Copagril encerra temporada sem título, mas promete voltar forte para 2019

Encerrada a temporada oficial em termos de competições, após a eliminação diante do Matelândia nas quartas de final do Campeonato Paranaense Série Ouro e da queda na semifinal da Liga Nacional de Futsal perante o Atlântico de Erechim (RS), os dirigentes da Copagril/Sempre Vida/Sicredi/Marechal Cândido Rondon fazem uma avaliação do desempenho deste ano e projetam o que almejam do time para a temporada 2019.

Na opinião do supervisor técnico da Copagril Futsal, Eduardo Santana, a atuação da equipe ao longo de 2018 teve tanto fatores positivos quanto negativos. “Tivemos grande aprendizado, sendo mais importante a certeza de que estamos no caminho certo, ou seja, de que em breve podemos chegar a um título nacional. Afinal, foram duas semifinais de Liga Nacional em três temporadas, no entanto agora fica o gosto amargo, principalmente pelas grandes atuações que tivemos fora de casa”, declarou ao O Presente.

No último dia 24, a Copagril foi superada por 2 a 1 pelo Atlântico e deu adeus ao sonho de competir pelo título nacional neste ano. “Estivemos bem perto da vitória e da classificação, mas assim é o futsal, definido em detalhes, e dessa vez eles foram para o outro lado. Já no Paranaense não temos como esconder a decepção enorme pela nossa eliminação, porque tivemos uma campanha impecável na 1ª fase e a eliminação já nas quartas de final foi uma frustração. Esse acabou sendo o ponto baixo da temporada, algo que não pode se repetir”, pontua Santana.

O supervisor técnico agradece a diretoria da Copagril, a Associação Atlética Cultural Copagril (AACC) – mantenedora do projeto de futsal -, comissão técnica, patrocinadores, administração e todos os envolvidos com o futsal. “Em especial a todos os torcedores, desde os Pinto Loko e outros torcedores de Marechal Rondon e microrregião que não mediram esforços para prestigiar os jogos, aqueles que saíram daqui e foram a Blumenau, Carlos Barbosa, Erechim e nos incentivaram a todo instante. Podem contar conosco porque a Copagril voltará muito forte em 2019”, afirma.

GOSTO AMARGO

O dirigente salienta que se classificar à semifinal representou a proximidade do time conquistar o principal objetivo do ano, que era o inédito título da Liga Nacional. “Dos quatro times semifinalistas da Liga Nacional (Copagril, Atlântico, Pato e Magnus), nenhum é campeão de Liga Nacional. O Magnus foi campeão, mas com o nome Brasil Kirin, e novamente não será campeão com o novo nome”, comenta Santana, ao mencionar a equipe do ídolo Falcão que foi derrotada na semifinal pelo Pato Branco.

“O gosto amargo que me refiro é por trabalhar, lutar e pagar o preço alto da nossa profissão de chegar perto de mais uma final de Liga ao Paraná e saber que tínhamos condições de estar lá. Não gosto de entrar em detalhes e nem de colocar obstáculos, porém ficaram claros dois pênaltis legítimos (à Copagril) que a arbitragem não deu, no entanto que a SporTV mostrou ao Brasil inteiro”, critica o supervisor.

 

Por outro lado, ele lembra que o time rondonense teve oportunidade de fazer gols e avançar à final, todavia não marcou. “Fica o gosto amargo porque achávamos ter possibilidade de chegar à final, mas parabéns ao Atlântico e ao Pato que se classificaram, sendo Pato pela primeira vez. Com todo respeito ao Atlântico, eu, como trabalhador do Paraná, torcerei para que seja uma grande final e que o Pato consiga esse título, que será o primeiro do Paraná na Liga Nacional”, evidencia.

 

CONVERSAS

Após o confronto em Erechim, Santana assistiu no ginásio o duelo entre Pato Branco e Magnus, com a finalidade de observar jogadores do time paranaense que podem interessar à Copagril. Perguntado se alguns nomes estão em análise, o dirigente desconversou. Apesar disso, esclarece que a temporada 2019 vem sendo planejada há algum tempo, inclusive negociações podem estar adiantadas.

“Depois do jogo em Erechim iniciamos as conversas de renovações e contratações. Alguns atletas infelizmente não permanecerão na Copagril na próxima temporada, porém tenho certeza de que esses jogadores alcançarão novos desafios em outros lugares. Agradecemos todos os atletas que se empenharam e se dedicaram para que juntos pudéssemos chegar à semifinal da Liga. O Estadual foi uma decepção, todos estamos sentidos porque montamos uma equipe para ser campeã da Série Ouro, que seria nosso quarto título, mas infelizmente não aconteceu. Muito obrigado aos nossos familiares, à comissão técnica e a todos os envolvidos neste projeto, assim como à imprensa pela divulgação, cobertura e apoio à equipe Copagril/Sempre Vida/Sicredi/Marechal Cândido Rondon”, menciona.

DEFINIÇÕES

De acordo com Santana, há possibilidade de que grande parte das definições em se tratando de renovações e contratações ocorram nesta semana. “Até mesmo porque na semana que vem a diretoria, através do gestor de futsal Adolir Weber (Kinha) e AACC, do presidente Enoir Primon, devem anunciar contratações e renovações e nós esperamos que isso possa acontecer. Existem conversas com os gestores do projeto no sentido de renovar com toda a comissão técnica”, adianta.

“Em relação ao técnico Paulinho Sananduva, nós sabemos de sua qualidade e do seu potencial, não só do Paulinho como de toda a comissão técnica. São três anos com o Paulinho e ele já chegou sendo campeão do Estado e nos levou a duas semifinais de Liga Nacional, portanto tem histórico, bagagem, ampla experiência no sentido de conduzir e trabalhar, mas devo enaltecer toda comissão técnica porque há um trabalho em equipe. Vou aguardar Kinha retornar da sua viagem a trabalho para então tratar dos últimos detalhes da renovação da comissão técnica que acredito estar bem próximo fechar com todos e planejar para que 2019 seja de grande sucesso”, reforça.

TÍTULOS

Segundo ele, atletas de inúmeras equipes são avaliados ao longo do ano com a finalidade de contratação daqueles que se encaixem no “padrão Copagril”. “Temos números, dados e buscamos esses jogadores com supervisores, técnicos e preparadores físicos. Claro que há interesse em grandes jogadores. Estamos com um grupo bem qualificado, mas devemos melhorar ainda mais. Considerando que um ou outro atleta acaba saindo, nós precisamos trazer jogadores à altura para que possamos junto dos que ficarem buscar no ano que vem o título nacional e o Campeonato Paranaense, porque uma equipe igual a Copagril, com estrutura que dá condições, com a diretoria que oferece o suporte necessário que poucos clubes do país têm, precisa estar sempre ganhando. A Copagril está entre os quatro melhores do Brasil”, ressalta Santana.

O supervisor diz que neste ano a Copagril foi mesclada para os Jogos Abertos do Paraná (JAPs) junto da parceira Jaclani Futuro e acabou caindo para a Divisão B. “Temos de planejar diferente para reconduzir o município à Divisão de elite, onde todas as equipes, com exceção do Pato Branco, por determinação do time, disputam os JAPs. Existe grande parceria com a prefeitura e precisamos colocar Marechal Rondon na Divisão A dos JAPs”, enaltece.

“Por tudo o que proporciona, a Copagril deve jogar para ser campeã das duas competições (Liga Nacional e Paranaense) ou dos campeonatos que disputar. Ano que vem, quando retornarmos ao trabalho e às nossas atividades, o foco será nos tornarmos campeões da Liga Nacional e do Campeonato Paranaense, porque devemos melhorar a cada ano”, declara.

O Presente

Supervisor técnico da Copagril Futsal, Eduardo Santana: “Ano que vem, quando retornarmos ao trabalho e às nossas atividades, o foco será nos tornarmos campeões da Liga Nacional e do Campeonato Paranaense, porque devemos melhorar a cada ano” (Foto: Arquivo/OP)