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Em 3 meses, preço da soja apresenta queda de 18%

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Ap oacute;s a divulga ccedil; atilde;o do relat oacute;rio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), na quarta-feira (31), que apontou estoques de gr atilde;os acima das expectativas e excesso de oferta de produtos, os pre ccedil;os de commodities sofreram mais uma queda. Pelo relat oacute;rio, o consumo de soja n atilde;o se mostra t atilde;o aquecido e os estoques ca iacute;ram menos do que o esperado. Segundo o USDA, o armazenamento chegava a 34,56 milh otilde;es de toneladas em 1 ordm; de mar ccedil;o, queda de 2% em rela ccedil; atilde;o ao mesmo per iacute;odo do ano passado. No entanto, os n uacute;meros ficaram acima das expectativas do mercado, que previa 32,85 milh otilde;es de toneladas.
Para o milho a situa ccedil; atilde;o eacute; semelhante. O mercado esperava uma alta de 176,64 milh otilde;es de toneladas em mar ccedil;o de 2009 para 190,63 milh otilde;es este ano. Por eacute;m, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou estoques de 195,43 milh otilde;es de tonelada, volume tamb eacute;m acima do esperado pelo mercado.
Como consequ ecirc;ncia, ontem (1 ordm;), o pre ccedil;o da soja na regi atilde;o de Toledo, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), estava em R$ 30,30 a saca. Para se ter uma ideia, em janeiro o pre ccedil;o nominal do Deral divulgado no Paran aacute; estava cotado em R$ 37,16. Ou seja, em tr ecirc;s meses houve uma varia ccedil; atilde;o negativa de 18,46%.
Segundo o chefe do escrit oacute;rio de Toledo da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Jo atilde;o Luis Raimundo Nogueira, os estoques mundiais acima da expectativa provocaram imediatamente a queda de pre ccedil;os em Chicago, para todas as commodities. ldquo;O relat oacute;rio foi ruim para os pre ccedil;os de todas as commodities, principalmente a soja, que vinha tendo at eacute; uma liquidez melhor no mercado em rela ccedil; atilde;o a outros gr atilde;os, mas n atilde;o resistiu a estas informa ccedil; otilde;es rdquo;, declara.

Safra americana
Daqui para frente, conforme Jo atilde;o Luis, ser aacute; preciso ficar de olho no plantio da safra americana, que inicia em maio e se intensifica em junho. ldquo;As aacute;reas a serem cultivadas, tanto de soja como de milho, est atilde;o dentro da previs atilde;o. Agora as aten ccedil; otilde;es se voltam para as condi ccedil; otilde;es de clima na semeadura da safra americana. Eacute; bom ficar de olho neste comportamento, porque essas informa ccedil; otilde;es sobre o clima nos Estados Unidos para o plantio podem afetar os pre ccedil;os no mercado internacional e logicamente no mercado dom eacute;stico tamb eacute;m rdquo;, afirma.

Mercado fundamentalista
O chefe da Seab ressalta que o mercado est aacute; muito fundamentalista, ou seja, est aacute; fundamentado na oferta de soja e na demanda. ldquo;De janeiro para abril, praticamente se consolidou a safra na Am eacute;rica do Sul, a qual est aacute; tendo um peso muito grande no lado da oferta. Eacute; uma press atilde;o baixista para os pre ccedil;os, somando-se a isso a safra americana, que foi muito boa tamb eacute;m. O mercado eacute; fundamentalista quando tem uma oferta que pressiona os pre ccedil;os em detrimento da demanda, uma oferta muito maior sobre aquela esperada rdquo;, explica.Estes reflexos, de acordo com Jo atilde;o Luis, surgem a partir das informa ccedil; otilde;es que v ecirc;m de Chicago, como ocorreu na quarta-feira (31), com o relat oacute;rio do USDA apontando a eleva ccedil; atilde;o dos estoques de soja no mundo todo. ldquo;Os estoques est atilde;o acima daquilo que o mercado esperava. Hoje este cen aacute;rio fundamentalista eacute; que est aacute; pressionando o pre ccedil;o. Para mudar este cen aacute;rio, somente se entrar em processo de acelera ccedil; atilde;o as compras dos pa iacute;ses consumidores, como a China. Com isso o mercado pode come ccedil;ar a reagir, ou ent atilde;o a partir da semeadura da safra americana, onde n atilde;o houve grande surpresas na divulga ccedil; atilde;o do relat oacute;rio do USDA. Se surgirem problemas clim aacute;ticos nos Estados Unidos, isso pode alterar os pre ccedil;os automaticamente rdquo;, detalha.

Mercado negativo
Neste primeiro semestre o cen aacute;rio para gr atilde;os n atilde;o eacute; nada bom. Por isso, os produtores t ecirc;m que ficar atentos com as informa ccedil; otilde;es que surgem, alerta o chefe da Seab. ldquo; Agrave;s vezes o comportamento do c acirc;mbio afeta o movimento dos investidores, e estes provocam liquidez no mercado. Alguns movimentos que surgem s atilde;o puxados pelo petr oacute;leo. Ent atilde;o eacute; preciso ficar de olho neste produto tamb eacute;m. Quando se valoriza o petr oacute;leo, principalmente em fun ccedil; atilde;o do c acirc;mbio, as commodities de um modo geral acompanham isso e os pre ccedil;os aumentam. Nestes pequenos momentos de pico que acontecem sugerimos ao produtor fazer vendas escalonadas, para que aproveite isso e tenha alguns lucros. Mas o cen aacute;rio n atilde;o eacute; realmente muito favor aacute;vel rdquo;, admite.

Cen aacute;rio negativo para o trigo
Se o mercado de soja n atilde;o est aacute; l aacute; aquelas coisas, eacute; poss iacute;vel afirmar que o de trigo est aacute; horr iacute;vel. O quadro do Deral n atilde;o est aacute; nem abrindo pre ccedil;o na regi atilde;o para o produto. Em algumas pra ccedil;as o pre ccedil;o praticado est aacute; entre R$ 21 e R$ 23, enquanto que o pre ccedil;o m iacute;nimo do governo eacute; de R$ 33 a saca. ldquo;Estamos na expectativa de que o governo federal acene com recursos para que se remova pelo menos 500 mil toneladas de trigo para aliviar estes armaz eacute;ns que est atilde;o lotados. Gostar iacute;amos que isso fosse feito atrav eacute;s do pre ccedil;o m iacute;nimo, porque o trigo na regi atilde;o sempre foi de boa qualidade rdquo;, ressalta o chefe da Seab de Toledo, Jo atilde;o Luis Raimundo Nogueira.
Em raz atilde;o do cen aacute;rio nada favor aacute;vel, existe expectativa de diminui ccedil; atilde;o de aacute;rea cultivada com trigo nesta safra de 2,5% na regional de Toledo e de 11% no Paran aacute;. ldquo;Isso s atilde;o indicativos, porque na verdade h aacute; ainda uma indefini ccedil; atilde;o total. Os produtores est atilde;o realmente muito receosos. Eacute; necess aacute;rio ter no Brasil uma pol iacute;tica de pre ccedil;o m iacute;nimo mais consistente, pois n atilde;o existem recursos dispon iacute;veis suficientes para a compra de trigo. Eacute; preciso haver mudan ccedil;as, sen atilde;o a situa ccedil; atilde;o para o produtor de trigo fica muito dif iacute;cil rdquo;, aponta o profissional.

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