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Geral Cultura de inverno

Para agrônomos, produtividade do trigo pode ser bastante alta

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Foto: José Adair Gomercindo/SECS

A maior rentabilidade financeira proporcionada pelo milho safrinha tem feito com que os produtores rurais de toda a região diminuam ano a ano as áreas cultivadas com trigo. Dados fornecidos pelo Deral de Toledo dão conta que 30.620 hectares estão cobertos com trigo, frente a 423.325 com milho safrinha, o que representa apenas 8% do total da área cultivada.

A expectativa é retirar do solo 91.634 toneladas do grão, sendo que por ora não há previsão de perda por se tratar de uma cultura de inverno, adaptada ao clima frio e que está em desenvolvimento. A engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) de Toledo, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Jean Marie Ferrarini, menciona que o período seria prejudicial à cultura se estivesse no estágio de florescimento, quando ainda se encontra no desenvolvimento vegetativo.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Copagril, Genésio Seidel, o estímulo ao consumo serve de termômetro para que o produtor da região prefira cultivar o milho safrinha, sendo o principal fator a rentabilidade. “Em função do alto custo de implantação e da menor resposta em termos de desempenho, as áreas com trigo estão cada vez mais escassas, tanto que percebemos em torno de 90% delas cultivadas com milho, outros 10% com trigo, aveia e outras culturas de inverno”, menciona, emendando: “as áreas preenchidas com trigo estão na fase inicial e algumas em início de floração. Elas vêm com desenvolvimento muito bom devido às condições de umidade e são adequadas para essa cultura, com uma temperatura mais amena, pois o frio auxilia no bom desenvolvimento a essa cultura de inverno. Por outro lado, a umidade prolifera doenças, ou seja, precisa de mais cuidado em relação aos tratos culturais. O clima atual favorece o desenvolvimento do trigo”, amplia.

BOM DESEMPENHO

Apesar de serem poucos os agricultores que cultivam o trigo, quem apostou na cultura tende a obter bons resultados. “De modo geral, o potencial produtivo é muito bom. No passado já alcançamos acima de 150 até próximo de 200 sacas por alqueire. Considerando vários fatores, podemos dizer que o potencial da cultura está pleno. Se a condição climática permanecer adequada até o final do ciclo, se forem praticados os tratos culturais adequados, cuidados com pragas, doenças, eventualmente aplicações de cobertura como ureia e sulfato de amônia, o potencial é de produtividade muito alta”, finaliza Seidel.

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