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Política Momento polêmico

“Não queremos que Santa Helena pare”, diz presidente da Câmara

Apesar do momento polêmico vivido por conta do pedido de impeachment contra o prefeito Airton Copatti, Vasatta garante que o Legislativo está à disposição e com total apoio ao Executivo

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Presidente da Câmara de Vereadores de Santa Helena, Paulo Julio Vasatta (SD): “Apesar de ser a primeira vez que isso ocorre no município, é um trâmite normal. Não paramos nada dentro da Câmara e estamos à disposição do Executivo” (Foto: Mirely Weirich/OP)

Com a aprovação do pedido de impeachment contra o prefeito Airton Copatti (MDB), de Santa Helena, aceito para tramitar na Câmara de Vereadores no início deste mês, as últimas semanas foram de turbulência na política do município.

Todavia, de acordo com o presidente da Câmara, Paulo Julio Vasatta (SD), mesmo com seis vereadores oposicionistas à coligação do Executivo municipal e apenas três atuando na situação, nem Legislativo, nem Executivo pararam os trabalhos por conta do processo de cassação do mandato do prefeito. “Apesar de ser a primeira vez que isso ocorre no município, é um trâmite normal. Não paramos nada dentro da Câmara e estamos à disposição do Executivo”, destaca.

Mesmo com a entrega da defesa do prefeito à comissão processante tendo ocorrido na segunda-feira (26), Vasatta afirma que não há nenhuma conversa entre os vereadores nos bastidores do Legislativo, mesmo aqueles que estão fora da comissão processante. “Não podemos fazer nenhuma manifestação especulativa antes da definição do caso, pois não sabemos o que foi apresentado na defesa e nem o que será definido deste processo. Queremos sempre estar à disposição do que vem do Executivo para o desenvolvimento da comunidade de Santa Helena”, pontua.

Os trabalhos no Executivo, garante, continuam normalmente mesmo com a tensão nos corredores da prefeitura, do Legislativo e até mesmo na comunidade de Santa Helena. “Fizemos, além das sessões ordinárias, extraordinárias para que o trabalho não pare. Os projetos que estão vindo estão sendo debatidos e a Câmara está totalmente à disposição do Executivo e com total apoio, afinal, não sabemos se vai proceder ou não essa denúncia”, declara Vasatta. “Pode existir um pouco de insegurança para a população, mas queremos manter Legislativo e Executivo trabalhando e não queremos que Santa Helena pare”, complementa.

 

Início de ano movimentado

Além do processo de impeachment protocolado na Câmara contra o prefeito Airton Copatti, o presidente da Casa de Leis comenta que, neste início de ano, os trabalhos estão movimentados no poder Legislativo santa-helenense. Há poucos dias, cita, houve a aprovação do projeto para a criação do Canil Municipal, que será mantido pelo Poder Público. “Contávamos no município com uma entidade que fazia esse trabalho, a Associação Protetora dos Animais de Santa Helena (Aproa), e agora, devido ao projeto aprovado, a prefeitura dará todo o suporte aos animais, desde a recolha dos cães, vacinação, abrigo”, explica.

Outro grande marco para o primeiro semestre de 2018, segundo Vasatta, está no lançamento da pedra fundamental do frigorífico para o abate e processamento de carne suína no município – projeto que, em 2017, foi amplamente discutido na Câmara. “É um grande investimento do município para a geração de emprego e renda em Santa Helena, que gerou muita expectativa para a gestão pública e especialmente para a comunidade e agora está prestes a tornar-se realidade”, sintetiza.

Ele relata que outros projetos, de incentivo para a área de agricultura e comércio, que também gerarão emprego e renda para o município, também devem tramitar nestes primeiros seis meses na Casa de Leis. “Desde 2017, já foram 146 indicações, 14 requerimentos, 12 moções, 72 projetos vindos do Executivo e votados e 14 projetos que saíram da Câmara”, contabiliza. “Isso mostra um grande trabalho dos vereadores dentro das suas comunidades e que eles estão se esforçando para trazer bons resultados para Santa Helena”, garante.

Vasatta lembra que da legislatura passada, apenas três vereadores permaneceram na atual gestão, ocorrendo uma renovação no Poder Legislativo. “Dentre os legisladores, temos três mulheres que representam muito bem este público e têm feito um ótimo trabalho. Mas independente de os vereadores ou vereadoras serem oposição ou situação, há sempre um bom diálogo e relacionamento entre todos”, ressalta.

 

Bem prestigiados

Em seu segundo mandato como vereador e primeiro como presidente da mesa diretiva, Vasatta diz que a experiência está sendo diferente, com maiores responsabilidades especialmente burocráticas, já que há necessidade de passar maior tempo dentro da Câmara e um menor tempo em visita nas comunidades. “Entretanto, temos uma boa participação da comunidade nas sessões, mesmo quando não há projetos polêmicos sendo debatidos e votados. Somos bem prestigiados pela população de Santa Helena”, comemora.

 

Ano eleitoral

Filiado ao SD, Vasatta diz que o partido ainda não possui nenhuma definição acerca de quais nomes devem ser apoiados para as eleições deste ano. “O ex-presidente do nosso partido, que era o Fernando Francischini, acabou rompendo e passando para o PSL, então ainda temos uma indefinição quanto a essas questões”, informa.

No sábado (17), o vereador-presidente explica que houve uma conversa com o deputado estadual Felipe Francischini (SD), que deve sair a deputado federal no lugar do pai, Fernando. “Provavelmente ele deverá coordenar a campanha do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ) no Paraná”, presume.

No SD, explica, os filiados ainda estão indefinidos, entretanto, Vasatta menciona que as reuniões do partido devem acontecer em pouco tempo, pois já há convite de deputados estaduais e federais para apoio às campanhas. “Esse é um momento de indefinição para muitos candidatos ainda devido à janela partidária (que será encerrada em 07 de abril). Estamos aguardando o fim deste período”, enfatiza.

Em Santa Helena, estima, a votação deste ano deve ser atípica devido à delicadeza do momento político e econômico nacional. “Muitos dos eleitores estão deixando de lado o interesse pela política tendo em vista o desgaste que vem desde a saída da Dilma e a entrada do presidente Temer”, opina.

Quando ficarem cara a cara com a urna, Vasatta acredita que os eleitores santa-helenenses devem concentrar os votos em candidatos a deputados estaduais e federais que tenham atuação no município e na região. Em vista disso, acredita ele, a eleição não deve ser polarizada, mas também não deve ser distribuída em mais do que quatro candidatos. “Acredito que 70% dos votos ficarão vinculados a deputados que trazem benefícios ao município e a nossa região, que trabalham pelo nosso povo”, salienta.

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