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Geral Fenômenos no céu

Calendário astronômico de 2024: confira quando haverá eclipses, chuvas de meteoro e superluas

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(Foto: Rafael Sturm)

Assim como em anos anteriores, 2024 estará repleto de eventos astronômicos. Os fenômenos incluem 12 chuvas de meteorosconjunções planetárias2 eclipses lunares e 2 eclipses solares, além de superluas.

E, para ajudar os curiosos pela astronomia, o g1 listou alguns dos principais fenômenos que ocorrerão este ano. Veja abaixo:

Eclipses

  • 🌗 24-25 de março – Eclipse penumbral da Lua (visível em todo o país)
  • ☀️ 8 de abril – Eclipse solar total (não visível no Brasil)
  • 🌗 17-18 de setembro – Eclipse lunar parcial (visível em todo o país, de forma tênue)
  • ☀️ 2 de outubro – Eclipse solar anular (visível em boa parte do país como parcial)

Em 2024, teremos 2 eclipses solares: um total (quando a Lua bloqueia toda a luz do Sol), em 8 de abril, e um anular (quando o Sol forma um anel ao redor da sombra da Lua), em 2 de outubro.

Atenção: um eclipse solar só pode ser observado com um filtro especial ou olhando para o reflexo do Sol.

total não será visível no Brasil. Apenas alguns países da América do Norte conseguirão observar o fenômeno. Além disso, ele também será visível na região equatorial do Oceano Pacífico e no Atlântico Norte.

Já o anular passará pelo país como parcial. Ou seja, quem olhar para o céu verá o nosso Sol “mordido” pela Lua.

Isso acontece porque um eclipse solar anular sempre acompanha um eclipse solar parcial.

E, neste caso, a passagem do fenômeno favorecerá estados da Região Sul, Sudeste (exceto a porção norte de Minas Gerais) e o Mato Grosso do Sul. Já moradores de trechos da Bahia, Goiás e Mato Grosso também terão a chance de flagrar o evento. No restante do país, esse eclipse de outubro não será visível.

  • Entenda os diferentes tipos de eclipse no vídeo abaixo:

O que é um eclipse?

Já os eclipses lunares não serão tão marcantes neste ano para os observadores mais leigos.

Tecnicamente, o eclipse penumbral da Lua de março, por exemplo, poderá ser visto em todo o continente americano (incluindo todos os estados do Brasil).

Entretanto, durante um eclipse do tipo, o nosso satélite natural escurece por um tempo, mas não desaparece completamente. Além disso, uma característica fundamental desse fenômeno é que a Lua escurece bem levemente, já que o nosso satélite fica na sombra clara da Terra, ainda recebendo luminosidade do Sol.

Por isso, o espectador menos atento pode até não perceber que está presenciando um eclipse!

Eventos assim inclusive podem ser bem difíceis de serem observados sem um equipamento adequado. Justamente por essa razão, alguns pesquisadores gostam de explicar que observar esse tipo de eclipse é como ver um véu na frente do disco lunar.

Já o eclipse lunar parcial de setembro será extremamente tênue. Ele também passará por todos os estados do país, mas, no auge do fenômeno, a cobertura da Lua será de apenas 0.08%.

Periélio e afélio

No dia 2 de janeiro, a Terra atingiu seu ponto mais próximo do Sol. O fenômeno ocorreu às 21h38 no horário de Brasília. No periélio (que quer dizer literalmente “perto do Sol”), o planeta fica a 147 milhões de km da estrela central do Sistema Solar.

Dessa forma, no periélio, o Sol aparece maior porque o seu diâmetro aparente (angular) atinge o valor máximo no ano (veja imagem abaixo).

O Sol no periélio e no afélio no ano de 2021. — Foto: Observatório Astronómico de Lisboa/Divulgação

O Sol no periélio e no afélio no ano de 2021. — Foto: Observatório Astronómico de Lisboa/Divulgação

Atenção: observar diretamente o Sol sem o uso de equipamentos adequados pode implicar em danos irreversíveis à visão. Utilize métodos de observação indireta, sem auxílio de telescópios.

Já o afélio (o oposto do periélio, quando o Sol apresenta seu menor diâmetro aparente, e a Terra alcança o ponto de sua órbita mais distante do astro) ocorrerá em 5 de julho, às 2h06 no horário de Brasília. Neste ponto, o nosso planeta estará a 152 milhões de km do Sol e atingirá a sua menor velocidade do ano.

Cuidados na hora de observar o Sol — Foto: Luisa Rivas/Arte g1

Cuidados na hora de observar o Sol — Foto: Luisa Rivas/Arte g1

Conjunções planetárias🪐🔭

As principais conjunções planetárias (quando mais de dois planetas aparecem próximos no céu) do ano acontecerão nas seguintes datas, de acordo com o Observatório de Valongo:

  • 27 de janeiro – Conjunção entre Marte e Mercúrio antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Sagitário. Os astros estarão separados por apenas 0,4 grau.
  • 22 de fevereiro – Conjunção entre Marte e Vênus antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Capricórnio. Os astros estarão separados por apenas 0,6 grau.
  • 28 de fevereiro – Conjunção entre Saturno e Mercúrio com o Sol.
  • 21 de março – Conjunção entre Vênus e Saturno antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário. Os astros estarão separados por apenas 0,3 grau.
  • 30 de março – Marte, Saturno e Vênus estarão visualmente alinhados antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário.
  • 7 de abril – Marte, Saturno, Lua e Vênus irão formam um quarteto celeste antes do amanhecer, direção leste, entre as constelações de Aquário e Peixes.
  • 10 de abril – Conjunção entre Marte e Saturno antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário. Os astros estarão separados por apenas 0,7 grau.
  • 20 de abril – Conjunção entre Júpiter e Urano, direção oeste, na constelação de Áries. Os astros estarão separados por apenas 0,4 grau, mas estarão muito próximos do horizonte oeste, durante o crepúsculo. Urano poderá ser visto apenas com uso de binóculos, em céus escuros.
  • 4 de junho – Conjunção entre Júpiter e Mercúrio, direção leste, na constelação de Touro. Os astros estarão separados por apenas 0,1 grau, mas estarão muito próximos do horizonte, durante o crepúsculo, um pouco antes do amanhecer.
  • 15 de julho – Conjunção entre Marte e Urano antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Touro. Os astros estarão separados por apenas 0,5 grau. Urano poderá ser visto apenas com uso de binóculos, em céus escuros.
  • 5 de agosto – Conjunção da Lua, com Vênus e Mercúrio antes do anoitecer, direção oeste, na constelação de Leão. Nos dias 5 e 6, Lua, Vênus, Mercúrio e a estrela Regulus formarão um belo quarteto celeste.
  • 27 de agosto – Conjunção entre a Lua, Marte e Júpiter durante a madrugada (após as 3h), direção leste, na constelação de Touro.

Chuvas de meteoro 🌠

Teremos 12 chuvas de meteoro relevantes, segundo o Observatório Real de Greenwich:

  1. Quadrantidas: ativa de 28 de dezembro de 2023 a 12 de janeiro de 2024 (pico para visualização do fenômeno: de 3 a 4 de janeiro). Pico de meteoros por hora: 110.
  2. Liridas: ativa de 14 a 30 de abril (pico: de 22 a 23 de abril). Pico de meteoros por hora: 18.
  3. Eta Aquaridas: ativa de 19 de abril a 28 de maio (pico: 6 de maio). Pico de meteoros por hora: 50.
  4. Alpha Capricornídeos: ativa de 3 de julho a 15 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 5.
  5. Delta Aquáridas: ativa de 12 de julho a 23 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 25.
  6. Perseidas: ativa de 17 de julho a 24 de agosto (pico: de 12 a 13 de agosto). Pico de meteoros por hora: 100.
  7. Draconidas: ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
  8. Orionidas: ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25.
  9. Tauridas: ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro no Hemisfério Sul). Pico de meteoros por hora: 5.
  10. Leônidas: ativa de 6 de novembro a 30 de novembro (pico: 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10.
  11. Geminidas: ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150.
  12. Ursidas: ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.

Superluas

Teremos duas superluas em 2024, ainda segundo o Observatório de Valongo:

  • 🌕 Uma entre os dias 17 e 18 de setembro
  • 🌕 E outra em 17 de outubro

A “superlua” ocorre na lua cheia perto do perigeu (quando ela está mais próxima da Terra), o que resulta em uma lua cheia ligeiramente maior e mais brilhante do que as demais.

Esse período é chamado de perigeu porque o nosso satélite natural aparece no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.

Cometas mais brilhantes ☄️

Os cometas são grandes objetos feitos de poeira e gelo que orbitam o Sol. Neste ano, os destaques de observação ficam com os seguintes astros:

  • C/2021 S3 (PANSTARRS). Período de visibilidade: de janeiro a junho. Brilho Máximo: março. Visibilidade: por meio de binóculos, em céus escuros, durante a madrugada.
  • C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS). Período de visibilidade: de setembro a novembro. Brilho Máximo: outubro. Visibilidade: final da madrugada (começo de outubro) e começo da noite (final de outubro), por meio de binóculos.
  • 12P/Pons-Brooks (ou Cometa do Diabo). Período de visibilidade: de fevereiro a junho. Brilho Máximo: abril. Visibilidade: por meio de binóculos, no começo da noite.
  • 13P/Olbers. Período de visibilidade: de junho a agosto. Brilho Máximo: julho. Visibilidade: por meio de binóculos, no começo da noite.
  • 62P/ Tsuchinschan 1. Período de visibilidade: de janeiro a março. Brilho Máximo: janeiro. Visibilidade: por meio de binóculos, durante a madrugada.
  • 144P/Kushida. Período de visibilidade: de janeiro a fevereiro. Brilho Máximo: janeiro. Visibilidade: por meio de pequenos telescópios, em céus escuros, durante o começo da noite.

Com G1

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