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Marechal Via Saae

Apae ganha plataforma digital para facilitar doações

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(Foto: O Presente)

Colaborar com as ações da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Marechal Cândido Rondon ficou ainda mais fácil. Com o apoio da empresa Sismetro, a entidade ganhou uma plataforma digital como facilitador do cadastro para doações por meio da fatura do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae).

“A modalidade de contribuição via Saae é autorizada e a doação pode ser debitada na conta. Não precisa mais ir ao Saae para se cadastrar, basta ter o número de uma conta de água. Pelo aplicativo, a pessoa fotografa a fatura, digitaliza os documentos e preenche o formulário solicitado. A doação pode ser feita de forma anônima ou não”, explica a vice-presidente da Apae, Loiva Grasel Refatti.

O portal pode ser acessado em apae.sismetro.com. “Peço que os rondonenses ajudem esta causa e tenham um coração excepcional”, enaltece.

As doações são mensais, com valor e prazo estipulado pelo munícipe, informa Loiva. “Essa doação pode ser de R$ 5, R$ 10, R$ 50 ou qualquer valor por mês. Tanto donos quanto inquilinos podem se cadastrar, porque há possibilidade de cancelar a doação por meio do site a qualquer momento”, menciona.

 

DOAÇÕES CRESCENTES

Marechal Rondon possui quase 20 mil faturas de água, mas poucas colaboram com a Apae, lamenta a vice-presidente. Ainda assim, segundo ela, as doações têm aumentado timidamente. “Alguns meses atrás, entrava cerca de R$ 300 via convênio com o Saae, passou para R$ 500 e hoje as doações desse tipo somam RS 1,5 mil”, revela.

A expectativa da associação é que, com auxílio da plataforma digital, mais pessoas façam parte do convênio. “Aos poucos vamos divulgando para essa informação chegar a mais pessoas. Entre o total de contas de água, estimamos que cerca de 20% dessas pessoas possam contribuir. Se cada um desse R$ 2, por exemplo, daria um valor grande no final”, menciona.

O valor doado via fatura do Saae, comenta a vice-presidente, é convertido inteiramente para a Apae, o que não acontece em outras modalidades. “Doações em boletos, por exemplo, têm um custo de R$ 2 para processar o pagamento no banco e às vezes a doação de valores menores, de R$ 5 a R$ 10, tinha parte convertida nesse trâmite”, salienta.

Vice-presidente da Apae de Marechal Rondon, Loiva Grasel Refatti: “Entre o total de contas de água, estimamos que cerca de 20% dessas pessoas possam contribuir. Se cada um desse R$ 2, por exemplo, daria um valor grande no final” (Foto: O Presente)

 

DÉFICIT MENSAL

Ao longo do ano passado, a Apae atingiu déficits mensais de R$ 20 mil no orçamento, por vezes correndo o risco de fechar as portas. “Balanceávamos a situação com uma reserva que tínhamos conseguido com os bazares de produtos apreendidos da Receita Federal, mas esse dinheiro acabou e a situação ficou preocupante. No final do ano, as doações aumentaram, tivemos a rifa do carro e atualizamos os convênios com os municípios, o que aliviou as finanças”, rememora Loiva, frisando que o último bazar da Receita aconteceu há quatro anos, em 2017.

De acordo com ela, as finanças deste ano se mostraram melhores que as de 2020, mas ainda com dinheiro faltando. “Temos um déficit mensal de R$ 5 mil. Diminuiu, porque cortamos algumas despesas. Tínhamos cinco profissionais da área de saúde, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudióloga. Neste ano, ainda não contratamos a fonoaudióloga justamente para colocar o caixa em dia e também demitimos mais uma zeladora”, pontua.

 

ATENDIMENTOS DE SAÚDE

A maioria dos alunos da Apae tem dificuldade de fala e, mesmo com o déficit nas contas, em breve a associação pretende voltar com os atendimentos de fonoaudiologia. “Quando as aulas presenciais voltarem, queremos ter novamente o quadro de saúde funcionando plenamente. Os atendimentos de saúde são realizados no contraturno escolar e passam de 1,2 mil consultas por mês, tanto para estudantes quanto para famílias”, aponta a vice-presidente, emendando que os atendimentos com psicólogo e a terapeuta ocupacional são ofertados para o aluno e para a família.

 

ATENDIMENTO

A Apae atende alunos menores de um ano até a idade adulta, ofertando atendimentos especializado àqueles com deficiências intelectuais e múltiplas. Atualmente, a entidade atende 102 pessoas, mas o número já passou de 120. “Com o espaço físico que possuímos e um quadro de funcionários diminuindo, não podemos aceitar mais matrículas e há algumas pessoas na fila de espera”, ressalta.

 

MUNICÍPIOS

Atualmente, a Apae rondonense atende cinco municípios, sendo 76 alunos de Marechal Rondon, 12 de Nova Santa Rosa, seis de Pato Bragado, cinco de Entre Rios do Oeste e três de Quatro Pontes. “O aluno mais novo tem um ano e quatro meses, já o mais velho tem 59 anos”, comenta.

 

DEFICIÊNCIAS

Entre as deficiências mais frequentes entre os alunos que frequentam a Apae, Loiva destaca que as mais atendidas são paralisias cerebrais (anóxias ou acidentes), doenças do espectro autista, síndromes (Down, Angelman, West ou Lennox), hidrocefalias e más formações congênitas.

Em resposta sobre como chamar os alunos da Apae, a vice-presidente explica que, como apontam os termos, deficiente é o termo comumente empregado para aquele que possui alguma limitação física, enquanto excepcional é aquele que necessita de um auxílio especial na sua educação.

 

O Presente

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