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Secretaria debate proliferação de predadores no meio rural

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O Conselho Estadual da Sanidade Agropecuária (Conesa) debateu na segunda-feira (03) a proliferação de animais e pragas indesejáveis no meio rural. É o caso do crescimento das populações de formigas cortadeiras – presentes em mais de 200 municípios paranaenses – e dos macacos-prego, que podem destruir até 50% dos pinus com idade de até cinco anos.

Para encontrar uma solução que minimize a ação desses predadores, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento está recorrendo a pesquisadores e estudos científicos, para que apontem caminhos viáveis ao produtor rural. O secretário da Agricultura e presidente do Conesa, Norberto Ortigara, defendeu a necessidade de aumentar a massa crítica para enfrentar esses problemas.

A Klabin, empresa líder em cultivos florestais para produção de celulose, está enfrentando a proliferação desses animais com o manejo dos cultivos, que reduziu para menos de 1% o ataque de macacos na área de floresta plantada da empresa, que envolve cerca de 220 mil hectares.

Segundo Ivone Satusuki, responsável pela área de Sustentabilidade Social da Klabin, a empresa fez o mapeamento do cultivo de florestas para identificar as áreas de maior incidência de ataques do macaco-prego. Fez um acompanhamento dos grupos de animais para saber como eles agem e a partir daí estabeleceu um manejo. Os animais atacam as áreas de florestas plantadas em busca da seiva de plantas jovens de pinus.

No acompanhamento dos grupos, foi detectado que os macacos se deslocam de uma planta para outra por via aérea para evitar os predadores que estão no solo. O manejo encontrado, portanto, foi ampliar as linhas de aceiros (espaço) entre florestas nativas e plantadas para dificultar a passagens dos animais. Outras medidas, como barreiras de proteção às florestas de pinus e em alguns casos a substituição por outras espécies florestais, também foram adotadas para evitar a proliferação do macaco prego.

Formigas

A infestação de formigas cortadeiras (Saúva e Quenquém) é outra preocupação no Paraná. Elas atacam as pastagens e concorrem com os bovinos. Com a concorrência, diminui a oferta de alimentos aos animais de produção. O Conesa aprovou a formação de uma câmara técnica para atuar no controle das formigas cortadeiras. Entre as atribuições da câmara técnica, seus integrantes vão estudar e apresentar propostas de legislação para o controle desses insetos.

O pesquisador da Embrapa Florestas Wilson Reis explicou detalhes do habitat das formigas que podem ajudar no controle preventivo, biológico ou químico, dependendo do grau de infestação na propriedade. Ele abordou temas como localização do formigueiro, identificação das espécies, danos e prejuízos causados, uso correto e seguro dos produtos de combate e formas de combate eficazes.

A infestação de formigas cortadeiras já está sendo debatida pelos Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária (CSAs). Em Maringá, o CSA quer conscientizar os produtores que a ação contra essas espécies tem que ser integrada e envolver todas as propriedades. Não adianta todo um conjunto de propriedades adotar procedimentos de controle de formigas se apenas uma delas não aderir. (AE Notícias)

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