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Geadas e ventos fortes provocam acamamento do milho

Publicado

em

Maria Cristina Kunzler
Na região do aeroporto municipal é possível ver muitas lavouras onde houve acamamento do milho: produtores precisarão empurrar os pés para cima para conseguir fazer a colheita mecânica

 

Geada e vendaval. Esta foi a combinação que causou o acamamento do milho em lavouras de Marechal Cândido Rondon que estavam quase prontas para ser colhidas. Os fortes ventos da semana passada levaram os pés ao chão, especialmente porque grande parte das plantas já estava enfraquecida devido à onda de geada registrada no inverno rondonense.
O grande problema é que além da perda de qualidade do grão, já que a espiga deitada fica em contato com o solo úmido, o acamamento provoca dificuldade para o agricultor fazer a colheita mecânica. Isso pode representar muitas perdas no campo. Para driblar o imprevisto, alguns agricultores estão fazendo uma adaptação para que primeiramente o pé seja empurrado para cima para que depois a colheitadeira possa passar na lavoura para colher o milho. Com isso, evita-se que o prejuízo seja ainda maior.
“A geada causou o enfraquecimento do colmo e com o vento ocorreu o acamamento. Isso acontece porque houve a retirada da área folhear e o milho deslocou os nutrientes que estavam de reserva no colmo para terminar a formação do grão. Associado ao evento, acabou derrubando a planta e ocasionou o acamamento”, detalha o engenheiro agrônomo da Agrícola Horizonte, Renato Wiebrantz. “O vento forte derruba qualquer milho, mas a planta já estava fragilizada pela ação da geada”, acrescenta o profissional.
Felizmente, grande parte da safra já havia sido colhida. O lado ruim é que o milho remanescente foi atingindo em grande parte pelo vendaval da semana passada. Ainda não existem estimativas de quanto isso pode representar em perdas, mas certamente causará prejuízos, tendo em vista que se o milho que está no chão não apodrecer, terá muita umidade.
Como o agricultor não tem como se prevenir contra a adversidade climática, a orientação do engenheiro agrônomo é que o produtor invista em seguro agrícola e no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). “Se acontecer uma adversidade climática, o produtor tem como ser indenizado. A melhor alternativa é essa, pois contra o clima não tem muito o que ser feito”, afirma Wiebrantz.

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