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Geral Fronteira fechada

Salto del Guairá está prestes a declarar catástrofe econômica

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(Foto: Youtube)

A Associação das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) está preparando um projeto que declara a cidade de Salto del Guairá, no Paraguai, como uma “catástrofe econômica” como resultado do fechamento da fronteira e da falta de ajuda do governo à sobrevivência. Muitas agências bancárias estão deixando a cidade.

Segundo os líderes das MPME da localidade, a situação financeira é insustentável, considerando que a economia da cidade depende 80% do comércio de fronteiras, totalmente paralisada pelo fechamento da fronteira com o Brasil.

Dezenas de famílias estão migrando da cidade para o interior em busca de sobrevivência, o que se torna cada vez mais difícil em Salto del Guairá.

“O Fundo de Garantia do Paraguai (Fogapy) é uma grande mentira para o povo de Salto; as dívidas que contraímos estão nos encolhendo. A ANDE, em vez de nos ajudar, amplia nossas contas e, entretanto, somos forçados a colocar em quarentena. Esta cidade está morrendo comercialmente e você não percebe”, disse Victor Stanley, líder das MPME, em uma mensagem às autoridades nacionais.

Como parte da situação desesperadora, a “buzina de fronteira” ocorre neste domingo (07), às 15 horas, simultaneamente com a Associação de Fronteiras Desempregadas (ADF) de Pedro Juan Caballero e Ciudad del Este, ambas no Paraguai.

Os comerciantes mantêm constantes reuniões on-line com as autoridades da região para discutir a situação econômica premente e procurar uma saída. Na véspera, eles se encontraram com o governador de Canindeyú, César Ramírez, e representante do município e da diretoria.

Outra equipe, liderada por Arnaldo Villalba, está trabalhando na elaboração do projeto de declaração de catástrofe econômica. Também é utilizado material audiovisual para demonstrar em números e imagens a realidade ruinosa da capital de Canindeyú.

“Não são apenas as lojas, quase todas fechadas. Na próxima semana, a segunda agência bancária fecha neste ano. Primeiro, foi o Banco Atlas e agora o Banco Familiar está saindo. E eles não serão os últimos”, lamentou.

Ele disse que, com o fechamento dos shoppings, milhares de empregos formais foram desperdiçados, além de milhares de outras ocupações informais e de pequenas empresas. A situação é agravada ainda mais pelo forte declínio do real em relação ao dólar.

No início da pandemia do coronavírus, a variação era de R$ 4 por dólar; agora está chegando a R$ 6 por unidade da moeda norte-americana, praticamente extinguindo a vantagem comparativa de vir comprar no Paraguai.

Para terça-feira (09) aguarda-se a chegada de uma comitiva do governo objetivando analisar a situação e propor possíveis saídas. O grupo é liderado pelo ministro Euclides Acevedo, do Interior, e Liz Cramer, da Indústria e Comércio.

 

Portal da Cidade Santa Helena com ABC Color

 

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