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Ministro paraguaio atribui mega-assalto à facção criminosa brasileira

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Francisco Espinola/Reuters
Destruição causada por explosões durante roubo a transportadora de valores em Ciudad del Este, no Paraguai

 

O ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lezcano, acredita que as primeiras evidências e a metodologia do mega-assalto contra a empresa Prosegur podem ser atribuídas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A declaração foi dada ao jornal ABC Color, na segunda-feira (24).

“Tudo aponta que são integrantes do PCC”, disse ele em entrevista. De acordo com o veículo, é a primeira autoridade que atribui o feito à facção criminosa do Brasil.

Lezcano disse também que os brasileiros tiveram apoio dos paraguaios, com um arsenal que superou a capacidade de resposta da Polícia Nacional do Paraguai.

O ministro ainda afirmou ao jornal que é a primeira vez que ocorre uma situação do tipo na região e citou pelo menos dois casos parecidos no Brasil, onde a polícia também foi encurralada.

Ainda na entrevista, Lezcano reconheceu que a fronteira representa um problema para a segurança do país, já que facilita o movimentação de pessoas vinculadas a diferentes formas de delinquência.

Para ele, o episódio deve servir para que os países da Tríplice Fronteira coordenem ações de prevenção.

Por fim, o ministro reforçou que as investigações continuam e que o policiamento foi reforçado especialmente em pontos de maior concentração de pessoas.

O assalto

Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, os ladrões fortemente armados invadiram a sede da transportadora de valores Prosegur na madrugada de segunda-feira (24).

Eles explodiram a entrada da empresa e trocaram tiros com vigilantes. A ação durou aproximadamente três horas e eles fugiram com dinheiro.

Um policial paraguaio que estava em um carro foi morto pelos bandidos.

Inicialmente, a Polícia Nacional do Paraguai informou que o grupo havia fugido com US$ 40 milhões (o equivalente a mais de R$ 120 milhões). Mais tarde, a própria polícia informou que os valores ainda estão sendo contabilizados.

A sede da empresa fica a quarta quilômetros da Ponte Internacional da Amizade, no oeste do Paraná.

Entre a segunda-feira e esta terça-feira (25), oito suspeitos foram presos; outros três foram mortos durante um confronto com a polícia.

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