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Projeto do novo aterro sanitário será concluído em março

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Foto: O Presente

Apesar de ser exemplo para muitos outros munic iacute;pios quanto agrave; reciclagem, Marechal C acirc;ndido Rondon continua com um problema antigo, que eacute; o de esgotamento da capacidade de uso da aacute;rea onde se faz o dep oacute;sito do lixo. Em janeiro de 2009, o chefe regional de Toledo da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Adir Parizotto, disse em entrevista que o munic iacute;pio rondonense teria prazo at eacute; o final daquele mesmo ano para a implanta ccedil; atilde;o do aterro sanit aacute;rio, atendendo agrave; Lei Federal
n ordm; 11.445/2007. O fato n atilde;o aconteceu. A reportagem de O Presente buscou entrar em contato com Parizotto ontem (19), no entanto ele n atilde;o foi localizado e n atilde;o retornou a liga ccedil; atilde;o.
Cerca de dois meses ap oacute;s o vencimento do prazo, a situa ccedil; atilde;o tem chamado a aten ccedil; atilde;o inclusive de populares, que entraram em contato com a reportagem para manifestar preocupa ccedil; atilde;o. No local, onde h aacute; alguns anos existia uma vala para dep oacute;sito dos rejeitos, atualmente h aacute; uma montanha de lixo aterrado, onde est atilde;o misturados lixo org acirc;nico, recicl aacute;veis e at eacute; mesmo pneus jogados a c eacute;u aberto.
De acordo com o secret aacute;rio municipal de Sa uacute;de, vice-prefeito Silvestre Cottica, o Poder P uacute;blico encomendou a elabora ccedil; atilde;o de um projeto para a constru ccedil; atilde;o de um aterro sanit aacute;rio. ldquo;O prazo para recebermos o projeto vai at eacute; 06 de mar ccedil;o. A partir da iacute; iremos avaliar as necessidades e definir sobre qual o melhor local para implanta ccedil; atilde;o do aterro rdquo;, declara.
A municipalidade pretende avaliar entre pelo menos duas possibilidades: adequa ccedil; atilde;o do local onde o lix atilde;o est aacute; instalado atualmente ou implanta ccedil; atilde;o na aacute;rea adquirida h aacute; anos para esta finalidade, localizada na Linha Neuhous, em Novo Tr ecirc;s Passos.
O novo aterro, adianta Cottica, dever aacute; permitir o reaproveitamento de materiais recicl aacute;veis e de org acirc;nicos (transforma ccedil; atilde;o em adubo), sendo que somente entre 15% e 20% ser atilde;o depositados como rejeitos. O lixo industrial tamb eacute;m ser aacute; separado do lixo dom eacute;stico. ldquo;Se hoje eacute; jogado no mesmo monte, no novo aterro a separa ccedil; atilde;o ser aacute; contemplada rdquo;, assegura.

Estudo

Conforme o secret aacute;rio, a administra ccedil; atilde;o tamb eacute;m est aacute; providenciando projeto para o estudo do passivo ambiental da aacute;rea junto ao Horto Municipal, onde est aacute; localizado o dep oacute;sito de lixo. ldquo;Precisamos de estudos de ge oacute;logos para posteriormente fazermos a recupera ccedil; atilde;o do passivo ambiental da aacute;rea rdquo;, afirma.
Segundo o respons aacute;vel pela pasta de Sa uacute;de, a Secretaria pretende solicitar provid ecirc;ncias quanto aos pneus depositados indevidamente na aacute;rea de rejeitos.

Polui ccedil; atilde;o
Em raz atilde;o da grande quantidade de lixo depositada no local, parte j aacute; come ccedil;a a transpor a aacute;rea. A imensa variedade de materiais org acirc;nicos, recicl aacute;veis e rejeitos gera o chorume, l iacute;quido escuro gerado pela degrada ccedil; atilde;o dos res iacute;duos e que cont eacute;m alta carga poluidora. Sem tratamento, o chorume penetra no solo e tamb eacute;m eacute; levado pelas aacute;guas da chuva. Nas redondezas do Horto Municipal est atilde;o aacute;reas produtivas de alimentos (lavouras de soja e milho) e ainda encontra-se, agrave; jusante, empreendimento de atividade tur iacute;stica (piscina e pesque pague).

Conselho
Em raz atilde;o da atual situa ccedil; atilde;o, o dep oacute;sito de lixo deve ser um dos assuntos da pauta da pr oacute;xima reuni atilde;o do Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA), segundo informa o presidente, Urbano Mertz. A data ainda est aacute; para ser marcada, no in iacute;cio do m ecirc;s de mar ccedil;o.
Do ponto de vista de Mertz, da forma como o material est aacute; sendo depositado poder aacute; ficar por muitos anos poluindo o meio ambiente. ldquo;Defendemos que seja ampliado o processo de separa ccedil; atilde;o e destina ccedil; atilde;o dos produtos recicl aacute;veis, que cabe agrave; popula ccedil; atilde;o. At eacute; mesmo os produtos org acirc;nicos podem ser reciclados para ser feito adubo. Com isso, em torno de 70% do lixo poderia ser reciclado. Isso eacute; importante para toda a sociedade rdquo;, enfatiza.

Reciclagem
De acordo com a representante da Cooperativa de Agentes Ambientais de Marechal Rondon (Cooperagir), Margarete Closs, um levantamento com pesagem realizado recentemente revelou que s atilde;o produzidos no munic iacute;pio aproximadamente 560 toneladas de lixo ao m ecirc;s. Do total, s atilde;o reciclados atualmente cerca de 65 toneladas, n uacute;mero que representa em torno de 11% do total.
Segundo ela, desde que foi formada, a cooperativa vem aumentando sua produ ccedil; atilde;o que, por eacute;m, esbarra em algumas limita ccedil; otilde;es, como a falta de caminh atilde;o para coleta do ldquo;lixo bom rdquo;. ldquo;Al eacute;m disso, tamb eacute;m falta sensibiliza ccedil; atilde;o da popula ccedil; atilde;o sobre a necessidade de separar o lixo seco (recicl aacute;vel) do molhado (org acirc;nico) rdquo;, aponta.
A Cooperagir est aacute; prestes a receber, possivelmente at eacute; mar ccedil;o, uma verba de cerca de R$ 100 mil. ldquo;Encaminhamos um projeto ao Instituto Ambiental do Paran aacute; (IAP) para recebermos o valor de uma multa para investirmos na amplia ccedil; atilde;o da usina de reciclagem rdquo;, menciona Margarete. O projeto, j aacute; aprovado, se refere agrave; revers atilde;o da multa aplicada ao posto responsabilizado pelo dano ambiental na capta ccedil; atilde;o de aacute;gua do munic iacute;pio.

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