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Oratória: arte de se comunicar em público

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Comunicar-se bem e pronunciar as frases de maneira correta, de forma pausada, com boa entonação e dicção são fundamentais para quem deseja ter boa apresentação. Isto vale para apresentações de trabalhos em colégios, na defesa dos trabalhos de conclusão de curso (TCCs), assim como para outras finalidades, como por exemplo a condução de reuniões em clubes de serviço, entidades, entre outros.

Para isso a oratória eficaz se revela importantíssima, contudo parcela considerável das pessoas, muitas delas em idade adulta, tem medo ou preocupação de falar em público, seja para um grupo de pessoas ou uma plateia, no caso de palestras ou demais atividades; e não precisa ser exclusivamente com o microfone.

Desta forma é preciso procurar recursos para desenvolver a habilidade de ter boa oratória ao se apresentar, não importando a quantidade de pessoas presentes. A oratória se transformou em uma arte de falar em público, pois as pessoas estão procurando opções para vencer o medo, terem tranquilidade e serem bem-sucedidas nas suas apresentações.

Um projeto desenvolvido pela JCI é referência em diversas localidades do país. Trata-se do concurso de oratória, cuja atividade é desenvolvida nas modalidades para membro JCI e nas escolas, envolvendo estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Estes concursos são os projetos de maior impacto da organização.

Neste quesito, a JCI Marechal Cândido Rondon novamente foi destaque neste ano, a considerar que a estudante Majori Regina Klein, da 7ª série do Colégio Cristo Rei, representou a instituição de ensino na etapa municipal do concurso, organizada pela JCI Marechal, tendo como tema Eu prefeito. Ela sagrou-se vencedora e competiu no Encontro Regional realizado em julho na cidade de Londrina, onde tornou-se campeã em uma eliminatória com estudantes de diversas cidades do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. No último fim de semana, Majori disputou a etapa nacional durante a Convenção da JCI Brasil. A estudante rondonense demonstrou ótimo desempenho, classificando-se em 2º lugar em nível nacional, ficando poucos pontos atrás do campeão.

 

Maior segurança

Prestes a completar 12 anos, Majori demonstra grande naturalidade ao utilizar o microfone. A rondonense menciona que foi uma experiência muito boa disputar as etapas municipal, regional e nacional do concurso de oratória. Sempre assistia concursos de oratória e desde pequena me interessei pelas aulas. Eu concorri com pessoas com mais idade do que eu, expõe.

A estudante tem o exemplo em casa, uma vez que seu pai, João Carlos Klein, é formado em Língua Portuguesa e ministra aulas de oratória. Ela treinou bastante para as três fases, especialmente para a nacional, onde competiu com outros dois estudantes. No total foram três competidores devido à eliminatória nos encontros regionais. Mesmo fazendo aula de oratória a gente tem medo de se apresentar, sendo que hoje estou mais acostumada porque se tornou algo um pouco fácil. Expressar bem e ter boa oratória traz mais segurança para mim, sendo que no meu caso ajuda até mesmo para apresentar trabalhos escolares. A oratória será muito importante dependendo da profissão a ser escolhida e mesmo para entrevistas de emprego, diz.

Majori pensa em trabalhar como advogada ou psicóloga e para isso vem praticando oratória há cinco anos. Acredito que esses cinco anos de convívio fizeram com que eu fosse escolhida para representar o colégio. Eu sempre queria falar ao microfone, além disso sempre tive bom desempenho em português e literatura, completa.

A adolescente treinou bastante em casa, chegando a utilizar tribuna com microfone, além disso procurou conhecer o ambiente onde participou do concurso.

Jacinta Unfried é professora de Língua Portuguesa no colégio onde Majori estuda. De acordo com ela, foi oportunizado que todos os estudantes da categoria produzissem e apresentassem o seu texto e dessa forma Majori foi escolhida para representar a instituição na etapa municipal. Após essa etapa o trabalho dela foi selecionado por apresentar o tema muito bem desenvolvido e por se destacar no momento da apresentação, salienta.

Esta escolha refletiu o que Majori desenvolve em sala de aula, pois é uma estudante dedicada, comprometida, que participa de maneira ativa em todas as atividades realizadas no ambiente escolar e sempre apresenta um ótimo desempenho nas atividades propostas, tanto na oralidade quanto na escrita, enfatiza.

 

Apresentação eficaz

João Carlos Klein já trabalhou em faculdade e colégios. Mais tarde desenvolveu o projeto de oratória para alunos, pais e professores em um colégio particular até expandir a outras instituições. Ele cita que primeiramente havia certo receio sobre a participação de sua filha no concurso local, pois era a estudante mais nova, o que foi superado pela boa desenvoltura em todas as etapas.

O rondonense destaca ser agradável conversar com quem se pronuncia bem. A comunicação em público é muito procurada e gera preocupação porque são confrontadas a se expor em público, seja na apresentação de um TCC, projeto para empresa, vida pública ou sociedade civil. Em diversos momentos somos obrigados a nos posicionar em público. Pensar e falar ao mesmo tempo geram certo conflito, o que pode ser atenuado à medida que se vai treinando sobre como pensar com cuidado, como organizar a sequência do discurso e de que maneira falar, ressalta.

Para ter uma boa oratória é necessário introduzir, desenvolver e concluir o tema. Esses elementos são muito trabalhados. Outro aspecto importante é o sentimento de tranquilidade ou vencer aquela angústia chamada de medo de falar em público. Na verdade é uma preocupação e não um medo. Este sentimento e a adrenalina devem ser administrados, pois a adrenalina nos afeta em uma situação de perigo. O subconsciente interpreta a comunicação em público como sendo uma situação de perigo. O pensamento das pessoas é de que a imagem pode ser ferida caso não se saiam bem nas suas apresentações. Este é o risco. Por isso há formas de driblar as preocupações e se preparar para uma oratória eficaz, menciona.

O aspecto fundamental é não acreditar que as coisas caem do céu. Não tem mágica e sim desenvolvimento, por isso é essencial ter muita leitura. Outro ponto é treinar, porque se a ideia é desenvolver a capacidade de falar em público você terá que falar em público para treinar. Não é possível imaginar um treinamento falando sozinho. Além disso, é preciso respirar bastante com tranquilidade para o cérebro oxigenar e manter a linha de raciocínio. Palestra ou enunciado devem apresentar a ideia completa. O objetivo da comunicação em público é desenvolver esta capacidade, finaliza.

 

Joni Lang

A estudante Majori Klein exibe o certificado e a medalha pela sua participação como oradora. A rondonense classificou-se em 2º lugar na etapa nacional do concurso de oratória nas escolas da JCI

 

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