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Casais de gêmeos idênticos de Toledo compartilham intenção de terem filhos

União deles pode gerar filhos de uma condição genética ainda mais excepcional: os chamados gêmeos quaternários. Entenda!

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Casais brincam com internautas nas redes sociais usando as semelhanças entre si — Foto: Arquivo pessoal

Se ter um irmão gêmeo idêntico é raro, o namoro deles com outros gêmeos idênticos é ainda mais difícil de se ver. A união deles pode gerar frutos, filhos, de uma condição genética ainda mais excepcional: são os chamados gêmeos quaternários.

Isso pode se tornar realidade em Toledo, onde casais de gêmeos idênticos, que viralizam compartilhando a rotina nas redes sociais, compartilharam a intenção de terem filhos.

Casais brincam com internautas nas redes sociais usando as semelhanças entre si — Foto: Arquivo pessoal

Casais brincam com internautas nas redes sociais usando as semelhanças entre si — Foto: Arquivo pessoal

O médico geneticista Salmo Raskin, doutor em Genética pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que, na prática, os primos terão DNA tão parecido quanto se fossem irmãos.

Raskin afirma que esse fenômeno raro ocorre porque gêmeos idênticos, também chamados de univitelinos ou monozigóticos – formados a partir de um único óvulo e um único espermatozoide – possuem material genético muito parecido.

“Era para ser uma criança só e aí ela se divide ao meio e vai gerar dois embriões e dois fetos que geneticamente são quase iguais. Ainda digo quase iguais, porque, atualmente, com técnicas genéticas mais sofisticadas, nós sabemos que mesmo entre gêmeos idênticos ainda existe um pouquinho de diferença no DNA”, explicou o médico.

Por terem esse DNA tão parecido, os filhos frutos desses casais tendem a compartilhar cerca de 50% do material genético, como se fossem irmãos, diferentemente de primos de pais não gêmeos idênticos que compartilham em média 25% deste do DNA.

“Geneticamente, eles têm mais material genético em comum, esses primos, do que de pais que não são gêmeos. Então, eles têm material como se fossem geneticamente de irmãos”, disse o médico.

“O número de gêmeos quaternários, da população, é muito pequeno, porque ser gêmeo já é raro, ser gêmeo monozigótico é mais raro ainda. Casarem entre gêmeos é mais raro ainda”, explicou.

DNA muito parecido, mas não idêntico

O geneticista explicou que antigamente os gêmeos idênticos eram considerados de igual DNA, afirmação que vem mudando com o passar dos anos com o avanço das pesquisas.

“Os gêmeos idênticos são um terço dos casos [de gestações gemelares] e eles acontecem em uma a cada 250 gestações, então, é bem raro o nascimento de gêmeos idênticos”, destacou o médico.

Os avanços são tantos que, segundo ele, houve casos de testes de paternidades pelo mundo onde foi possível identificar a paternidade de criança filha de homem com irmão gêmeo idêntico.

“Hoje já têm tecnologias sofisticadas que estudam o material genético profundamente e encontram essas pequenas diferenças, alterações que acontecem durante a vida e diferenciam um pouquinho o material genético de gêmeos idêntico, o suficiente para, daí fazer teste de paternidade e saber dizer qual deles é o pai biológico”, explicou o médico.

Casais de gêmeos idênticos no PR

As irmãs gêmeas idênticas Larissa Camile Lazzarin e Letícia Aline Lazzarin, de 19 anos, têm feito sucesso nas redes sociais compartilhando curiosidades dos respectivos relacionamentos com os também gêmeos idênticos Filipe Orsato e Lucas Orsato, de 21 anos.

Nos vídeos bem humorados, os dois casais brincam com as semelhanças, com clichês de gêmeos usarem as mesmas roupas, além de falarem das eventuais confusões para adivinhar quem é quem. Assista ao vídeo acima.

Pouco mais de seis meses depois da primeira postagem, eles somam mais 770 mil seguidores no TikTok, cerca de 600 mil no Youtube e mais de 700 mil seguidores no Instagram.

Com G1

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