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Geral Antiga Fecularia Cassava

Entre Rios do Oeste investe R$ 2,6 milhões em novo parque industrial

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Prefeito Jones Heiden: “Em pouco mais de meio ano já teremos um grande acerto oriundo desse investimento” (Foto: Leme Comunicação)

 

Uma estrutura de 500 metros quadrados sem funcionamento há pelo menos 15 anos, localizada em uma área de aproximadamente 48 mil metros quadrados, dará forma ao novo Parque Industrial de Entre Rios do Oeste.

A antiga Fecularia Cassava, localizada há pouco mais de dois quilômetros do centro do município, foi adquirida pelo Poder Público municipal e duas estruturas já estão sendo construídas no local. Uma delas é a Mini Central Termelétrica a Biogás (MCT) do arranjo técnico e comercial de geração distribuída de energia elétrica a partir do biogás de biomassa residual da suinocultura em propriedades rurais do município. A outra é uma empresa que já começou a erguer os pilares de seu investimento e assim que finalizada já possibilitará a geração de 45 novos empregos diretos.

“Desde que a Cassava encerrou suas atividades, essa estrutura estava sem uso, sem vida e já no meu primeiro mandato iniciei as conversas acerca da possibilidade de adquirir a área para a formação do Parque Industrial II”, comenta o prefeito Jones Heiden.

Apesar de as tratativas terem iniciado há alguns anos, foi no mês de agosto de 2018 que o projeto para a compra da área chegou à Câmara de Vereadores, sendo aprovada por sete votos a dois em setembro. “O principal motivador deste investimento, além da possibilidade de geração de empregos e renda e fomento a empresas, foi a necessidade de um local para a instalação da MCT, que, conforme acordado no início do projeto, deveria ser uma área da prefeitura, com acessibilidade para veículos leves e pesados e relativamente próxima ao centro da cidade para a instalação de postes de energia, e a área da antiga Cassava veio também para resolver essa necessidade”, expõe o prefeito.

 

Investimento

Para a aquisição da área foram investidos pelo Poder Público R$ 2,1 milhões em recursos próprios. Entretanto, Heiden salienta que os investimentos não param por aí. “Precisamos adequar toda a estrutura. Desde a parte elétrica, telhados, iluminação, fechamento das antigas lagoas de tratamento, abertura de uma rua para dar trafegabilidade, melhorias no terreno, destino das águas e banheiros em todos os barracões”, explica, ressaltando que os trabalhos no local já iniciaram por meio da Secretaria de Viação, Obras e Serviços Públicos.

Cerca de R$ 500 mil já foram destinados à adequação da estrutura, que, de acordo com o prefeito, também são recursos próprios do município. “Todo o pagamento da estrutura será feito dentro deste mandato e não será deixado nenhuma dívida para o próximo governo”, ressalta.

A expectativa do prefeito é de que até junho do próximo ano a estrutura da Mini Central Termelétrica e das outras duas empresas já esteja completa e pronta para uso. “Em pouco mais de meio ano já teremos um grande acerto oriundo desse investimento”, salienta.

Ele diz que a estrutura de toda a área deve ser finalizada completamente até o fim de seu mandato, concluindo todo o investimento no Parque Industrial II, conforme o planejamento do Poder Público.

 

Cessão de uso

De quebra, além de cumprir com o compromisso firmado de disponibilizar a área para edificação da MCT, Heiden aponta os novos horizontes que serão abertos com a aquisição da área. “Nas pesquisas que já realizamos com os munícipes acerca de qual setor demanda de mais investimentos, a geração de emprego aparece em segundo lugar, logo depois da segurança, então sempre foi um desejo meu de enquanto prefeito poder contribuir com a geração de empregos e esse investimento vai permitir, até junho do próximo ano, 120 novos postos de trabalho”, afirma.

A expectativa do Poder Público é de que mais uma empresa já se instale no Parque Industrial II, gerando mais 60 postos diretos de trabalho.

Heiden explica que a instalação das empresas ocorrerão por meio de comodato, ou seja, o município de Entre Rios fará o “empréstimo” do terreno para a instalação dos empreendimentos. “Para isso todas passarão pelos trâmites legais e burocráticos estabelecidos na legislação, de concorrência pública, e, como retorno, o município terá a geração de empregos aos entrerrienses”, pontua. “Além disso, teremos os impostos pelas empresas, fazendo com que mais riquezas sejam produzidas em Entre Rios do Oeste e movimentem o comércio e a prestação de serviços, tudo em uma estrutura que estava inutilizada em um local nobre do município”, evidencia.

O mandatário revela que mais duas empresas entrerrienses, que gostariam de mais espaço para expandir suas atividades, iniciaram tratativas com o município para se instalar no espaço do Parque Industrial II. “Assim que os barracões estiverem concluídos chamaremos essas empresas que, se tiverem interesse, passarão pelos trâmites burocráticos para se instalar no local”, menciona.

 

Expansão

O planejamento do município para o próximo ano é instalar no local um barracão para o projeto Catadores Solidários. Em parceria com a Itaipu Binacional, que custeará 80% do investimento, a estrutura estará dentro de todas as normas legais. “Contará com balança, esteira, prensa e um veículo para o transporte do material reciclável”, diz Heiden.

O projeto Coleta Solidária é uma parceria entre Itaipu, prefeituras e associações de catadores de materiais recicláveis dos 29 municípios da Bacia do Paraná 3. “O programa está garantindo mais respeito pela profissão do catador, hoje um dos principais agentes ambientais”, comenta o prefeito.

Ele acrescenta que pelo tamanho da área há possibilidade de construir novos barracões para outros empreendimentos. “Este é um grande investimento para a área da indústria e do comércio, que culminará na geração investimento assertivo para o nosso município”, reforça o gestor municipal.

 

Impacto no comércio

Para o secretário de Indústria, Comércio, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Adilson de Oliveira, a aquisição da área pelo município para fomentar a instalação de mais empreendimentos impactará diretamente no comércio. “Além de possibilitar a continuidade do projeto de geração de biogás, que vai sem dúvida atrair pessoas para o nosso município fomentando o comércio e o turismo, a instalação das empresas fomenta empregos e renda, que é uma grande necessidade de Entre Rios, já que temos uma média de 200 entrerrienses trabalhando na informalidade”, destaca.

Fomentando já no próximo ano 120 postos de trabalho, além de colaborar com a formalização da mão de obra, Oliveira aponta que o novo Parque Industrial é um grande passo para o giro econômico do município. “É uma cadeia. Esses empreendimentos geram mais empregos, as pessoas têm mais renda e fomentam o nosso comércio”, ressalta.

 

 

Foto: Luís Thiago Lucio

 

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