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Marechal Fase crítica superada

Clube social mais antigo de Marechal Rondon dá a volta por cima

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(Foto: Divulgação)

Atividades ao ar livre são sempre a melhor escolha para quem não abre mão do bem-estar e da qualidade de vida. Por isso, os clubes sociais recreativos não saem de alta. Afinal, esta modalidade associativa tão antiga, muitas vezes se torna uma segunda casa para os membros, que podem reunir os amigos para assar uma carne, realizar grandes ou pequenas comemorações, além de promover modalidades esportivas e o contato com a natureza.

E assim como diversas áreas, o setor de recreação também enfrentou grandes desafios com o advento da pandemia. “Foi um impacto em um cenário totalmente desconhecido. Estávamos acostumados a reunir pessoas nas mais diversas ocasiões, ter o público frequentando o nosso espaço e até mesmo algumas aulas de natação. De repente, o isolamento social mudou tudo”, enaltece Silvio Poppi, presidente do Clube Aliança, de Marechal Cândido Rondon, instituição que passou apuros financeiros durante a “era Covid-19”.

Antes da pandemia havia 632 sócios pagantes. Hoje, o número é de 320. “Muitos saíram, deixaram de pagar e tivemos que tirar dinheiro do próprio bolso para manter o clube. Temos um gasto fixo de R$ 25 mil por mês, contando com funcionários, taxas e contas de energia. Nosso saldo bancário chegou a R$ 40 mil negativo”, revela Poppi.

Ainda assim, o mais antigo clube social do município não poderia terminar subitamente. “O clube existe desde 1939, quando era um barracão de madeira no centro da cidade. É o clube mais antigo da cidade e é um guerreiro. Para isso, a própria direção do clube realizou as atividades rotineiras, como cortar a grama, podar árvores e carpir”, expõe o presidente.

Silvio Poppi, presidente do Clube Aliança: “Muitas famílias tinham ido embora e agora voltaram trazendo mais integrantes, como um irmão ou um primo” (Foto: Divulgação)

 

Depois da pandemia

E todo o esforço valeu a pena. Em outubro de 2021, o Clube Aliança realizou o primeiro evento após o período do “fique em casa”. No salão para 1,2 mil pessoas foi realizado um jantar dançante. “Mas naquela época as pessoas ainda não podiam dançar, pois estava em vigor o protocolo da redução de capacidade, com o espaçamento de lugares e máscara facial”, conta. “Ainda assim foi um alívio. Depois tivemos outros eventos, como aniversários nos salões menores e um casamento”, amplia.

Durante a pandemia foi realizada reforma no camping, nas churrasqueiras e no salão de festas (Foto: Divulgação)

 

Mudanças

Mas nem só de perdas viveu o clube. A pandemia também fez com que algumas mudanças e reformas fossem realizadas no espaço. “Houve a reforma no camping, nas churrasqueiras e no salão de festas. Também refizemos a sauna, que estava abandonada, e trocamos a iluminação da piscina, para que fique aberta até as 21 horas durante o verão. De certa forma, a pandemia trouxe esse bem”, avalia.

O próximo investimento, segundo Poppi, é um painel solar no valor de R$ 240 mil.

Além disto, também foram implantadas câmeras de segurança e um portão eletrônico no clube e agora cada associado possui seu próprio controle. “Essa medida foi tomada, pois haviam pessoas externas que vinham fazer churrasco no bosque e faziam muita bagunça. E muitas vezes ocupavam todas as churrasqueiras disponíveis, impedindo os próprios sócios de terem seu lazer”, comenta.

A força-tarefa agora é trazer mais famílias. “Durante a pandemia conquistamos mais 92 sócios. As pessoas estavam precisando de novidades, após tanto tempo em restrição. Muitas famílias tinham ido embora e agora voltaram trazendo mais integrantes, como um irmão ou um primo”, conta o presidente do clube.

Iluminação da piscina foi trocada para ela ficar aberta até as 21 horas durante o verão (Foto: Divulgação)

 

Parcerias

Uma das novidades para a captação de novos membros é a parceria com a Associação de Danças Folclóricas Germânicas Raízes. O grupo realiza os ensaios às segundas-feiras, das 18h30 às 22h30, e leva o nome do Clube Aliança aos eventos que participam. “Eles não tinham lugar para ensaiar, então ofertamos a parceria. Eles são compostos por mais de 50 famílias. Destas, 20 já se associaram ao clube”, relata.

Para a obtenção do título, o membro deve efetuar o pagamento de R$ 300 (taxa única). O interessado deve preencher uma ficha de cadastro, que pode ser solicitada na sede local. Após isso, é cobrada uma mensalidade de R$ 90 para a manutenção dos serviços no clube. “Pelo estatuto os valores deveriam ser mais elevados, mas entendemos que temos que dar valor ao sócio. São eles que mantêm o clube, não os eventos externos”, frisa Poppi. “A partir daí é possível usufruir de todas as dependências. O clube conta com salão de festas, piscina, bosque, camping, cancha de bocha, bolão, sauna e lanchonete”, acrescenta.

 

Eleição

O Clube Aliança está trabalhando na formação de uma chapa para a nova diretora. “O mandato venceu há dois meses. Fizemos o registro em cartório sobre a nova eleição, mas ainda somos chapa única”, comenta o presidente. A eleição deve acontecer no fim deste mês.

Antes disso, será feita uma assembleia geral de prestação de contas.

Ao todo, 21 membros integram a diretoria e todos têm que trabalhar em prol do clube. “É um serviço voluntário. O benefício é não pagarmos a mensalidade”, comenta.

 

Eventos

Alguns dos grandes eventos promovidos pelo clube será a Pré-Oktober Fest, agendada para 27 de setembro. “É uma tradição do Rotary Clube Guarani, que reverte o lucro obtido com o evento para a Uoppecan, e nós também faremos isso. Teremos uma banda de Santa Catarina para tocar para as mais de mil pessoas do nosso salão”, informa.

Outro evento que está nos planos é uma noite natalina. “Fazer algo mais folclórico com o Grupo Raízes e demais grupos de outras cidades. Realizar um jantar maior”, adianta o presidente.

Campo do clube é um dos mais usados pelos associados (Foto: Divulgação)

 

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