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De emprestável a arma tricolor: o caminho de Pablo Dyego até se firmar

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Foto: Divulgação

O Fluminense precisava construir um bom placar sobre o Nacional Potosí no Maracanã em razão de o jogo de volta ser na altitude boliviana. O Tricolor, porém, mostrava dificuldades para furar o bloqueio rival. Até que Pablo Dyego entrou aos 25 do 2º tempo e incendiou a partida da noite de quarta-feira (11).

Em seu primeiro toque, o atacante abriu o placar. Minutos depois, deu chapéu no zagueiro e emendou linda bicicleta que explodiu no travessão. De quebra, sofreu duas faltas que renderam a expulsão de Alaca. Daí em diante, o Flu encaminhou a vitória por 3 a 0.

Destaque da noite, Pablo sequer fazia parte dos planos de Abel Braga no começo do ano. Após retornar de empréstimo ao San Francisco Deltas na NASL, espécie de segunda liga dos Estados Unidos, passou a treinar junto com o elenco principal. A ideia inicial era emprestá-lo novamente.

Mas o tempo foi passando, e Pablo foi ficando. No início, era a terceira opção de Abelão para o ataque, atrás de Robinho e Matheus Alessandro. Fazendo bons treinos, começou a ganhar espaço no elenco e foi ganhando chances nos jogos.

Foi o momento certo. Ele deu a oportunidade de eu treinar e a partir daí eu vim trabalhando bastante, ganhando espaço e aproveitando as oportunidades.

A guinada veio no clássico contra o Flamengo pela semifinal da Taça Rio. Marcaria seu primeiro gol, caso Gum, impedido, não tocasse na bola. De lá para cá, passou a ser a principal arma do Flu no 2º tempo. E o primeiro gol com a camisa tricolor veio na quarta-feira.

“É um sonho realizado. Estou muito feliz com o momento. Espero continuar nessa forma, para fazer muito mais gols”, disse. Pablo Dyego já não é nenhum garoto. Nascido em 1994, completou 24 anos em março. Antes de se firmar no Fluminense rodou o mundo em empréstimos. Passou por Suécia (Djurgarden), Polônia (Legia Varsóvia) e também Canadá (Ottawa Fury, que atua na NASL). Entre algumas passagens, chegou a retornar ao Flu, mas sem se firmar.

“Venho trabalhando há muito tempo para isso acontecer, desde a base. Joguei em vários clubes fora do país… Vários empréstimos, muitas experiências ganhas”, lembrou.

Nos Estados Unidos, se destacou. Pelo San Francisco Deltas, em 2017, foi aproveitado mais que o dobro de vezes que seu companheiro de time famoso, Dagoberto. Em 29 jogos, fez seis gols, foi eleito em duas ocasiões para a seleção da semana da NASL e ajudou a equipe a conquistar o título da liga.

Jogador de explosão, sabe usar o corpo a seu favor, levando vantagens em disputas com os zagueiros. O que o torna versátil, por também poder atuar como referência na área. Após o jogo desta quarta-feira, foi elogiado por Abel Braga:

“Está chegando nesse momento por mérito dele. Trabalha muito, sabe das suas limitações. Ele se sente bem pelo apoio dos experientes. O ambiente que a gente tem é fantástico. Essa equipe, competindo muito, me deixa feliz com o que tem apresentado”, comentou o treinador.

Com agências

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