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Política Entrevista ao O Presente

“Queremos um governo participativo e uma prefeitura mais técnica”, destaca Rodrigo Schanoski

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Prefeito eleito Rodrigo Schanoski: “O Anderson sempre vai ser uma pessoa ouvida, até pelo respeito que temos ao grande gestor que ele foi. Ele é companheiro nosso, companheiro do time, mas no momento não vai compor a nossa equipe” (Foto: Ana Paula Wilmsen/OP)

A duas semanas da posse como prefeito de Maripá, Rodrigo Schanoski (PL) já tem definido como será o perfil do seu governo: uma mistura de gestão participativa com equipe técnica. “Não pretendemos chamar parentes e vereadores. Estamos pensando em uma equipe técnica, composta por pessoas da comunidade para fazer esse trabalho junto conosco na prefeitura”, enaltece, acrescentando: “Queremos contar com nossas lideranças, com os nossos empresários, com os nossos produtores e fazer um governo muito participativo”.

Em visita ao Jornal O Presente, na segunda-feira (14), Schanoski falou do desafio de estar à frente do Executivo depois de dois mandatos de destaque do prefeito Anderson Bento Maria (Cidadania), que projetou o município a patamares elevados. Também comentou sobre a expectativa para a posse e sobre o planejamento do governo. Evidenciou, ainda, o bom relacionamento que tem com a vice-prefeita eleita, Janaina Müller (PP). Confira.

 

O Presente (OP): Estamos a duas semanas da sua posse como prefeito. O que a comunidade de Maripá pode esperar da sua gestão?

Rodrigo Schanoski (RS): Tivemos um período eleitoral muito intenso, embora a pandemia restringiu o contato direto com as pessoas, mas, na medida do possível, através do meio eletrônico, tentamos atingir todo eleitorado, toda a nossa comunidade, sempre levando uma boa mensagem de que chegando lá, eu, Rodrigo Schanoski, e a professora Janaina, iríamos montar uma equipe muito ativa, jovem e que também traga muita experiência. É isso que nós pretendemos agora nesse período de transição, quando formos montar nossa equipe. Queremos apresentar bons nomes, qualificados, para que juntos possamos continuar com essa transformação do município de Maripá.

 

OP: Já foram definidos os detalhes da posse, como horário e local?

RS: A comarca que pertencemos, Palotina, definiu a posse para o dia 1º, às 09 horas. O local a princípio é o Centro Comunitário Fernando Daniel Schanoski. Porém, estamos aguardando uma resolução ou um posicionamento do próprio Governo do Estado, porque pelo que ficamos sabendo vai ter uma normativa que vai ser colocada para todos os municípios do Paraná. Aguardamos essa resolução para que possamos fazer esse cerimonial, que é muito importante não só para o prefeito e vice eleitos, mas também para os vereadores eleitos.

 

OP: Qual deve ser o norte do seu governo? Qual setor o senhor acha que merece ganhar atenção especial?

RS: Maripá, pelo bom trabalho executado pelo prefeito Anderson (Bento Maria), vice Elizeu (Spagnol) e toda equipe, foi colocada em um patamar muito elevado de desenvolvimento e assim nós precisamos continuar. Somos conhecedores de que Maripá precisa ter mais gente, mais pessoas. É uma cidade que tem um posicionamento estratégico. Estamos alocados próximos ao Biopark e também de uma das maiores cooperativas do Brasil, que é a C.Vale. Então, entendemos que podemos atrair para uma posição estratégica novos investimentos ao município. Consequentemente vamos trazer mais empregos. Precisamos gerar renda e ter casas habitacionais para nossa população e vamos atuar firmemente com a questão da geração de empregos, também lançando um programa habitacional municipal, chamado “Programa de Habitação Municipal”.

 

OP: O senhor já começou a planejar a equipe de governo? O que pode nos adiantar?

RS: É um novo momento. Nós temos uma boa relação com os atuais componentes da equipe do prefeito Anderson, mas vamos, sim, fazer mudanças que consideramos necessárias, porque nós temos um olhar um tanto quanto diferente. Para colocar em prática as ações que planejamos, precisamos ajustar alguns nomes dentro da equipe. Alguns podem permanecer, mas com toda certeza terá modificações.

 

OP: A equipe de governo deve ser mais técnica ou política?

RS: Mais técnica. Eu, que sou servidor de carreira e venho de uma formação técnica, percebo a importância que é você ter uma equipe que entenda do mecanismo, o que é o funcionamento público. Percebemos que onde prefeitos têm tido essa metodologia tem funcionado bem. Então, nós queremos, sim, dar um olhar mais técnico para determinadas funções dentro da prefeitura.

 

OP: O prefeito Anderson terá algum papel no seu governo?

RS: Não. O prefeito Anderson não vai compor a equipe, até porque ele tem outros nortes, outros horizontes. Eu tenho dito na comunidade que o Anderson sempre vai ser ouvido, até pelo respeito que temos ao grande gestor que ele foi. Ele é companheiro nosso, companheiro do time, mas no momento não vai compor a nossa equipe.

 

Prefeito eleito Rodrigo Schanoski: “Para errar o menos possível precisamos conversar mais com a nossa comunidade, com nosso servidor público, e isso vamos fazer, com muita sensatez, com muita responsabilidade, para realizarmos um bom mandato” (Foto: Ana Paula Wilmsen/OP)

 

OP: Falando do bom trabalho realizado pelo prefeito Anderson e da visibilidade que Maripá alcançou com a gestão dele, isso lhe traz mais responsabilidade à frente do Poder Executivo?

RS: Com toda certeza. Durante o processo eleitoral as pessoas perguntavam para mim e para a professora Janaina se fazíamos ideia do tamanho do desafio que iríamos encarar, se eleitos, ao assumir o paço municipal, e sempre soubemos desse desafio. Temos o pé no chão e entendemos que temos condição e capacidade para continuar esse bom trabalho e avançar em determinadas áreas. O prefeito Anderson foi uma referência regional, pode-se assim dizer. Enquanto presidente da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), fez um excelente trabalho para a microrregião, e para Maripá, exclusivamente. Ele levou o município a vários patamares de conhecimento e a gente sabe o desafio que é. Nós, agora eleitos, vamos fazer a nossa parte e pretendemos desenvolver uma excelente gestão, porque conhecemos o funcionamento da máquina pública. Queremos contar com as lideranças locais, com os nossos empresários, com os nossos produtores e fazer um governo muito participativo. Eu dizia no processo eleitoral que nós vamos errar, mas queremos errar o menos possível. Para errar o menos possível precisamos conversar mais com a nossa comunidade, com nosso servidor público, e isso vamos fazer, com muita sensatez, com muita responsabilidade, para realizar um bom mandato. O município está organizado, está estruturado e tem uma boa saúde financeira também.

 

OP: O senhor deve chamar algum vereador para compor o primeiro escalão da prefeitura?

RS: Nenhum. Tanto eu quanto a Janaina, quando nos colocamos à disposição para o pleito eleitoral, deixamos claro que nós não gostaríamos de trazer qualquer parente nosso para dentro da máquina pública e nem mesmo vereadores que participaram do pleito e acabaram não se elegendo. Isso não quer dizer que não teriam condições ou capacidade, mas no momento nós não temos vontade de fazer dessa forma. Estamos pensando em uma equipe técnica, composta por pessoas da comunidade para fazer esse trabalho conosco.

 

OP: Pela composição da futura Câmara de Vereadores, como o senhor acha que serão os trabalhos?

RS: Eu sempre me coloquei à disposição, com muito diálogo e assim a gente pretende fazer, tanto no Executivo quanto com o Legislativo. Não sabemos ainda como vai se proceder a presidência da Câmara. Estão sendo feitas as conversas para uma possível composição, mas nosso grupo político apresenta a maioria dos vereadores. Temos quatro vereadores eleitos no Cidadania e dois eleitos no PP, que compõem a nossa base. Temos um tremendo respeito pelos demais eleitos, dois do PSD e um do MDB, e queremos fazer um trabalho conjunto, com muita conversa. Moramos em um município pequeno e temos essa facilidade de nos esbarrar nos corredores da prefeitura, na rua, nos comércios. Então, eu não vejo problema algum de discutir e conversar mais com nossos vereadores, afinal de contas eles são representantes da comunidade e merecem o devido respeito.

 

OP: O senhor está acompanhando ou pretende acompanhar as conversas para eleição da mesa diretiva da Câmara?

RS: Não. Esta é uma responsabilidade da Câmara. Claro que temos alguma preferência. Há vereadores com bastante bagagem e experiência dentro do Legislativo, já são reeleitos e teriam condições de assumir, não menosprezando os que estão chegando agora, que também são jovens e capacitados. Vai de uma decisão coletiva para que dentre eles decidam o que é melhor para Maripá neste momento. Eu só quero frisar que o Executivo vai ser a mão amiga do Legislativo. Estamos aí para discutir em conjunto o que é melhor para a nossa comunidade.

 

OP: Em vários momentos da entrevista o senhor cita a vice-prefeita Janaina. Pelo jeito vai ser um mandato de muito diálogo e companheirismo entre vocês, é isso?

RS: É verdade e eu faço questão de frisar a importância da mulher no processo eleitoral. Acho que Maripá é um dos poucos municípios que conseguiu trazer para o Executivo a figura feminina. Acredito que a professora Janaina vai dar um toque especial na nossa gestão, sem falar na capacidade técnica que ela apresenta. A professora Janaina não vai assumir uma secretaria dentro do governo; vai fazer o papel de vice-prefeita, vai fazer a interlocução com as secretarias municipais, vai se fazer presente e ajudar na medida do possível, porque a figura do prefeito precisa viajar muitas vezes e, nesta vida corrida, precisamos ter essa pessoa que vai estar junto no dia a dia. A Janaina é a pessoa mais capacitada para junto conosco fazer esse trabalho.

 

OP: O senhor esteve na semana passada em Curitiba. Já tratou de encaminhamentos futuros em prol do município?

RS: Em menos de dez dias, nós fizemos duas viagens à Capital. Em uma delas acompanhei o prefeito Anderson, ocasião em que foi viabilizada para o município a Arena Meu Campinho, do Governo do Estado. Na outra participei de uma audiência com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, para alinhar algumas coisas referentes a este setor, que é o gargalo dos municípios, não só na região, mas no país como um todo. Temos uma preocupação muito grande em ajustar alguns serviços na saúde do nosso município. Essa foi uma discussão, e fomos reivindicar melhorias em infraestrutura em algumas unidades básicas, principalmente nos distritos, equipamentos para estruturação do nosso posto de saúde da sede, do nosso pronto atendimento 24 horas e também me coloquei à disposição do governo. Fomos muito bem recebidos e só temos a agradecer as mãos amigas que nos dão suporte junto ao governo.

 

OP: Dois mil e vinte foi um ano conturbado, em especial na saúde e na economia devido à pandemia de Covid-19. O que esperar de 2021?

RS: Não sabemos concretamente como vai ser 2021. Temos uma expectativa de que a receita municipal continue a crescer em virtude da diversidade que temos no município, com uma cadeia produtiva pujante e produtores que acreditam no potencial de Maripá e fazem investimentos todos os dias. Porém, o governo federal passa por suas dificuldades e nós somos muito dependentes de recursos federais e do Governo do Estado. Queremos acreditar que nossos representantes políticos vão continuar destinando recursos para a nossa região, em específico para Maripá. Ficou um cenário muito positivo, porque nós temos quatro deputados federais que vão trabalhar com Maripá, além dos estaduais que serão parceiros junto ao Estado. Então, estaremos calçados por representatividades, mas se esses recursos realmente existem e vão chegar, quem sou eu hoje para dizer. Temos a expectativa de um bom saldo financeiro. Registro aqui que o prefeito Anderson e sua equipe, da qual eu fiz parte, inclusive, foram reconhecidos como uma das melhores gestões fiscais do Paraná. Vamos ter um bom saldo financeiro em caixa que o prefeito está deixando para nós trabalharmos já a partir de 1º de janeiro.

 

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