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Marechal Programa de mobilidade

Centro de Marechal Rondon terá mais ruas de mão única

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(Foto: Divulgação)

Quatro binários estão no radar da administração municipal: ruas Santa Catarina, Paraná, Sete de Setembro e Dom João VI. As duas primeiras devem mudar ainda em fevereiro e as outras têm seus projetos sendo delineados

 

A Prefeitura de Marechal Cândido Rondon tem feito intervenções de uma ponta a outra da malha viária. Desde os fechamentos de cruzamentos e outras obras na Avenida Rio Grande do Sul, até a continuação do prolongamento da Avenida Írio Jacob Welp e recapes asfálticos nos bairros, as melhorias têm dado uma cara nova às ruas municipais e não param por aí.

As ruas Santa Catarina, Paraná, Sete de Setembro e Dom João VI, no coração do centro rondonense, são as próximas a receberem intervenções. “A prefeitura tem estudado a implantação de quatro binários na área central da cidade, isto é, vias que têm apenas um sentido e facilitam o escoamento de uma grande quantidade de veículos. As mudanças nas ruas Santa Catarina e Paraná estão definidas, enquanto os projetos das vias Sete de Setembro e Dom João VI ainda estão sendo acertados alguns detalhes e serão colocadas em pauta em breve”, declarou o secretário de Mobilidade, coronel Welyngton Alves da Rosa, ao Jornal O Presente.

 

Ruas Santa Catarina e Paraná

A Rua Santa Catarina será transformada em sentido único da Rua Cabral até a Avenida Maripá – hoje um trecho já tem sentido único. “Propusemos na última reunião do Coetran (Conselho Executivo de Trânsito) a quebra de preferencial no cruzamento entre as ruas Santa Catarina e Mem de Sá a fim de diminuir a velocidade alta desenvolvida naquele local, porque da Rua Cabral até a Dom João VI ela é preferencial. Nessa votação surgiu a possibilidade de transformar a Santa Catarina em mão única, o que já foi aprovado”, pontua.

Também já aprovada, a Rua Paraná, por sua vez, terá sentido único da Dom João VI até a Rua Cabral, trecho que se conecta com outro que já tem sentido exclusivo.

Ambas as vias seguem tendo 40 km/h como limite de velocidade. De acordo com o secretário, “a mudança da Rua Santa Catarina é a prioridade da administração municipal” entras as demais intervenções na mobilidade urbana.

Rua Santa Catarina deve perder sua referência no cruzamento com a Rua Mem de Sá (Foto: Daniel Felício/OP)

 

Ainda em fevereiro

O secretário de Planejamento, Alisson Ostjen, frisa que as ruas Santa Catarina e Paraná receberam recape asfáltico e as mudanças no tráfego serão incorporadas na execução da sinalização. “Estamos pintando as vias com pintura termoplástica, que é mais espessa e tem durabilidade maior. O problema é que poucas empresas prestam esse serviço e é bem concorrido, mas a equipe deve vir para Marechal Rondon neste mês. Então as mudanças nessas duas vias devem ficar prontas ainda em fevereiro”, prevê.

Concomitantemente à pintura, a Secretaria de Mobilidade vai acompanhar a mudança e implantar as placas necessárias. “Já fizemos os pedidos de placas para a Rua Paraná e para a Rua Santa Catarina os materiais já estão aqui”, assegura Welyngton.

Questionados quanto ao investimento realizado para mudança de sentido das duas ruas, eles expõem que as vias já seriam sinalizadas devido ao recape e a diferença é que acontecerá seguindo as novas definições do tráfego.

Secretário de Planejamento, Alisson Ostjen: “As mudanças nessas duas vias (Santa Catarina e Paraná) devem ficar prontas ainda em fevereiro” (Foto: Raquel Ratajczyk/OP)

 

Ruas Dom João VI e Sete de Setembro

Sobre a transformação das ruas Dom João VI e Sete de Setembro em binários, o secretário de Planejamento destaca que ainda se discute até onde será feito o sentido mão única. “A princípio é para ser feito, só precisamos alinhar esses últimos levantamentos e apresentar o estudo para o prefeito (Marcio Rauber) decidir se concretiza”, salienta.

 

Revitalização das ruas Sete de Setembro até a Natal

Segundo Ostjen, há uma emenda parlamentar do deputado Fernando Giacobo, no valor aproximado de R$ 2 milhões, destinada para a revitalização da Rua Sete de Setembro a partir da Rua Alagoas até a Rua Natal. “É uma via larga importante, tem um fluxo alto de veículos, mas tem condições precárias. Estamos elaborando esse projeto e o orçamento vai contemplar recape, correção de imperfeições na pista e implantação de ciclovia e calçada onde não tem”, detalha.

Um dos pedidos do chefe do Executivo para essa revitalização é a inclusão de ciclofaixas, pois o trecho não se conecta com o restante das vias destinadas para bicicletas. “Queremos levar uma ciclofaixa daqui até o Restaurante Show de Bola para os moradores do Alvorada, Botafogo e região terem acesso. Isso deve ocasionar uma modificação nos estacionamentos, mas de maneira geral não há muita demanda, apenas em pontos específicos. Ainda assim, estacionamentos serão mantidos e, sendo mão única, não tem tanto problema de estreitamento da via”, menciona, emendando que uma ciclofaixa conciliará os dois sentidos de tráfego.

Por ser um ano eleitoral, o secretário menciona que até julho a obra precisa estar em andamento. “Precisa pagar ao menos uma parcela à empresa no mínimo três meses antes das eleições e, para isso acontecer, a obra precisa ter iniciado”, frisa, pontuando que a obra seguiria a mesma dinâmica das ruas Santa Catarina e Paraná. “Depois do recape asfáltico, a via seria sinalizada já com o molde de mão única – caso seja aprovado e decidido pelo prefeito”, cita.

Rua Sete de Setembro, a partir da Rua Alagoas em direção à Rua Natal, deve ser revitalizada (Foto: Daniel Felício/OP)

 

Troca dos semáforos

Entre as mudanças previstas consta a substituição dos semáforos de Marechal Rondon e, conforme Welyngton, a pasta está trabalhando na licitação. “Há quatro desses equipamentos no município: nas ruas Independência com a Avenida Rio Grande do Sul, na Ceará com a Avenida Maripá, na 9 de Agosto com a Maripá e na Pernambuco com a Avenida Írio Welp. Os equipamentos têm cerca de 20 anos de uso, estão defasados e com problemas, então a ideia é trocar”, menciona.

Aproveitando a tomada de preço, o chefe da pasta revela que será verificada a possibilidade de colocar semáforos ou indicativos de passagem nas ruas Santa Catarina e Dom João VI. “Com a velocidade máxima das vias rápidas definidas, as lombadas sairiam e, principalmente perto dos centros de estudo, entrariam os semáforos de pedestres. Em todo caso, é uma possibilidade que ainda estudaremos”, reforça, acrescentando que a intenção seria aumentar a segurança no trânsito e tirar as lombadas para que o fluxo transcorra em uma velocidade constante.

 

Fiscalização das vias rápidas

Tendo em vista que o trânsito em Marechal Rondon não é municipalizado, a prefeitura sinaliza e o Estado, por meio da Polícia Militar, fiscaliza. Por isso, o secretário de Mobilidade menciona que a administração não pode instalar radares nas novas vias rápidas. “O que pode ser feito é propor um convênio entre município e Estado, através do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), para que eles coloquem as lombadas eletrônicas com medidor de velocidade e emissão de notificações”, pontua, ressaltando que a maior incidência dessa parceria é em municípios onde o trânsito é municipalizado, como Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu: “É um processo burocrático, mas vamos verificar se há essa possibilidade”, comenta.

Atualmente, a velocidade máxima para trafegar em perímetro urbano é de 40 km/h ou menor em alguns trechos. A retirada de lombadas e a instalação das lombadas eletrônicas com fiscalização, caso se consolidem, propiciaria que os binários da Sete de Setembro e Dom João VI tivessem limite de 50 km/h.

Secretário de Mobilidade, coronel Welyngton Alves da Rosa: “Os semáforos têm cerca de 20 anos de uso, estão defasados e com problemas, então a ideia é trocar” (Foto: Raquel Ratajczyk/OP)

 

Cruzamentos

A Secretaria de Mobilidade implantou, recentemente, uma rotatória no cruzamento entre a Rua Cabral e a Avenida Rio Grande do Sul. Com o objetivo de incentivar que os motoristas a utilizem, foram fechados os cruzamentos entre a avenida e as ruas 12 de Outubro, Colombo e 22 de Abril. “Temos convicção de que a rotatória melhora a sinalização de um cruzamento. Sem a rotatória, duas vias eram preferenciais e, com a implantação, quatro vias passam a ser ‘dê a preferência’. Esse obstáculo dá mais segurança no trânsito e possibilita que os condutores se direcionem para todos os lados da rotatória”, afirma, alegando que os feedbacks têm sido positivos e os números de acidentes diminuíram.

Welyngton destaca ainda que os projetos das avenidas Írio Jacob Welp e da Maripá “extinguem os cruzamentos”. “As avenidas são vias arteriais que servem para levar de um ponto a outro da cidade, não para ficar circulando como se fosse uma via local. A implantação de rotatórias, além de diminuir acidentes, beneficia o fluxo do trânsito e, com o tempo, pode até auxiliar na remoção de lombadas. Então, a ideia é que os cruzamentos aconteçam com semáforos ou rotatórias nesses projetos”, concorda Ostjen.

 

“Maior programa de mobilidade de Marechal Rondon”

Para Welyngton Alves da Rosa, os projetos relacionados ao trânsito, tanto os em andamento e aqueles ainda por iniciar, irão renovar a malha viária municipal. “Estamos vivenciando o maior programa de mobilidade que Marechal Rondon já teve em sua história. A área urbana está se transformando”, enaltece.

Para o secretário Alisson Ostjen, o cuidado com o trânsito em Marechal Rondon precisa ser constante. “A cidade cresceu e a perspectiva de crescimento é ainda maior com a renovação do Plano Diretor, o que vai gerar novas vias, mais tráfego e demanda de manutenção por parte do poder público”, avalia.

 

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