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Lavoura de trigo deve ser a mais afetada pelo frio

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AEN
Segundo o Departamento de Economia Rural do Estado, cerca de 50% da safra de trigo pode ser perdida 

As lavouras de trigo e de hortifruti devem ser as mais afetadas pela geada que atingiu o Paraná nesta quarta-feira (24), de acordo com estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (Seab).

Os prejuízos, porém, só serão calculados depois que os técnicos do órgão estadual forem ao campo para analisar as perdas, o que deve demorar aproximadamente dez dias, conforme a própria Seab. A única certeza, por ora, é que houve geadas fortes no campo paranaense, segundo o Deral. O café, o milho e as granjas também foram afetados, entretanto, os danos podem ser revertidos dependendo da localização e da intensidade do frio nas lavouras.

Conforme Marcelo Garrido, economista do Deral, cerca de 50% da safra de trigo estava suscetível à perda por causa da geada. O número corresponde aos grãos que estão em fase de floração e, por isso, são mais sensíveis ao danos causados pelas baixas temperaturas.

“Apesar de ser uma cultura de inverno, a safra de milho seria colhida em agosto. Esta é uma fase em que os grãos estão mais sensíveis à geada, por isso a perda deve ser grande. O milho, que é uma cultura de verão, não deve ter tanta perda assim 30% da safra estava suscetível à perda em razão da geada]”, explica o economista.

Segundo ele, as lavouras das regiões norte e centro-sul foram as mais prejudicadas pelas baixas temperaturas. Entretanto, Garrido diz que as perdas foram ‘bem generalizadas no estado’. As hortaliças folhosas – alface e repolho, por exemplo –, também devem sofrer com o frio. As culturas são frágeis e devem ter sido queimadas pela geada que atingiu o estado, explica o economista do Deral.

Ele alerta para o aumento nos preços das frutas e verduras nas próximas semanas. “O consumidor deve se preparar para o aumento no preço e a queda na qualidade das folhosas. Isso, com certeza, vai ocorrer. A dica é que quem consome esse tipo de alimento o substituía nos próximos dias”, sugere.

O produtor de alface Jungi Kusumoto, de Sarandi, no norte do Paraná, diz que ainda não há como calcular o prejuízo, mas já demonstrar preocupação com a produção. “Não dá pra saber quanto queimou, mas já dá pra ver que as folhas estão amareladas. Vamos ver o que acontece nos próximos dias”, conta o agricultor, que mantém cerca de três alqueires de plantação. “A geada foi muito forte, espero não perder muita coisa”, planeja.

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