Fale com a gente

Geral

Desempenho da prestação de serviços oscila conforme a atividade

Publicado

em

Os segmentos específicos relacionados à prestação de serviços tiveram queda que se aproximaram de 30% no mês de maio na comparação com o mês de abril, provando que a crise econômica também tem influenciado o comportamento dos cidadãos de Marechal Cândido Rondon e microrregião.

Por outro lado, uma mudança de hábitos foi sentida no ramo automotivo. É que após uma queda razoável nas vendas observada no início do ano, os condutores de veículos estão indo às mecânicas mais do que em qualquer outra época, contudo isso não representa que os empresários estejam necessariamente faturando alto, tanto que houve redução de 15% em janeiro e fevereiro deste ano na análise com o ano passado.

O fato é que as pessoas estão mais cautelosas devido às turbulências econômicas e políticas ocorridas no país, fazendo com que deixem ou diminuam a aquisição de carros zero quilômetro e seminovos. O perfil do cliente está mudando: ele permanece com o carro usado por mais tempo e agora movimenta as oficinas mecânicas durante as revisões, troca de peças e serviços emergenciais.

De acordo com o sócio-proprietário da Automecânica Marcão, Marcos Rogério Kasburg (Marcão), no início do ano foi percebida uma breve redução nos serviços na análise com 2016, o que também, na visão dele, foi motivada pela questão política. “O ramo automotivo teve momentos cíclicos, como por exemplo nas montadoras devido à queda nas vendas, sendo que a indústria de autopeças também sentiu isso. Do outro lado houve crescimento no setor de manutenção. As pessoas vêm para fazer revisão em seus veículos, impedindo que o setor sentisse esse baque tão forte”, explica.

“Foram vendidos menos carros zero, enquanto o proprietário precisava consertar o seu veículo, então deu uma equilibrada. Ele começou a procurar manutenção preventiva para rodar com segurança. Nós analisamos que fora o setor agrícola, a manutenção de veículos é um dos únicos que está em alta, pois não chegamos a ter crise”, menciona.

Marcão salienta que as pessoas estão mais seguras quanto a gastar o dinheiro, não importa para qual finalidade, assim como estão conscientes e revisam mais os seus veículos “A sensação de perigo nas rodovias hoje é bem maior, então o cliente verifica pneus, entre outros itens. Além disso, hoje o cliente pede orçamento, pesquisa e analisa o preço. Ele também pergunta se pode andar por um período de tempo com peças usadas que devem ser substituídas por novas, quando em outras épocas mandava trocar. Isso para nós é novidade”, exemplifica o empresário, acrescentando: “esse ano tem muitos feriados e as pessoas querem viajar mais, portanto os feriados estão aquecendo as nossas empresas”.

 

Criatividade

Para o vice-presidente de Prestação de Serviços na Acimacar, Ildemar Kanitz, 2017 está sendo um ano bom porque começa a dar sinais de melhora, contudo nada muito significativo. “Porém, em maio alguns empresários disseram que foi um mês bem mais difícil, inclusive numa das visitas o empresário disse que as vendas caíram 30% em relação a abril. Isso ocorreu em um segmento específico”, relata.

Kanitz avalia que os cenários são distintos dependendo do ramo de atuação, pois enquanto algumas empresas estão indo bem, outras estão com algumas dificuldades. “Algumas empresas sentiram diretamente. Obviamente isso é reflexo do cenário nacional, pois as pessoas estão segurando mais, um mês ou dois meses. O cenário parece estar se desenhando porque aos poucos a população se sente mais confiante para buscar o que precisa. Acredito numa retomada lenta e gradual em alguns setores”, diz.

Conforme ele, o segmento de prestação de serviços educacionais sentiu pouco impacto devido às matrículas. “O aspecto muda pouco até dezembro, sendo que o que afeta é a questão da inadimplência. Assim como qualquer outra empresa, as escolas buscam os inadimplentes e chamam para negociar. No meio da crise é preciso ser criativo para superar com os clientes as adversidades que vêm acontecendo”, finaliza.

Copyright © 2017 O Presente