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Lesões em série e seca de gols colocam Sasha em baixa no Inter

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Tomás Hammes/Globo Esporte

Se 2016 terminou complicado, 2017 começa ainda pior para Eduardo Sasha. O camisa 9 voltou a sofrer com as dores no tornozelo direito e passou por nova cirurgia no local na sexta-feira (06), que o afastará dos gramados por até quatro meses. Em um desabafo pela rede social, demonstrou insatisfação e deixou claro que jogou com dores durante a campanha que culminou no rebaixamento para a Série B. Após ver os gols rarearem e a chance de ser negociado para a Europa praticamente sumir, terá de reconquistar espaço quando voltar.

A intervenção foi a quarta no tornozelo direito em um período de três anos. A primeira ocorreu no final de 2014, quando precisou colocar dois pinos de titânio. No primeiro semestre do ano seguinte, o atacante realizou uma artroscopia. O drama de Sasha voltaria no final da temporada, quando, em setembro, esteve mais uma vez na sala de cirurgia para retirar uma lasca do osso.

No ano passado, as dores no local já atormentavam o atacante na metade da temporada. Em agosto, viajou até São Paulo para analisar a situação. À época, ficou entendido que não precisaria realizar o procedimento antes do final da temporada.

O problema, todavia, o atrapalhou. A produção caiu. Sasha ficou quase quatro meses exatos 112 dias sem marcar. Após o tento na derrota por 3 a 2 contra o Botafogo, no dia 26 de junho, só se reencontrou com as redes no triunfo por 2 a 1 em cima do Flamengo, no dia 16 de outubro, no Beira-Rio, após 17 partidas.

A seca o fez perder o status de titular e virar reserva. Só anotaria mais um, três dias depois, no triunfo por 2 a 0 sobre o Santos pela Copa do Brasil. Desde então, se passaram sete partidas de hiato, com 420 minutos, o que não o impediu de terminar como o goleador colorado da temporada com 15 gols, à frente de Vitinho (14) e Aylon (13), embora menos do que a meta estipulada: 20.

A baixa produção também se deu pelo momento do time, atolado em uma areia movediça que o levou para a Série B. Sasha foi um dos jogadores que mais se abalou com a fase delicada. Não entrou em campo no triunfo por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, na penúltima partida do Brasileirão, e sequer viajou ao Rio de Janeiro para a partida derradeira contra o Fluminense, que sacramentou o rebaixamento colorado.

Esta conjunção de fatores afastou qualquer possibilidade de negociação com a Europa. Antes dos problemas, Sasha era alvo do Velho Continente. O Leicester chegou a fazer uma proposta pelo camisa 9, que tem passaporte italiano, um facilitador nas negociações, mas que acabou negada.

Para completar, Sasha se viu envolvido em uma polêmica. Após o Grêmio conquistar a Copa do Brasil o primeiro título importante após 15 anos , o camisa 9 foi xingado pelo gremista Luan. O palavrão vinha como uma resposta às provocações do colorado ainda durante o Gauchão.

Contra o Juventude, em Caxias, após Andrigo marcar o único gol da primeira partida da final, gritou em frente à torcida rival “aqui não é Grêmio”. No jogo de volta, marcou no triunfo por 3 a 0, que confirmou o hexa do Gauchão, e voltou a alfinetar o rival ao dançar uma valsa com a bandeira de escanteio, em alusão ao jejum de títulos gremista.

Agora, o atacante busca se recuperar da cirurgia deve iniciar a fisioterapia já no domingo (08). E, caso volte a atuar em maio, tentará reencontrar o espaço e os gols que ficaram pelo caminho. Com contrato renovado até o fim de 2020, soma 126 partidas pelo Inter, com 29 gols.

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