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Arena explode em festa para a eternidade com tri da América

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Os guerreiros de Renato Portaluppi desbravavam a América pela terceira vez com as cores azul, preto e branco bem distante dali, no hostil La Fortaleza, com uma histórica vitória por 2 a 1 sobre o Lanús, forjada por talento e muito suor, na quarta-feira (29). Mas a Arena não deixou de pulsar neste 29 de novembro inesquecível a cada uma das 30 mil almas que abarrotaram o gramado e boa parte das arquibancadas do estádio para embalar, mesmo de longe, o tri da Libertadores. Em uma noite de reza, tensão e glória, os milhares de gremistas extravasaram em lágrimas de uma alegria eterna.

Parecia até que a energia que exalava de cada um dos torcedores ali presentes era transmitida numa onda metafísica até o acanhado estádio do Lanús e repassada aos atletas pelos cinco mil gremistas que viram in loco a taça. Ou pelo grandioso telão que exibiu cada instante dos 90 minutos do resto das vidas dos gremistas.

A noite começou repleta de confiança, embalada pela música que ressoava nos potentes alto-falantes, entre imagens do ônibus da delegação no aeroporto de Porto Alegre. E pelos cânticos costumeiros da torcida. O momento de maior intensidde veio com o hino do clube, cantado a plenos pulmões. O ambiente do lado de fora do estádio já indicava o clima digno de decisão dentro, com bares atrolhados de gremistas e filas para ingressar na Arena.

Com o apito inicial, os brados de "Nós vamos acabar com o planeta" deram lugar à reza, a um último gesto de fé para os 90 minutos de pura tensão que se avizinhavam. No La Fortaleza, os comandos do ídolo máximo construíam, pé por pé, uma atuação de gala, para os autos da história. Na Arena, o que se viu foi uma explosão de festa vista poucas vezes por ali, com o gol de Fernandinho, numa arrancada fulminante.

Uns se atiraram no chão, aos prantos. Outros, ajoelhados, agradeciam aos céus, incrédulos. Muitos esfregaram os olhos, atônitos, com dificuldade de assimilar que o tri se aproximava. Quase todos repetiram o gesto – ou ao menos o sentimento – com a pintura de Luan.

Um a um, o camisa 7 deixou adversários no chão até encobrir Andrada com um golaço antológico. Um a um, os gremistas se abraçavam e arremessavam litros de cerveja aos ares, espantados com a magnitude do tento.

O primeiro tempo encerrou. E parecia que o tri já estava concretizado, tamanha a explosão dos 60 mil pés que pulavam juntos para estremecer a Arena. Os cânticos eletrizaram o ambiente… Até o início da segunda etapa.

 

Globo Esporte

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