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Política Entrevista ao O Presente

“Vamos começar 2019 a todo vapor”, garante prefeito de Quatro Pontes

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Prefeito de Quatro Pontes, João Laufer: “Creio que diante do bom diálogo que eles (deputados) devem ter com o presidente eleito e a boa votação que o Jair Bolsonaro fez no Oeste do Paraná, em especial em Quatro Pontes, haverá um olhar especial para a região” (Fotos: Maria Cristina Kunzler/OP)

 

O prefeito de Quatro Pontes, João Laufer (MDB), já se aproxima da metade do seu governo. Ao avaliar os investimentos que estão previstos e devem sair do papel em 2019, o gestor demonstra muito otimismo com o ano que está próximo de se iniciar.

Ele destaca, por exemplo, o início da construção do hospital municipal, bem como revela que há negociação para a implantação de cinco indústrias, as quais devem alavancar de forma significativa a geração de emprego em Quatro Pontes.

Em entrevista ao Jornal O Presente, Laufer falou ainda sobre a eleição da mesa diretiva da Câmara, cujo pré-acordo prevê que o próximo presidente seja do MDB.

O mandatário fez também uma avaliação do que espera da gestão do governador eleito Ratinho Junior (PSD) e do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Confira.

 

O Presente (OP): Restam poucas semanas para o término de 2018. Existe a perspectiva de liberação de novos recursos e investimentos ainda este ano ou o município já está com os olhos voltados para 2019?

João Laufer (JL): Ainda tenho esperança, inclusive em contato com deputados que representam a região, como Sérgio Souza (MDB), José Carlos Schiavinato (PP) e Dilceu Sperafico (PP), existe a expectativa de que sejamos contemplados com o que está empenhado para ser liberado ainda neste ano. Estamos acompanhando este trabalho para conseguir a liberação em 2018. Para o próximo ano não sabemos o que vai acontecer, pois existe a transição de governo.

 

 

OP: Existe uma preocupação nesta mudança de governo estadual e federal com relação aos investimentos em andamento e os previstos para começar?

JL: Sempre existe, pois vai trocar totalmente o governo. Nossos deputados não foram reeleitos e ficou mais complicado o acesso que tínhamos por meio dos parlamentares com o governo. Mas temos hoje representando o Governo do Estado o deputado eleito Marcel Micheletto (PR), que já nos visitou. Então acredito que será possível dar continuidade ao trabalho, pois quando eu assumi a prefeitura pensei a mesma coisa, em dar continuidade às boas ações que estavam acontecendo e, desta forma, penso que isso também vai ocorrer em nível estadual e federal.

 

 

OP: A maior preocupação é em termos de governo estadual ou federal?

JL: Os dois preocupam um pouco por conta dos recursos. Observamos que os governos estadual e federal deixaram um pouco os recursos a desejar, então todo governo que assume quer fazer um caixa no primeiro ano. Assim, fica meio difícil, pois os dois devem cortar investimentos para fazer o caixa para que em 2020 em diante possam intensificar as ações.

 

 

OP: O senhor mencionou a respeito do resultado eleitoral e a não reeleição de deputados da região. Quem mais perde com isso: os deputados ou a população?

JL: Hoje toda a região Oeste vai perder, porque quando há representante é mais fácil conseguir chegar no governo e viabilizar investimento. Sem representante é mais difícil. Toda a região perde, pois diversos deputados, tanto federais quanto estaduais, não foram reeleitos.

 

 

OP: Ainda sobre representatividade política, um dos maiores investimentos na região é a duplicação da BR-163 entre Toledo e Marechal Rondon, cuja rodovia passa por Quatro Pontes. Existe receio de que a falta de apoio político pode travar o andamento das obras em 2019?

JL: Eu acredito que não, porque nossos deputados sabem que por essa rodovia passa praticamente toda a safra que vem do Mato Grosso, do Norte do país, do Paraguai, bem como da região. Penso que não haverá problema, pois os dois deputados federais que representam a região são grandes parlamentares, que são o Schiavinato e o Sérgio Souza. Considero que eles são o nosso para-choque junto ao governo federal. Creio que diante do bom diálogo que eles devem ter com o presidente eleito e a boa votação que o Jair Bolsonaro fez no Oeste do Paraná, em especial em Quatro Pontes, haverá um olhar especial para a região. Precisamos urgentemente dessa obra concluída.

 

 

OP: O ano de 2018 chega na reta final. Como o município deve fechar as contas? A arrecadação ficou dentro do esperado?

JL: Nos preparamos desde o começo do ano e fecharemos as contas de forma equilibrada. O 13º salário do funcionalismo já está na conta e a folha de dezembro está garantida, sem problema. Está tudo em dia. Ainda temos algumas obras para serem executadas em 2018. Vamos fechar as contas em dia e com um caixa para começar 2019 a todo vapor e dar início a algumas obras.

 

 

OP: Em termos de investimentos planejados para 2019, quais os principais que estão previstos?

JL: Existe o início da construção do hospital, que é um projeto que já foi divulgado; o término da capela mortuária, que está na fase de conclusão; vamos executar a rua coberta entre a praça e a igreja; implantação de uma arena multiuso; melhorias no campo de futebol; e daremos continuidade às ações para trazer novas indústrias para Quatro Pontes. Estamos finalizando uma negociação e praticamente cinco indústrias podem se instalar no município.

 

 

OP: Como está o processo de implantação da unidade hospitalar em Quatro Pontes?

JL: Será uma unidade de atendimento de baixa e média complexidade, aberta 24 horas por dia, e vamos terceirizar o serviço. O projeto já está pronto e foi enviado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Vamos tentar licitar o projeto ainda no final deste ano ou início de 2019.

 

 

OP: Em termos de geração de empregos, que sempre foi uma preocupação desta gestão, deve ocorrer um salto com a possível instalação das indústrias?

JL: Com certeza daremos um salto muito grande, e haverá bastante emprego feminino, que é o que mais necessita dentro de Quatro Pontes. Observamos uma demanda grande neste sentido. Já estamos estudando a construção de uma nova creche, viabilizada pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) por meio dos deputados federais Sérgio Souza e Sperafico, pois desta forma será possível oferecer esta estrutura para que a mãe possa trabalhar tranquilamente.

 

 

OP: Com o novo governo federal pode mudar também a diretoria da Itaipu. Há receio dos prefeitos diante da forte parceria que existe hoje entre os municípios e a hidrelétrica?

JL: Com certeza. Gostaria que quem está tocando a Itaipu hoje continuasse no cargo. Não são somente as prefeituras que ganham com isso, mas toda a população da região. Nunca haviam sido feitos investimentos tão significativos como agora e neste momento estão sendo concretizados. Acredito que uma boa conversa com o governo poderia ocasionar na continuidade da gestão do atual diretor, o Marcos Stamm. A competência dele e juntamente a parceria que o Stamm tem junto aos deputados, penso que seria uma alternativa muito boa para os municípios se ele permanecesse no comando da Itaipu.

OP: Como está o andamento dos convênios que a Prefeitura de Quatro Pontes assinou com a Itaipu?

JL: Licitamos os espalhadores de esterco e um trecho de pavimentação com pedra irregular. Vamos licitar a tubulação. Acredito que uma grande parcela executamos ano que vem, algo em torno de 70% devemos concluir em 2019.

 

 

OP: O governador eleito Ratinho Junior anunciou de forma ainda tímida alguns poucos nomes para a equipe de governo, mas o que dá para sentir de antemão é sua pretensão em fazer um governo mais técnico e que se torne modelo no Brasil. O que o senhor já sente do futuro governo e o que espera do mandato do Ratinho?

JL: Uma grande segurança na administração dele. Acredito que ele fará um governo seguro e certo. É uma grande alegria poder dizer que eu confio nele e acredito que terá uma boa equipe ao seu lado para lhe ajudar.

 

 

OP: E em relação ao governo Bolsonaro, diante daquilo que já é possível visualizar até diante da formação da equipe, quais as suas expectativas?

JL: Quanto ao Bolsonaro acho que ele está montando uma equipe excelente, técnica e que vai conseguir executar as ações necessárias para o Brasil. Acredito que ele precisará fazer uma boa negociação com os deputados e trazer uma boa parte para a base aliada para conseguir desenvolver uma boa gestão.

 

 

OP: O senhor já se aproxima da metade do seu mandato. Avalia alguma mudança na equipe de governo?

JL: Ainda não. Eu e o vice-prefeito Tiago (Hansel, DEM) ainda não conversamos sobre isso. Trabalhamos muito unidos e sempre tivemos um bom diálogo. Ainda não decidimos se vamos ter alguma mudança ou não. Até o momento nenhum secretário se manifestou e vamos aguardar.

 

 

OP: Nos próximos dias acontece a eleição da mesa diretiva da Câmara de Vereadores. Existe um pré-acordo de que o próximo presidente seja do MDB. O senhor tem preferência por algum nome?

JL: Não, acredito que quem for eleito terá plenas condições de conduzir a Câmara. Temos um bom diálogo com todos os vereadores. Creio que quem assumir o Legislativo fará um bom trabalho. Não tenho preferência, pode ser qualquer um deles.

 

 

OP: O senhor pretende se envolver nas discussões visando à formação da mesa diretiva?

JL: Não, desta vez não vou me envolver, a não ser que me chamem para conversar. Vou deixar na mão dos vereadores, pois eles têm competência e opinião própria. Podem decidir sozinhos o destino da Câmara.

 

 

OP: O senhor acredita que haverá candidatura única?

JL: Provavelmente.

 

 

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