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Isai Marcelo Hort

Em quem votei?

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Eu vou contar, não é segredo.

Votar é uma das atitudes mais importantes do ser humano. A lei estipula uma idade mínima, justamente porque exige maturidade para o fazer. Votar vem do latim “votum”, que significa “promessa”. É a confiança em promessas ainda não cumpridas.

Votar é também a “manifestação de preferência”. Quando votei, manifestei a preferência por uma opção entre muitas outras.

Não é possível dividir o voto. Pode até existir uma admiração por outras opções, mas é importantíssimo decidir-se por uma só. Precisamos conhecer as propostas, planos e intenções para o futuro. Afinal, esta pessoa influenciará diretamente a nossa vida. Dar o voto é dar parte de si mesmo. Logo, vender o voto é uma forma de prostituição.

O mais importante é conhecer o caráter. “Caráter é aquilo que somos, quando ninguém está olhando” (Epicuro). Será impossível controlar o candidato/a 24 horas por dia, por isso chamamos de “voto de confiança”.

Sem mais delongas, agora que entendemos o profundo significado de um voto, eu tenho orgulho de contar em quem votei. Eu votei na minha esposa! Me lembro com alegria dos votos matrimoniais, foi maravilhoso e extasiante, pois ela também votou em mim.

Tinha gente em pé chorando de emoção. Crianças e adultos observavam o momento mais importante da cerimônia, o momento do SIM. Não é uma encenação religiosa, é a hora de uma votação real.

Jamais quero quebrar a confiança desta fantástica e bela eleitora, que depositou em mim a sua confiança. O voto de casamento é uma escolha para o tempo de vida, não apenas quatro anos.

É dolorido quando um político se prostitui em troca de dinheiro. Quanto mais dolorido é a quebra dos votos de casamento.

Jamais quebre o seu. Cumpra suas promessas. Depois do voto não se distancie de sua eleitora ou eleitor, como fazem alguns. Aproxime-se ainda mais. Melhor ainda é quando conseguimos surpreender, fazendo mais do que prometemos.

Que Deus abençoe os votos de casamento. Que jamais sejam quebrados.

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