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Com protestos, governo realiza primeiro leilão do pré-sal

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Christophe Simon/AFP
Confronto entre manifestantes e Força Nacional toma rua em frente ao Hotel Windsor Barra

O leilão do Campo de Libra, iniciado por volta das 15 horas desta segunda-feira (21) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi marcado por protesto e violência desde o fim da manhã. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas com tiros de bala de borracha, após confronto de ativistas, muitos deles mascarados, com tropas federais. Um carro de reportagem foi incendiado e dois repórteres sofreram agressões.

Mil e cem homens fazem reforço na segurança do entorno do Hotel. Segundo o Ministério da Defesa, entre os homens que trabalharão na segurança do leilão – estão Exército, Força Nacional, polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal.

Produção

Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a exploração do campo de Libra deve dobrar as reservas nacionais de petróleo – a estimativa é que o volume de óleo recuperável seja de 8 bilhões a 12 bilhões de barris – as reservas nacionais são hoje de 15,3 bilhões de barris. As reservas de gás somam atualmente 459,3 bilhões de metros cúbicos e também devem duplicar com Libra.

Esse é o primeiro leilão prevendo a exploração de petróleo e gás natural na camada pré-sal sob o regime de partilha (em que a União fica com parte do óleo extraído pelas empresas vencedoras).

Libra

Por lei, a Petrobrás terá participação mínima de 30% no consórcio que irá explorar a área. O gigantesco prospecto de Libra é o maior do pré-sal e seu potencial de óleo recuperável pode se aproximar dos 12 bilhões de barris. A rodada deverá arrecadar quase o dobro do que já foi pago em todas os leilões realizados no País até hoje.

O bônus de assinatura de Libra custará R$ 15 bilhões, contra R$ 8,9 bilhões acumulados desde a primeira rodada, em 1999. Às vésperas do leilão, os ânimos começaram a esquentar e uma greve convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), contrária à licitação, paralisou refinarias, plataformas e centro de distribuições da Petrobrás em 16 Estados desde a semana passada.

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