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Esportes Copa do Brasil

Inter poupa de novo, joga para o gasto e garante vaga, mas precisa de socorro de titulares

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(Foto: Ricardo Duarte/Internacional)

Beira-Rio, noite de terça-feira (03). Estádio Olímpico, uma semana atrás. Mudam os cenários, mas a estratégia de Eduardo Coudet para o Inter nas duas partidas das oitavas de final da Copa do Brasil foi a mesma. Os resultados, também.

Tanto no jogo de ida quanto no duelo da volta, o treinador fez preservações e descansou boa parte dos titulares com times mistos. A equipe venceu o Atlético-GO por 2 a 1 nas duas partidas e garantiu a vaga nas quartas de final.

A classificação era quase uma obrigação também pelas pretensões financeiras do clube. O Inter correu riscos e se deu ao luxo de jogar apenas para o gasto – e olhe lá – para conseguir avançar de fase.

O desempenho na vitória do jogo da volta, na última terça-feira, arrancou bocejos dos poucos presentes nas arquibancadas e tribunas de imprensa do Beira-Rio em uma noite de um frio atípico no novembro gaúcho. Mas deu certo.

O Inter se classificou, embolsou R$ 3,3 milhões e reservou energias para a prioridade de se manter na liderança no Brasileirão. O adversário nas quartas de final sai em sorteio na sexta-feira (06).

“Tratamos de planejar da melhor maneira. Tratar de guardar alguns jogadores que precisamos e ver quais estão melhores. Acho que hoje (terça) saiu bem o que planejamos. Às vezes, jogamos o que queremos, às vezes jogamos o que podemos. Quando não temos jogadores com mesmas características, buscamos nos adaptar e ser inteligentes”, disse Coudet após a vitória.

A análise do treinador resume o que foi a classificação. Confortado pela vantagem de jogar por um empate, o técnico preservou sete titulares na escalação para a partida.

Marcelo Lomba, Zé Gabriel, Víctor Cuesta e Patrick foram os remanescentes. Até Thiago Galhardo, suspenso para a próxima rodada do Brasileirão, foi poupado e começou no banco de reservas.

No jogo de ida, fora de casa, o time reserva foi intenso e agressivo ao menos nos primeiros minutos para abrir vantagem logo cedo. No Beira-Rio, isso não passou nem perto de acontecer.

Coudet manteve a estrutura de time no 4-1-3-2, com Musto como primeiro volante e Johnny na função de meia central. Leandro Fernández e Yuri foram os titulares do ataque.

A identidade da equipe ficou apenas no papel. O Inter não conseguiu impor sua marcação alta para sufocar o Atlético-GO em momento algum da partida.

O adversário escapou da pressão e ganhou terreno. E como. Por muitas vezes, era o Atlético que ocupava o campo de ataque e forçava erros na saída de bola do Inter.

O primeiro tempo encerrou com incontáveis chutões e perdas de posse de bola. O Inter não correu riscos, mas só ameaçou em finalização de Nonato, de fora da área.

Coudet mandou Edenílson e Thiago Galhardo para o aquecimento ainda no primeiro tempo. Os dois entraram nas vagas de Johnny e Leandro Fernández na volta do intervalo.

E o Inter melhorou. Não muito, mas o suficiente para abrir o placar. Logo aos 9, Nonato finalizou de fora da área. Jean espalmou para a frente, e o artilheiro estava livre dentro da área para empurrar paras as redes.

Com Edenílson de um lado, Patrick do outro e Galhardo no comando do ataque, a equipe conseguiu imprimir uma dinâmica mais próxima da habitual. Mas o segundo gol saiu quase que exclusivamente por mérito individual: um golaço de Rodinei, em chute de pé esquerdo.

O Atlético até diminuiu, após uma falha da marcação pelo lado esquerdo. Junior Brandão finalizou e contou com outra falha, de Marcelo Lomba, para fazer o gol de honra, já no final da partida. Não mais do que isso.

Com titulares descansados e longe de encantar, o Inter está classificado às quartas de final da Copa do Brasil e espera o sorteio para conhecer seu rival. Antes, o foco é no Brasileirão, no duelo com o Coritiba no próximo domingo (08), às 16 horas, no Beira-Rio, pela 20ª rodada.

 

Com Globo Esporte

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