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Agronegócio Artigo/opinião

Resultados do agro em 2023 são bons. O que esperar de 2024? – por João Luis Nogueira

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(Foto: Divulgação)

O ano de 2023 iniciou conturbado, se levarmos em conta problemas estruturais que se estenderam, desde a falta de armazéns, custo alto dos transportes e ineficiência dos portos, que deprimiu os prêmios para exportação, sobretudo do complexo soja, que mais atraiu divisas para o país em 2023.

Claro que este cenário ligado à infraestrutura não muda rapidamente, porém, a demanda pelos produtos brasileiros vão continuar se ampliando. Em outras palavras, nossa competitividade deve continuar sendo comprometida face esta conjuntura.

Também ao longo de 2023 os preços cederam no mercado internacional, resultado de um alinhamento entre a oferta e a demanda das commodities, devido aos problemas econômicos vividos pelo mundo no pós-pandemia, onde a elevação dos preços dos alimentos de forma geral foram totalmente descolados da capacidade de compra consumidor.

Tudo indica que deva perdurar ainda durante o ano de 2024, pelo menos é o que consultorias renomadas e até o FMI projetam, ou seja, tímido crescimento, inclusive para a China, que é disparada nosso maior cliente.

A boa notícia é que já se projeta o início de uma reação de economias importantes no continente europeu e nos Estados Unidos, dois grandes parceiros econômicos do Brasil.

As preocupações, na verdade, estão voltadas para nosso vizinho Argentina, destino de grande parte de nossas exportações e de futuro indefinido devido à mudança de governo, que está encaminhando para o Congresso daquele país um decreto que até agora está gerando muita incerteza na comunidade econômica mundial.

Com todos os problemas enfrentados na Argentina, nossas exportações pra lá cresceram 10% entre janeiro e novembro deste ano, se compararmos ao mesmo período do ano passado, e foi equivalente a 47,51% do que foi embarcado para os EUA.

Mas o grande destaque foram os embarques para a China, Hong e Macau, com crescimento de 14,0% no período citado acima e faturamento de US$ 96,67 bilhões, segundo informou a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior).

Neste contexto, podemos esperar 2024 de recuperação lenta, contudo, mais sustentável, com os preços ainda se adequando.

João Luis Nogueira é diretor do Departamento de Agronegócios da Prefeitura de Toledo, presidente do Conselho de Agronegócios, palestrante e consultor

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