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PF prende quatro policiais do Senado por atrapalhar a Lava Jato

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O diretor da Polícia do Senado Pedro Ricardo Araújo de Carvalho e outros três policiais legislativos  Geraldo Cesar de Deus Oliveira, Everton Taborda e Antonio Tavares foram presos nesta sexta-feira (21) em uma operação da Polícia Federal em Brasília e região. Eles são suspeitos de atrapalhar investigações da Operação Lava Jato.

Chamada de Operação Métis, a ação cumpriu quatro mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão contra policiais legislativos do Congresso Nacional. Os mandados foram expedidos pela pela 10º Vara Federal do Distrito Federal.

As prisões têm validade de cinco dias, podendo ser prorrogados por mais cinco ou convertidos em prisão preventiva, sem prazo. Equipes da PF também fazem buscas em apartamentos de Águas Claras, Cidade Satélite de Brasília, nas residências dos suspeitos.

Segundo a PF, foram obtidas provas de que o grupo, liderado pelo diretor da polícia do Senado, tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas da Polícia Federal em face de senadores e ex-senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência.

Em um dos casos, o diretor da polícia do Senado ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de Senador, de acordo com comunicado da PF.

Diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo é ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao senador José Sarney (PMDB-AP).

A operação teria relação com denúncia de um servidor do Senado à Justiça Federal. Policiais legislativos são investigados por suspeita de prestação de serviço de contrainteligência para ajudar parlamentares investigados na Operação Lava Jato.

Fortemente armados e encapados, policiais federais vasculharam salas e gabinetes para colher provas contra policiais legislativos lotados do Senado Federal. A ação chamada de Operação Métis é uma referência à deusa da proteção que tem capacidade de antever acontecimentos.

 

Comunicado da PF

A Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Federal, deflagrou na manhã de hoje (21/10) a Operação Métis para desarticular associação criminosa armada responsável por embaraçar a Operação Lava Jato, entre outras investigações.

Estão sendo cumpridos nove mandados judiciais, todos em Brasília/DF, sendo quatro de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, um deles nas dependências da Polícia do Senado. Os mandados foram expedidos pela 10º Vara Federal do Distrito Federal.

Foram obtidas provas de que o grupo, liderado pelo Diretor da Polícia do Senado, tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas da Polícia Federal em face de Senadores e ex-Senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência.

Em um dos eventos, o Diretor da Polícia do Senado ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de Senador.

Os investigados responderão por associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa (art. 2º, §1º, da Lei 12.850/2013). Somadas, as penas podem chegar a 14 anos e seis meses de prisão, além de multa.

A Justiça Federal determinou a suspensão do exercício da função pública dos policiais do Senado envolvidos.

O nome da operação faz referência à Deusa da proteção, com a capacidade de antever acontecimentos.

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