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Geral Despacho da Funai

Lideranças rurais avaliam demarcação como terrorismo na vida dos moradores da região

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Prefeitos e lideranças rurais se reuniram ontem 14) à tarde para debater o assunto com o departamento jurídico (Foto: Costa Oeste News)

 

Depois de tomarem conhecimento sobre a publicação no Diário Oficial da União de ontem (15) sobre despacho assinado pela Funai, com estudo para demarcação de áreas indígenas de quase 24 mil hectares nas regiões Oeste e Noroeste do Paraná, atingindo os municípios de Guaíra, Terra Roxa – o mais afetado – e Altônia, prefeitos e lideranças rurais se reuniram para debater o assunto com o departamento jurídico. Ainda nesta semana um encontro deve ser agendado com produtores que terão as terras atingidas pela demarcação.

“Essa publicação foi protelada e não sei se felizmente ou infelizmente, só agora, entre esses dois turnos das eleições, foi publicada no Diário Oficial”, diz Vagner José Rodrigues, do Sindicato Rural de Terra Roxa.
De qualquer forma, afirma Roberto Weber, do Sindicato Rural de Guaíra, o documento é recebido com desgosto. “Temos desgosto por uma país que trata as pessoas de bem, os trabalhadores, os produtores rurais, com esse descaso. Eles são invasores, vieram do Paraguai em sua grande maioria, alguns do Mato Grosso do Sul, e aqui eles recebem as remessas de cesta básica, cartão cidadão, e ainda tem essa questão de invasão de propriedades rurais, do Estado e privadas”, critica.

Instrução é fundamental
Weber menciona que agora é preciso conversar com as pessoas que estão na lista para que haja instrução. “Essa é a nossa função: instruir, para que arrumem documentos, para que sejam procurados advogados. Vamos trabalhar nesse sentido”, enaltece.
Segundo o líder sindical, conforme aponta a lista, o município de Terra Roxa é o mais prejudicado, tendo quase um terço do território na demarcação. “E em Guaíra parece que são áreas menores, atingindo mais pequenos agricultores, enquanto Terra Roxa foi um grupo de produtores maiores”, expõe, orientando: “Apesar dessa situação, não podemos partir para a violência. Temos que fazer a defesa dentro da legalidade. Dentro da lei, nós somos fortes”.

Ato político
Para Sivonir Rossetto, do Sindicato Rural de Guaíra, a demarcação é um terrorismo na vida do guairense. “Essa notícia em momento de finalização de campanha para presidente, encaramos mais como um ato político, com maldade e, inclusive, desse nosso governo que ainda está lá em cima. Isso tem uma jogada política por trás muito grande. Ninguém pensa na situação das pessoas que vivem e que produzem e, sim, na realidade interessada maior que é o governo na perpertuação no poder, mas acredito que em janeiro vamos mudar isso e novos caminhos virão”, enfatiza.
Rossetto também pede calma. “Qualquer violência nesse momento só vai favorecer o atual governo”, avalia.

 

O Presente com Portal Vox 

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