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Política Preocupação

“Sem o glifosato não teremos mais agricultura no Brasil”, alerta Sérgio Souza

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Deputado federal Sérgio Souza (MDB): “A recomendação que faço ao agricultor é que não pare o seu plantio e não deixe de dessecar a sua área neste momento” (Foto: O Presente)

Candidato à reeleição, o deputado federal Sérgio Souza (MDB) cumpriu agenda política e eleitoral em Marechal Cândido Rondon na última quinta-feira (30). Em meio aos compromissos, o parlamentar conversou com a reportagem do Jornal O Presente.
Há poucos dias, o diretório municipal do MDB definiu que apoiará o nome de Souza à Câmara Federal. Contudo, algumas lideranças da sigla optaram em fazer campanha para outros candidatos, inclusive filiados a outros partidos. Questionado se isso causa algum tipo de constrangimento, o parlamentar em primeiro lugar agradeceu o apoio da sigla, que foi decidido por ampla maioria.
“Acho que represento muito bem o meu partido no Congresso Nacional, nas questões que defendemos de modo geral para o país, para o Estado do Paraná e especificamente para Marechal Cândido Rondon. Como deputado do MDB fui o responsável pela sanção da nova Lei do Royalties, que vai dar a Marechal Rondon R$ 7 milhões a mais por ano no incremento do seu orçamento através dos royalties”, declarou, prosseguindo: “Agora constrangimento por que um ou outro filiado ou político vai apoiar outro candidato que não seja do MDB? Não me traz. Não me traz porque há muitas lideranças de outros partidos que aqui em Marechal Rondon me apoiam, e em outros municípios também. Isso é do processo da democracia. Não é voto vinculado, mas sim voto livre. Temos uma expectativa de votação muito importante em Marechal Rondon que vai nos ajudar a chegar novamente no Congresso Nacional”, avalia.

 

Agricultura
Na Câmara dos Deputados, Sérgio Souza tem se destacado por ser um defensor da agricultura. Ano passado ele presidiu a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da qual ainda é membro.
De acordo com ele, um assunto que está preocupando muito no momento é a proibição do uso do glifosato. “Glifosato é um herbicida de controle de pragas que, sem ele, não haverá mais agricultura no Brasil, porque vamos ter que voltar todos a carpir roça. Não temos mais gente que quer carpir roça, nem enxada temos mais para isso. Sem o glifosato não teremos mais agricultura no Brasil, especialmente a agricultura de plantio direto. E vamos voltar a ter que arar a terra, gradear para passar trifluralina novamente. E vem a erosão e vai encher os nossos lagos e rios de assoreamento. Então essa é uma preocupação muito grande”, alerta.
Souza ressalta que está muito atento ao assunto e que a bancada ruralista está em articulação para derrubar a liminar que proíbe a utilização do glifosato o mais rápido possível. “A recomendação que faço ao agricultor é que não pare o seu plantio e não deixe de dessecar a sua área neste momento, porque vai atrasar o plantio da safra de verão e, consequentemente, vai atrasar ao final a colheita, e na colheita pode vir uma chuva e vai ter fungo, ferrugem, vai gastar mais dinheiro para produzir. E pode lá na frente atrasar o plantio da safrinha, e pode ocasionar outro prejuízo em cascata. Então os agricultores podem contar conosco, que somos tidos como um dos deputados mais ruralistas do Brasil, e é justamente para cuidar de situações como essa”, ressalta.

Pedágio
O parlamentar também tem tido uma atuação contra os atuais contratos de pedágio no Paraná. “Só para dimensionarmos o quanto um pedágio em rodovia ineficiente encarece o custo de produção, e não deixa dinheiro no bolso do trabalhador e de quem produz: uma saca de soja custa em torno de R$ 78 ao produtor. Uma cooperativa beneficia, seca, armazena e manda para o Porto de Paranaguá aquilo que não esmaga aqui. Lá no Porto de Paranaguá essa saca custa R$ 93. Ou seja, R$ 15 de diferença. Dessa diferença uma parte é do beneficiamento feito pela cooperativa, que fica com cerca de R$ 5, mas R$ 10 é o frete numa rodovia demorada, ineficiente, em sua grande maioria com pista simples. E conta com um dos pedágios mais caros do mundo”, exemplifica.
Conforme o deputado federal, um caminhão sete eixos, para ir e voltar de Paranaguá, gasta R$ 2 mil em pedágio e outros R$ 2 mil em combustível. “Não sobra para o caminhoneiro quase nada e retira do bolso do produtor de 10% a 12% do custo do valor da soja. Por isso que, como deputado federal, relatamos a nova Lei das Concessões, que proíbe as prorrogações dos atuais pedágios no Paraná”, relembra.
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