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Paraguai quer aumentar preço por energia vendida ao Brasil

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A maior geradora de energia do mundo, a Itaipu Binacional, é tema de discussão entre os dois países responsáveis por ela. É que o Brasil e o Paraguai continuam debatendo o valor da energia que sobra do lado Paraguai e que é revendida para o Brasil.

Essa revenda faz parte de um tratado conhecido como “Anexo C”. Os dois países dividem 100% da energia gerada em Itaipu. Porém, o Brasil, por ser um pais continental, usa toda a energia que produz.

Já o Paraguai usa apenas 10% do que produzo e os 90% revende ao Brasil. Atualmente, o Paraguai recebe US$ 39 uma compensação de US$ 9 por cada mega watts cedido ao Brasil, totalizando quase 48 dólares pagos por MWh não consumidos pela Itaipu lado paraguaio. Não foi divulgado o valor do aumento, mas eles pedem que o Brasil pague mais nessa energia. E é aqui que os dois países não chegaram ainda em um acordo.

O tratado entre os dois países prevê exclusividade do Brasil na compra dessa energia que sobra do outro lado. E pensando em expandir isso, os paraguaios pretendem aproveitar a visita oficial do chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, que está no país em visita, reivindicam o possível aumento da tarifa paga pelo lado brasileiro. Oficialmente, esse tratado será renegociado apenas em 2023.

Durante a assinatura de termo de posse, o novo diretor geral brasileiro da Itaipu, Luiz Fernando Vianna, ressaltou que um dos primeiros atos à frente da binacional será justamente analisar esse tratado entre os dois países.

Em 2023, a Itaipu estará liquidada, com todas as dívidas pagas. E por isso será um momento bom para o país rever o tratado Anexo C. A partir daí, o Paraguai então poderá revender o que sobra da sua energia para outros pais também.

Durante visita, o chanceler brasileiro se reunirá com o presidente Horacio Cartes, e entre os assuntos discutidos deverão tratar sobre a revenda de energia. No entanto, nem a direção da Itaipu do lado paraguaio, nem a direção do brasileiro querem se manifestar sobre o assunto. Segundo as assessorias de ambos os lados, o assunto é diplomático e requer cuidados para tratá-lo.

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