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Marechal "Dor de cabeça" do momento

Agricultores são convidados a participar de reunião sobre enfezamentos do milho

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Fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar, engenheiro agrônomo Anderson Lemiska: “Os sintomas da doença estão aparecendo nas lavouras e o problema é uma preocupação de todos os produtores de milho” (Foto: Arquivo/OP)

Enfezamentos nas plantações de milho em lavouras da região Oeste do Paraná começaram a ser detectados pela Embrapa no ano de 2019. Trata-se de uma doença causada por organismos parecidos com bactérias, os quais afetam o desenvolvimento e o crescimento da planta de milho.

De acordo com o fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar, unidade de Marechal Cândido Rondon, engenheiro agrônomo Anderson Lemiska, os sintomas podem ser verificados principalmente na fase reprodutiva da cultura, quando observam-se folhas amareladas ou avermelhadas, presença de multiespigas no colmo, acamamento de plantas e má desenvolvimento das espigas e grãos. “Todos esses fatores causam sérios prejuízos na produtividade da cultura”, enaltece, explicando que a doença é transmitida pela cigarrinha do milho, que, quando se alimenta de plantas contaminadas, adquire a doença e a dissemina para as plantas saudáveis de uma ou mais lavouras.

Conforme o agrônomo, o inseto sobreviveu às fortes geadas que ocorreram na região em 2021 e aumentou a sua população na safra de milho 2022. “Os sintomas da doença estão aparecendo nas lavouras. A cigarrinha desloca-se a grandes distâncias e não respeita divisas entre propriedades, bem como limites entre municípios. Portanto, o problema é uma preocupação de todos os produtores de milho”, enfatiza.

 

REUNIÃO

Diante do problema, nesta sexta-feira (13), às 09 horas, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar), será realizada uma reunião técnica sobre os enfezamentos do milho.

O evento contará com duas palestras ministradas por profissionais da Adapar e do Ministério da Agricultura sobre as ações de fitossanidade e situação dos enfezamentos no Paraná e Brasil, bem como duas palestras proferidas por pesquisadores da Embrapa Milho, os quais vão abordar os manejos da cigarrinha do milho e dos enfezamentos.

A programação terá entrada gratuita e é limitada à capacidade de lotação do local, sendo aberto para profissionais da Agronomia e agricultores, os quais poderão tirar suas dúvidas em relação aos assuntos.

 

CAMPANHA

Durante a entressafra da cultura do milho, Lemiska diz que é comum verificar a presença de milho resteva, tiguera, guacho ou voluntário disperso em meio às lavouras, principalmente nos cultivos de soja. “Este tipo de planta de milho serve como hospedeira tanto da doença chamada enfezamentos quanto da multiplicação das cigarrinhas do milho, que é o inseto vetor de disseminação da doença”, alerta.

Segundo ele, a eliminação do milho voluntário é uma prática de manejo recomendada pela pesquisa oficial e tem como objetivo minimizar a permanência da doença e a população do inseto durante a entressafra, reduzindo os danos causados pelos enfezamentos. “No dia do evento será promovida uma campanha de conscientização dos agricultores para eliminar as plantas de milho voluntário em suas lavouras, buscando protegê-las”, menciona.

 

 

O Presente com informações da Adapar

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