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Polícia esclarece morte de empresário de São Miguel

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Delegado Danilo Cesto: Ele (Adonis) já tinha confessado para nós informalmente. Não assinou embaixo, mas somos testemunhas do que escutamos. O Genivaldo, no entanto, assumiu ter cometido o crime. Foto: Arquivo/OP

O delegado Danilo Cesto, da Delegacia de Pol iacute;cia Civil de S atilde;o Miguel do Igua ccedil;u, e sua equipe, conseguiram elucidar ainda ontem (24) a morte do empres aacute;rio Valdir Marcolino, 31 anos. Os policiais ouviam ainda na noite de ontem algumas pessoas relacionadas ao caso. Foram indiciados pelo crime Adonis Iarocheski, 42 anos, como sendo o mandante do crime; Paulino Ferreira, 35 anos, agenciador do executor; e Genivaldo Benites, o Paraguai, 19 anos, como executor.
Segundo investiga ccedil; atilde;o, Adonis mandou matar Valdir porque sentiu que o mesmo representava perigo para sua fam iacute;lia. Um filho de Adonis, Alexandre Iarocheski, 19 anos, era s oacute;cio de Valdir e j aacute; teria sofrido um atentado, supostamente ordenado por Valdir. Diante disso, Adonis teria ordenado a execu ccedil; atilde;o.

Empresa
Alexandre, filho de Adonis Iarocheski, Adilson Becker e Valdir eram s oacute;cios da empresa de seguran ccedil;a Proteri, que fica ao lado do Mercado Itaipu, na Rua Duque de Caxias, centro de S atilde;o Miguel do Igua ccedil;u. Conforme investiga ccedil; atilde;o, a empresa passava por dificuldades. ldquo;Segundo Alexandre, o Valdir queria comprar a parte dos demais s oacute;cios. O Alexandre, por sua vez, teria pegado um carro de seu pai, Adonis, e dado para pagar algumas d iacute;vidas da empresa, tentando salvar a Proteri. Mesmo assim, Valdir, usando de m aacute; f eacute;, estaria tentando tomar conta da empresa. Isso teria causado descontentamento entre s oacute;cios, tanto que Adilson acabou saindo da empresa, vendendo a parte dele para o Alexandre rdquo;, contou o delegado, baseado em depoimentos.

Atentado
No uacute;ltimo dia 07 de novembro, Alexandre e o irm atilde;o dele teriam sofrido um atentando em S atilde;o Miguel. Eles disseram que um motociclista passou ao lado do carro em que eles estavam, apontou um rev oacute;lver para eles e puxou o gatilho duas vezes, mas a arma falhou. Ent atilde;o eles teriam sido seguidos pelo motociclista, mas conseguiram chegar em casa. Ap oacute;s esse caso, as v iacute;timas disseram que ficaram sabendo que Valdir era a pessoa que havia mandado mat aacute;-las.

Medo
A partir de ent atilde;o, a fam iacute;lia teria ficado com medo de Valdir. Adonis, pai de Alexandre, ciente da situa ccedil; atilde;o, teria comentado o caso com Paulino Ferreira, que mora numa casa ao lado da ch aacute;cara de Adonis, na Linha Coti Por atilde;, em S atilde;o Miguel. O Paulino teria se habilitado a ajudar Adonis, dizendo que o melhor era matar Valdir antes que esse matasse os filhos de Adonis. Para resolver o problema, Paulino teria apresentado para Adonis Genivaldo Benites, o Paraguai. Adonis e Genivaldo teriam acertado ent atilde;o que este uacute;ltimo mataria Valdir.

Crime
Na manh atilde; de ontem, Adonis e Alexandre teriam pegado o ve iacute;culo Bora verde, de Adonis, e ido at eacute; Coti Por atilde;, onde pegaram Paulino Ferreira e Genivaldo Benites. nbsp; Paulino e Alexandre teriam sido deixados pelo caminho e Adonis e Genivaldo seguiram com o carro. Na frente da empresa, Adonis teria apontado Valdir, assim que esse chegou agrave; Proteri, como sendo o alvo que o Paraguai deveria eliminar. ldquo;O Genivaldo disse que o Adonis lhe falou para descarregar a arma para garantir o servi ccedil;o rdquo;, comenta o delegado.
A ordem teria sido seguida. Genivaldo descarregou a arma em Valdir. A v iacute;tima ainda conseguiu correr at eacute; o Destacamento da Pol iacute;cia Militar, onde tombou. ldquo;Ele ainda conseguiu dizer aos policiais: foi um cara de camiseta vermelha, moreno, tipo paraguaio rdquo;. A v iacute;tima foi encaminhada para atendimento em Foz do Igua ccedil;u, mas n atilde;o resistiu e morreu.

Bora verde
Como muita gente trafegava pela cidade, v aacute;rias pessoas descreveram o atirador e ainda comentaram que o suspeito havia embarcado num Bora verde. Como Adonis eacute; uma das poucas pessoas que tem carro com essas caracter iacute;sticas, os policiais ligaram os fatos e foram at eacute; sua casa. Durante di aacute;logo, Adonis admitiu aos policiais que mandou matar Valdir. N atilde;o teria sido acertado valor. ldquo;Ele iria deixar os caras morar na casa dele e arrumar servi ccedil;o pra eles. Caso fosse cobrado, ele iria pagar aos poucos, porque estava com dificuldade financeira rdquo;, diz o delegado.

Busca
Os policiais foram atr aacute;s de Paulino e o encontraram na sua casa, junto com Genivaldo. No local os suspeitos negaram cometer o crime. Mas na delegacia, diante do confronto entre Adonis e Benites, esse acabou confessando o crime. Benites ent atilde;o disse que havia enterrado a arma perto da casa de Paulino. Os policiais retornaram ao local e a arma tinha sumido. O irm atilde;o de Benites, conhecido como Den iacute;lson, teria tirado a arma do local e escondido. Ele n atilde;o foi localizado.
Quando os policiais retornaram para a delegacia, Adonis, que ent atilde;o j aacute; estava com advogado, resolveu s oacute; falar em ju iacute;zo. ldquo;Ele j aacute; tinha confessado para n oacute;s informalmente. N atilde;o assinou embaixo, mas somos testemunhas do que escutamos rdquo;, afirma Danilo Cesto. ldquo;O Genivaldo, no entanto, assumiu ter cometido o crime rdquo;, finaliza.

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