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CCO cancela Rodeio após MP ingressar com ação civil

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Roges Freitag
Procurador jurídico, Christian Guenther

A Comissão Central Organizadora (CCO) da Expo Rondon 2013 convocou os veículos de Imprensa no município para entrevista coletiva no final da tarde desta sexta-feira (26), para informar a decisão de cancelar o tradicional Rodeio que seria realizado durante a Expo Rondon 2013 até o domingo (28).

Conforme explica o procurador jurídico de Marechal Cândido Rondon, Christian Guenther, o Ministério Público ingressou com ação civil pública ambiental com pedido de antecipação de tutela, visando impedir práticas que causem maus-tratos a animais. “O juiz da vira cível solicitou que o município proíba no Rodeio o uso de materiais provocadores maus-tratos aos animais como cedens, esporas, corda americana, soques, peiteiras, barrigueiras, sinos, laços, entre outros, sob pena de multa de R$ 20 mil para cada episódio a cada animal devidamente comprovado”, revela.

“Foi determinado acompanhamento da Polícia Ambiental e do GAPA. Recebemos a intimação ontem (quinta-feira, dia 25), tentamos reverter hoje, porque entendemos que alguns instrumentos são necessários ao rodeio. Então como não teve reconsideração, a CCO decidiu cancelar o Rodeio na Expo Rondon. Para evitar qualquer situação que pudesse vir a ocasionar maus-tratos a animais, entendemos que deveríamos cancelar o rodeio. O objeto da ação é que se proíba no município eventos da natureza que causem maus-tratos aos animais. Existem legislações estaduais e federais ao rodeio, desde que os instrumentos não causem maus-tratos. Entendemos que não se trata de denúncia e sim que o Ministério Público adotará a medida em outros municípios”, afirma.

O diretor-executivo da CCO, Lair José Bersch, revela que a equipe foi pega de surpresa. “Estamos preparando uma programação alternativa. Terá show musical, apresentação de malabarismo antecipando o rodeio e show pirotécnico. Estamos trabalhando para ver o que fazer sábado e domingo. É lamentável porque tira um público cativo de cinco, seis mil pessoas, e já tradicional. Mas decisão judicial não se discute, tem que acatar”, enfatiza. A questão é que aqui em Marechal Cândido Rondon facilita porque não há cobrança de ingresso, contudo fica o prejuízo em termos de programação. Segundo ele, agora é preciso tentar corrigir e ver o que fazer.

Roges Freitag
Diretor-executivo da CCO, Lair Bersch

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