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Política Entrevista ao O Presente

“Vamos reescrever uma nova página na Câmara”, destaca Sargento Dionir

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Vereador eleito de Marechal Rondon, Sargento Dionir: “Eu me sinto preparado para ser presidente da Câmara com toda certeza. Eu tenho uma história e eu tenho uma bagagem de comandar” (Foto: Ana Paula Wilmsen/OP)

São 25 anos de história na Polícia Militar da 2ª Companhia de Marechal Cândido Rondon, de onde se despede para assumir, em 1º de janeiro, o mandato de vereador. Dionir Luiz Briesch (DEM), ou Sargento Dionir, foi eleito no último dia 15 ao somar 946 votos – maior votação entre os novos parlamentares que vão compor o Poder Legislativo rondonense, desconsiderando os reeleitos.

Em entrevista ao Jornal O Presente, o democrata expôs por que decidiu entrar na vida política e enalteceu a renovação na Casa de Leis, bem como falou sobre sua expectativa em relação a essa nova experiência na vida pública. Confira.

 

O Presente (OP): O que levou o senhor a ser candidato a vereador? O que lhe atraiu para a política?

Dionir Briesch (DB): O que me atraiu para a política é, além de ter um momento em que a gente lançou a ideia de ser candidato e que iniciou um preparo para essa candidatura, o cenário da atual Câmara que está aí formada. A gente percebeu e foi visível para todos que ela estava bastante desgastada e vimos que tinha um espaço para ser preenchido. Já se desenhava que nem todos iriam se reeleger ou que alguns optaram por ideias próprias de não mais seguir como candidato a vereador. Isso tudo se somou para eu me lançar candidato a vereador. Tenho uma história já dedicada ao trabalho comunitário e voluntário. Essa minha história começa dentro da Associação da Polícia Militar. Desde que ela existe, sempre tive algum cargo na diretoria e nos dedicamos ao trabalho. Por vários anos eu a presidi e nosso maior trabalho dentro daquela associação foi em 2015, quando o tornado passou por Marechal Rondon e o caminho do tornado foi justamente pela Associação da Polícia Militar. Na época, destruiu totalmente a nossa associação. Eu não fiz nada sozinho, apenas liderei uma equipe formada de associados. Lideramos e buscamos mecanismos e ideias. Tínhamos um caixa bastante reduzido e com pouco dinheiro construímos e colocamos a associação em pé. Mas também essa história se passa dentro do Grupo de Amigos Costelão Lira, pertencente ao Clube Lira, passa-se também dentro do Clube Rotary 25 de Julho, ao qual faço parte. Toda essa soma me trouxe uma pequena bagagem de que dá para fazer algo pela comunidade, que dá para fazer algo pelos outros. Então, é nesse sentido o que me move dentro da política.

 

OP: Na sua opinião, ao que se deve os 946 votos que o senhor conquistou?

DB: O Sargento Dionir tem uma história em Marechal Rondon. Eu moro aqui há 28 anos. A minha passagem pela cidade se dá pela empresa de ônibus Transgiro, onde foi o meu primeiro emprego. Depois atuei na Sorasa. Posteriormente, na empresa de ônibus Unesul de Transportes e, em 1995, passei no concurso da Polícia Militar, onde estou há 25 anos. Dentro da Polícia Militar também tenho uma história. Em 2004, por uma questão de opinião, peguei licença de dois anos e fui à Áustria trabalhar, onde tive a oportunidade de fazer vários cursos na área de gestão de pessoas. Isso deu uma base para quando voltei ao Brasil, em 2006. Estávamos cientes de que não dava mais para ser só soldado da Polícia Militar e que precisávamos crescer. Ainda em 2006 me graduei cabo. De 2007 a 2011 tive a satisfação de comandar o Destacamento de Porto Mendes. Em 2011 fui aprovado para o concurso de sargento da Polícia Militar, me graduando 3º sargento. De 2012 a 2017 comandei o Destacamento da cidade de Mercedes. Depois disso, de 2018 até a publicação da licença eleitoral, estava à frente do Destacamento de Quatro Pontes. Então tem toda essa história fora, mais essa história da polícia, aliada a essa participação em vários grupos de amigos, clubes e também no esporte. A soma de todos esses itens, mais a nossa equipe e a estratégia, muita determinação, muito comprometimento de trabalho, se traduz nesses 946 votos.

 

OP: O senhor também pretende fazer história na política de Marechal Rondon?

DB: Com certeza. A nossa vontade de trabalhar, nossa determinação e o nosso comprometimento com que estamos vindo para a política, queremos escrever essa mesma história, tanto é que no meu slogan escrevi que nós queríamos ocupar a posição de que não bastava renovar a Câmara. Em 2016, houve uma renovação, mas a população não estava contente com aquela renovação. Se viu que em um determinado ponto a Câmara ficou desgastada. Então, estávamos cientes de que não basta renovar por renovar. Queremos renovar para fazer diferente. Dentro desse fazer diferente queremos, sim, construir uma história dentro da política rondonense.

 

OP: Assim como o senhor, há pessoas estreando na política e que serão rostos novos na Câmara. Qual é a sua expectativa neste sentido?

DB: Penso que a Câmara vai melhorar, principalmente no quesito da discussão de ideias. Como disse, a Câmara ficou desgastada. Eu, cidadão Dionir, vendo de fora, teve um determinado período que ela ficou muito de picuinhas particulares, muito de ataques. Um vereador contra o outro e não se ateve à discussão de ideias e de projetos. Nossa população provou nas urnas que não quer mais consumir aquele tipo de comportamento. A população espera outro tipo de comportamento daqueles que estão na Casa de Leis para representá-la. Então, o que a gente espera? Apresentar bons projetos e esperamos que os colegas também apresentem bons projetos. Se todos apresentarem bons projetos, vamos precisar da discussão deles e que essa discussão seja nivelada por cima. Uma discussão saudável, pensando naquilo que é o melhor para Marechal Rondon, naquilo que é melhor para os rondonenses. Vamos reescrever uma nova página na Câmara de Vereadores, de muito trabalho e com seriedade.

 

Sargento da Polícia Militar, Dionir Briesch (DEM), eleito vereador de Marechal Rondon: “Nossa população provou nas urnas que não quer mais consumir aquele tipo de comportamento. A população espera outro tipo de comportamento daqueles que estão na Casa de Leis” (Foto: Ana Paula Wilmsen/OP)

 

OP: O senhor se sente preparado para assumir o mandato na Câmara de Vereadores?

DB: Desde o dia em que me lancei candidato.

 

OP: Tem alguns projetos já preparados?

DB: Temos algumas coisas. Durante a preparação da minha campanha tive o cuidado de visitar outras cidades e conhecer projetos, porque nós sempre nos preocupamos com o que pode ser melhor em Marechal Rondon e que ainda não temos no município. Nesse sentido, tomamos cuidado de visitar algumas cidades, ver projetos que funcionam bem lá e que não têm aqui. Com certeza já temos alguma coisa preparada, sim, para apresentar.

 

OP: O senhor e o Soldado Sauer (Vanderlei Sauer, DEM) serão duas forças da Polícia Miliar dentro da Câmara de Vereadores. Qual análise faz disso? A segurança pública será a principal bandeira de trabalho?

DB: Durante a pré-campanha algumas pessoas pensaram que haveria uma divisão e que um dos dois poderia ficar fora, até os mais pessimistas chegaram a comentar que poderiam os dois ‘morrer na praia’. Eu, desde o início, dizia que isso não ia acontecer e que os dois seriam eleitos. A Polícia Militar é a nossa casa. Faz parte da democracia que alguns policiais apoiassem o Sauer e outros o Sargento Dionir. Mas, sabendo que a casa está do nosso lado, foi muito importante para os dois. A partir daí ficou provado que nós temos bases fortes. Então não se deve alimentar de forma alguma que o Sauer e o Dionir são concorrentes. Não se deve alimentar que há uma divisão, uma rivalidade. Somos dois vereadores e parte de uma Câmara de Vereadores que tem 13. Com certeza vamos querer olhar a segurança pública. Há muito o que se olhar pela segurança de Marechal Rondon. Por sermos policiais, vamos olhar com muito carinho para a Polícia Militar. Não que os outros não mereçam atenção, mas vejo que outras forças de segurança, estruturalmente falando, estão em uma condição melhor que a Polícia Militar. Quem está mais deficitária hoje, quem mais precisa de um amparo imediato, é a Polícia Militar de Marechal Rondon. Isso não quer dizer que nós só vamos trabalhar pela segurança pública. Vamos olhar por toda a cidade. Tanto eu quanto o Sauer estamos preparados para olhar para outras áreas também.

 

OP: Caso haja convite para o Sargento Dionir assumir alguma secretaria na prefeitura, existe a possibilidade de aceitar?

DB: Quando nos colocamos à disposição para ser candidato a vereador, sabíamos que isso poderia acontecer. Neste momento devemos estar preparados para aceitar um convite do prefeito ou não para assumir uma secretaria. Se você me perguntar se eu estou preparado, sim, estou preparado. Se eu aceito o convite, obviamente que se for para somar e que isso seja importante para o grupo e para o prefeito, sim, nós vamos aceitar o convite e vamos dar o melhor de nós naquela secretaria. Se me perguntar preferencialmente, eu prefiro ficar na Câmara de Vereadores. Por quê? Porque os 946 rondonenses que votaram no Sargento Dionir votaram para que ele fosse vereador. Eles esperam um trabalho na Câmara de Vereadores. Preferencialmente, prefiro permanecer na Câmara, mas isso não quer dizer que eu negue um convite do prefeito.

 

OP: O senhor se coloca à disposição para disputar a presidência da Câmara?

DB: Eu me sinto preparado para ser presidente da Câmara com toda certeza. Eu tenho uma história e tenho uma bagagem de comandar, liderar pessoas, comandar destacamento e se for a tônica uma questão de pressão, passamos por muitas pressões já e tenho esse crédito. Com certeza estamos preparados para qualquer desafio, inclusive para ser presidente da Câmara de Vereadores. Porém, são oito da base do prefeito. Penso e acredito que a qualquer momento eles devem se reunir. Esse encontro vai acontecer, vamos nos reunir e falar disso, mas ainda não ocorreu (o encontro). Então, muita calma e muita cautela. Vamos aguardar esse grupo se posicionar. Se for da vontade do grupo que o Sargento Dionir dispute as eleições pela presidência da Câmara, com certeza não vamos fugir do compromisso, mas passa por uma reunião de grupo, passa por um entendimento. Colocar o nome à disposição é uma coisa. Vontade de ser, os 13 querem ser, mas penso que deve ser um dos oito da base do prefeito.

 

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