade que conquistei ao longo dos anos como prefeito.

 

O Presente

 

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