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Marechal O Presente nas Escolas

Colégio Rui Barbosa tem como pilar integração entre família e escola

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(Foto: O Presente)

“O Presente nas Escolas”

O projeto “O Presente nas escolas” tem a finalidade de aproximar leitores e internautas do contexto escolar, envolvendo professores e alunos de instituições públicas e particulares de Marechal Cândido Rondon, oportunizando espaço para pontos de vista e exposição de temas atuais e pontuais voltados à educação. A cada semana há a participação de um educandário. Nesta semana é a vez do Colégio Luterano Rui Barbosa. Confira!

Há 65 anos no ramo da educação em Marechal Cândido Rondon, o educandário tem como diretor o pastor Carlos Kracke. A entrevista dessa semana contou com a participação do professor de Matemática Jhonatan Ropke e da aluna Julia Bonini, do 1º ano do Ensino Médio.

 

O Colégio Luterano Rui Barbosa fica localizado na região central de Marechal Rondon e oferta desde o berçário até o Ensino Médio, atendendo aproximadamente 600 alunos que vêm de toda a região em busca de ensino de qualidade.

Ao longo dos seus 65 anos de história, o colégio visa a aproximação da família com a escola e, segundo o diretor, é preciso entender que a escola começa dentro de casa. “Trabalhamos essa perspectiva no Rui, por isso ele é tão significativo enquanto instituição. Buscamos trazer as famílias para dentro da escola também”, enaltece.

Kracke diz que família e escola formam os dois pilares fundamentais da vida de uma pessoa e que isso se fortalece quando as duas instituições dão as mãos, fazendo com que o processo educativo se desenvolva de forma tranquila.

Diretor do Colégio Rui Barbosa, Carlos Kracke: “A escola começa dentro de casa. Trabalhamos essa perspectiva no Rui, por isso ele é tão significativo enquanto instituição”. (Foto: O Presente)

 

PROJETOS EM DESTAQUE

O diretor comenta que o colégio desenvolve diferentes projetos para estimular os alunos, e um dos mais conhecidos e tradicionais são os “Jogos bordô e branco”. Ele explica que quando o aluno ingressa no colégio, através de um sorteio, passa a participar do cordão bordô ou do branco, que são as cores símbolos da instituição. Dentro da sua trajetória no educandário, vai defender a cor do seu cordão nas atividades e jogos desenvolvidos. “Com esses jogos, trabalhamos a formação de líderes, e os resultados realmente acontecem. Em conversas com ex-alunos, estes relatam que as experiências vividas nas atividades foram muito significativas para desenvolver habilidades no âmbito profissional”, pontua.

Outra iniciativa que se destaca na instituição, cita Kracke, é a “Escola de inteligência”, um projeto que, menciona ele, serve para ensinar o aluno a gerenciar suas emoções, medos, angústias e orientá-lo a se colocar no lugar do outro. “São ferramentas que a educação moderna precisa desenvolver. Quando é que a criança vai gerenciar suas emoções? É no dia a dia dela”, frisa. “Nesse processo de crescimento, ela é afrontada com algumas situações e aí vai ter as habilidades corretas para gerenciar não apenas um conteúdo, mas gerenciar uma emoção que ela está vivendo. Quando a criança consegue gerenciar isso, ela consegue lidar melhor com a adversidade que está à sua volta. Conhecemos muito do mundo, mas o ser humano conhece pouco dele mesmo. Então fazer com que o jovem consiga gerenciar as emoções é um grande diferencial hoje”, evidencia.

 

ATIVIDADES DIFERENCIADAS 

O professor de Matemática Jhonatan Ropke, que leciona há quatro anos no Colégio Rui Barbosa, observa que a qualidade na educação que a instituição oferece está ligada ao nível de exigência na preparação das aulas e no conhecimento nas áreas específicas. E comenta que a coordenação é sempre aberta a ideias para desenvolver atividades com os alunos, como as desempenhadas no contraturno. “Faço cursos com eles no contraturno que envolvem Enem, universidade. Consigo antecipar algumas matérias da faculdade para que possam ser apresentados aos cursos”, relata.

 

DESVENDANDO A MATEMÁTICA

Ropke diz que Matemática é uma matéria que muitos alunos possuem dificuldades, e ele gosta muito de estudar o motivo disso. “Se você investigar a razão, muitas vezes é porque na base do aluno, quando estava lá no ensino infantil, aprendendo a tabuada, aprendendo frações, aprendendo porcentagem, ele não aprendeu direito ou ele teve dificuldades. Então ele foi passando de ano, foi tendo falhas na aprendizagem e tudo virando uma bola de neve. Matemática é linear, então, para você prosseguir com sucesso na disciplina, você precisa aprender os conteúdos anteriores. Se tem uma falha lá no início, vai chegar ao Ensino Médio sem entender aquilo que é necessário para o vestibular, por exemplo”, pontua o professor.

“Então, pensando nisso, temos algumas técnicas. Nós fazemos alguns testes para ver onde houve falhas, avaliamos o aluno para ver se ele tem o conhecimento necessário em tabuada, em frações, em porcentagem, nas operações básicas, para dali começar a arrumar algumas coisas que ficaram para trás em alguns conteúdos para que tenha o máximo potencial possível para o Ensino Médio”, detalha Ropke. Segundo ele, essa é uma estratégia para tornar a Matemática atrativa para os alunos.

 

RESULTADOS SATISFATÓRIOS NOS VESTIBULARES

O docente afirma que os professores estão muito satisfeitos com o rendimento dos alunos nos vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. “Temos um trabalho muito forte com a cultura do estudo. Isso faz com que os alunos tenham foco e objetivo”, comenta.

Na visão dele, algo que ajuda no fortalecimento da cultura do estudo, e consequentemente na melhora do rendimento nos vestibulares e no Enem, é a sala de estudos. Nessa sala os alunos têm espaço para no contraturno receberem o auxílio de professores, através das monitorias, e tirarem dúvidas sobre os conteúdos estudados. “Desde que criamos essa sala de estudos percebemos que os alunos estão vindo à tarde, quase que como um estudo integral, então isso ajudou bastante nos resultados”, garante.

Professor de Matemática Jhonatan Ropke: “Estamos em um período em que as coisas mudam muito rápido. Nós, professores, não podemos nos acomodar em relação ao ensino e à aprendizagem”. (Foto: O Presente)

 

EM BUSCA DE CONHECIMENTO

Aluna do 1º ano do Ensino Médio, Julia Bonini, de 15 anos, vem todos os dias de Santa Helena para Marechal Rondon para estudar no Rui Barbosa. Segundo ela, a rotina de acordar mais cedo, no início, e ficar praticamente uma hora no ônibus todos os dias, era mais difícil, mas ela é enfática ao dizer que foi a melhor decisão que tomou. “A gente sempre busca um ensino melhor”, enaltece.

Para a santa-helenense, a escola não é só o local para onde ela vai diariamente para aprender os conteúdos: “É onde eu tenho um ciclo social muito forte. Ela me dá muitas oportunidades. É neste espaço que descobri muitas coisas que eu gosto de fazer além das matérias, que tenho aptidões maiores em algumas matérias e outras menos, que eu tenho outros talentos e que posso trabalhar para aprimorá-los. É assim comigo e com muitos outros alunos”, expõe.

Julia Bonini, do 1º ano do Ensino Médio: “A escola é onde eu tenho um ciclo social muito forte. Ela me dá muitas oportunidades e me possibilita muitas descobertas”. (Foto: O Presente)

 

GRÊMIO ESTUDANTIL

Com cargo na Comissão de Cultura, Julia participa do Grêmio Estudantil. Segundo ela, o Grêmio auxilia na aproximação da relação entre alunos e coordenação, o que facilita na hora de ter uma conversa mais direta com a direção. “Com isso conseguimos alcançar conquistas. Muitas vezes pequenos detalhes, mas que somam bastante no dia a dia da rotina escolar”, menciona.

As reuniões, além de integrar a classe discente com a coordenação, de acordo com Julia, também fortalecem os laços entre os próprios estudantes. “Não nos reunimos apenas entre os integrantes do Grêmio Estudantil, mas também com outros alunos líderes das turmas, e a partir dessa integração e interação temos feedbacks importantes e necessários para pensarmos sempre no melhor”, ressalta.

 

FUTURO PROFISSIONAL

Mesmo com 15 anos, Julia já tem claro a profissão que pretende seguir. “Pretendo fazer Direito. Meu pai é advogado, sempre tive muito contato com essa profissão e me identifiquei bastante, tanto nas matérias quanto no exercício da profissão”, compartilha. “Eu sempre tive medo de não conseguir encontrar a minha profissão, então eu conversei com várias pessoas da escola também. Eu tinha muito interesse em fazer Jornalismo e fui conversando, pedindo como é o dia a dia do trabalho, mas acabei me identificando com Direito”, expõe.

A partir dessa definição, a santa-helenense diz que iniciou uma nova rotina de estudos. “A partir do começo deste ano eu busquei me organizar em relação a isso. Não tenho um método específico, mas eu errei várias vezes para descobrir como fazer. Eu separo por dia quatro matérias para serem revisadas no período de duas horas, porque não adianta estudar somente antes das provas”, entende. “Eu fui me adaptando até virar uma rotina mesmo”, enaltece.

 

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