Fale com a gente

Política Eleições 2022

“Nos últimos anos o Oeste não teve o reconhecimento devido”, avalia Gugu Bueno

Publicado

em

Pré-candidato a deputado estadual Gugu Bueno (PSD), em visita ao Jornal O Presente: “O Oeste é muito importante para o Paraná para não ter na Assembleia Legislativa uma representação forte e influente” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

Pré-candidato a deputado estadual de Cascavel afirma que representação política da região junto à Assembleia Legislativa faz toda diferença na defesa das bandeiras oestinas

Ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cascavel por duas gestões, prefeito interino do município cascavelense em 2018, ex-subchefe da Casa Civil no Governo do Paraná e deputado estadual por dois anos. Apesar de ter apenas 39 anos, Gugu Bueno (PSD) conta com uma trajetória ascendente na política regional.

Agora, em 2022, ele colocou mais uma vez o nome à disposição como pré-candidato a deputado estadual. Em visita ao Jornal O Presente, Gugu Bueno falou da importância da região ter representação política na Assembleia Legislativa, enalteceu a forma como o governador Ratinho Junior (PSD) tem conduzido o governo, em especial a sua forma de conseguir aglutinar forças políticas, e elogiou a decisão do deputado estadual Guto Silva (PP) em se colocar como pré-candidato ao Senado. Confira.

 

O Presente (OP): Por que o senhor decidiu novamente colocar o nome à disposição para a eleição?
Gugu Bueno (GB): Eu sei o papel que um deputado aqui da região, conhecedor do Oeste do Paraná e comprometido com as nossas causas e bandeiras, a diferença que é possível fazer em Curitiba, como fizemos não só como deputado, mas como vice-líder do governador Ratinho Junior (PSD) na Assembleia ao longo dos últimos dois anos, quando tivemos a oportunidade de representar a região perante o Governo do Estado. É muito importante que a região tenha a consciência da necessidade de termos representantes legitimamente daqui e que possam fazer as defesas das nossas causas e bandeiras. Ao longo dos últimos anos o Oeste do Paraná não teve o reconhecimento devido e necessário pela importância da região. Somos o celeiro do planeta Terra, alimentamos o Brasil e o mundo, e se olhar nos últimos 30 anos, no momento das grandes discussões de obras, a região sempre ficou um pouco para trás. Isso é falta de representação política. Agora com a boa representação que temos dentro do governo Ratinho Junior, não à toa que fui subchefe da Casa Civil e depois vice-líder do governo na Assembleia, com toda certeza pudemos ajudar e auxiliar nesse papel de colocar nossas pautas e discussões na mesa do Governo do Estado. Contamos com avanços importantes, como o Trevo Cataratas em Cascavel, que é a maior obra de arte que está acontecendo no Brasil; a duplicação da BR-277 até o Show Rural, em Cascavel; a duplicação do Contorno Oeste na cidade; a obra do Contorno Oeste em Marechal Cândido Rondon e a construção do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron); os investimentos da Copel na subestação da Vila Gaúcha, que somam mais de R$ 35 milhões. São investimentos importantes e estratégicos e que só acontecem se tiver em Curitiba pessoas comprometidas com essas causas. Neste espírito e confiante de que trabalhamos e representamos bem os municípios que novamente vamos nos colocar à disposição.

 

OP: A última eleição marcou uma mudança no cenário político regional, que foi a perda de muita representatividade, especialmente na Assembleia. O espaço vazio acaba sendo ocupado por outros políticos. O senhor acha que é possível recuperar esse espaço no Oeste?
GB: Acho que é possível e necessário. Tivemos um fenômeno político nas últimas eleições. Temos deputados que fizeram uma votação estrondosa em Cascavel e Marechal e, com toda certeza, nem retornaram às cidades. Muito pelo contrário, pois nem ligaram para os prefeitos para perguntar qual era a necessidade. Eu entendo que as pessoas compreenderam essa dificuldade, compreenderam a falta com que esta força de representação fez nos últimos quatro anos e as pessoas estão mais conscientes agora para escolher seu deputado. Não basta concentrar energia e escolher o nosso presidente ou o governador. Um deputado estadual ou federal, para um município, é tão ou mais importante que a própria figura do presidente ou do governador, justamente porque o deputado é quem está próximo das demandas e faz essa interlocução. Acredito, reconheço e sinto o calor das pessoas e da sociedade civil organizada dos municípios, em especial aqui da região, que existe essa compreensão. As pessoas estarão mais conscientes na hora de escolher seus representantes. O Oeste é muito importante para o Paraná para não ter na Assembleia Legislativa uma representação forte e influente, e deputados que saibam dar resultado.

 

OP: O senhor acha que o efeito Bolsonaro (PL) em 2018, em que muitos políticos foram eleitos na esteira do presidente, passou?
GB: Ele não se replica. Por mais que o presidente Bolsonaro volte a ganhar a eleição, mas o efeito perante os seus deputados não vai replicar, porque o próprio eleitor que votou no presidente e que por emoção votou em deputados que só sabiam fazer arminha com a mão, viu que eles não trouxeram resultados para os municípios. O eleitor vai conseguir diferenciar a eleição para presidente e a eleição para deputado. A eleição para deputado é de interesse local. Quem vai representar aquele município na Assembleia Legislativa? Tenho consciência e as pessoas de opinião têm demonstrado que este efeito não será replicado. A pessoa vai escolher seu candidato a presidente, mas também vai escolher seu candidato a deputado que tenha compromisso com sua cidade e não apenas com a pauta de Brasília.

 

OP: De qual lado político o senhor está em termos de disputa presidencial?
GB: Eu sou daqueles que buscava uma terceira via. Votei no Bolsonaro em 2018, mas tenho algumas críticas com momentos da gestão dele. Acho que nosso presidente se equivocou em alguns pontos e, como todo bom brasileiro, com a esperança de que as coisas sejam melhores. Nos últimos dois anos imaginava surgir uma terceira via no Brasil. Essa terceira via não surgiu e a eleição está absolutamente polarizada, ou é o lado A ou é o lado B. Escolher um outro lado seria até mesmo se omitir da discussão. Então dentro deste contexto estarei com o presidente Bolsonaro, pois entendo que, apesar de todas as dificuldades e algumas falhas, é o melhor para o Brasil neste momento.

 

OP: O governador Ratinho Junior conseguiu, nos últimos meses, atrair muitas forças políticas, a exemplo do MDB e PP, que tendem a apoiá-lo ou até mesmo indicar um nome para compor a chapa majoritária. Como o senhor analisa essa junção de partidos e o enfraquecimento da oposição?
GB: Acho que isso é natural e reflete a forma como o governador Ratinho Junior conduziu o Paraná nos últimos quatro anos, de maneira harmoniosa, construindo e não destruindo, e isso foi bom para o Estado. Tivemos tempos difíceis, como a maior crise hídrica dos últimos 100 anos no Paraná, enfrentamos a maior crise da humanidade desde a 2ª Guerra Mundial (pandemia), e vivemos no fim do ano passado a maior quebra da nossa safra, equivalente quase à geada negra em 1975 no Norte do Paraná. Olha que contexto difícil. Porém, o Paraná atravessou bem esses desafios e, muito desta travessia boa, se deve justamente à forma como o governador conduziu o Estado. Isso se reflete no momento da eleição, porque adversários de outrora viram que o governador era um nome democrático, aberto ao diálogo, puderam participar deste processo de decisões importantes e, naturalmente, está sendo construída essa grande ampla frente de apoio à reeleição do Ratinho Junior. No Paraná está se refletindo o cenário nacional, em que há uma escolha muito simples: o governador Ratinho Junior, que representa a nova política, inovadora, moderna e transparente, e a velha política representada pelo ex-governador Roberto Requião, que terá o apoio aqui no Paraná do ex-presidente Lula (PT). A polarização do cenário nacional se repete no Estado e a maior parte das forças políticas do Paraná está optando pelo nosso governador. Isso nos faz acreditar em uma consolidação da eleição ainda no primeiro turno.

 

OP: Há habilidade política suficiente para manter estes partidos unidos quando chegar o momento da convenção e decidir o nome dos candidatos?
GB: Acredito que sim, até porque como participamos ativamente de todo este processo sei que em nenhum momento estes apoios são condicionados a alguma coisa, pois o governador Ratinho Junior não faz esse tipo de política. Não há nenhuma condicionante ou exigência na construção destes apoios. Estes apoios estão vindo de maneira natural. E de maneira natural o governador saberá conduzir todo esse grupo político nas eleições. Não apenas na eleição, mas na gestão do Estado nos próximos quatro anos.

 

OP: Quantos deputados estaduais o governo planeja eleger na eleição?
GB: A base vai eleger a grande maioria, até porque a maior parte dos partidos políticos estará do lado do governo. Estou no PSD e o meu partido trabalha com a hipótese de eleger de 16 a 18 deputados estaduais. Com toda certeza será a maior bancada na Assembleia Legislativa, com expectativa de fazer 1,6 milhão votos. Também teremos outros partidos, como o próprio PP, que deve eleger uma bancada grande e está alinhado ao governo, e o Republicanos. Então naturalmente muitos dos deputados eleitos farão parte dos partidos que têm compromisso de dar sustentação política ao projeto do governador.

 

OP: Em razão do fim das coligações na proporcional houve uma grande movimentação partidária. O PSD recebeu deputados, se fortaleceu e certamente terá uma chapa de candidatos a deputado estadual muito forte. Isso lhe preocupa?
GB: Não, até porque não podemos ter medo de eleição. A política é feita para quem tem coragem. Visualizo que nossa chapa será uma das melhores, porque embora tenha nomes de peso, também vai eleger o maior número de deputados. Se pegar a 15ª, 16ª, 17ª cadeira, acredito que vão abrir abaixo de 35 mil votos. Provavelmente, em termos de votos absolutos, vai ser mais fácil se eleger pelo PSD, ou seja, vai precisar um pouco menos de voto, do que em outros partidos, pois embora tenham menos deputados vão fazer menos vagas. Com o fim da coligação vão acabar as aberrações políticas de um deputado ser eleito com pouco voto. Para ser eleito precisará ter voto. Calculo que a média de corte no Paraná fiquei na casa dos 34 mil a 35 mil votos.

 

OP: O deputado estadual Guto Silva deixou o PSD para assumir a pré-candidatura ao Senado pelo PP. Qual avaliação o senhor faz desta mudança política dele?
GB: Isso faz parte de uma construção política. Uma candidatura ao Senado é diferente de uma candidatura de deputado, pois é majoritária. O PSD dificilmente teria condição de lançar o candidato a governador, a vice-governador e ao Senado. Natural isso, pois precisa compor com os demais partidos. No entanto, mais importante do que isso entendo que é momento de renovação na representação política do Paraná no Senado Federal. O senador Alvaro Dias (Podemos) já deu a sua contribuição e a sua participação. Ele foi um governador importante para o Paraná, mas está na vida pública desde 1968. São quase 20 anos antes de eu nascer. É hora de renovar, oxigenar e de colocarmos um senador dinâmico, preparado, com visão de Paraná, com grande experiência que teve como chefe da Casa Civil do governador Ratinho Junior, com grande capacidade de aglutinar as forças políticas do Estado. Entendo que o Guto é o melhor dos pré-candidatos que temos hoje para representar o Paraná no Senado.

 

Por Maria Cristina Kunzler/O Presente

Clique aqui e participe do nosso grupo no WhatsApp

Copyright © 2017 O Presente