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Marechal Maio Laranja

Em cinco anos, Comarca de Marechal Rondon registrou cerca de 200 inquéritos de crimes de estupro de vulnerável

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(Foto: Divulgação)

Seguem nesta terça-feira (16), em Marechal Cândido Rondon, as ações preventivas e que integram a programação da Campanha Maio Laranja, destinada ao combate à exploração sexual infantil.

Às 19 horas, no Tribunal do Júri do campus da Unioeste, acontece o evento intitulado “O atendimento às crianças e aos adolescentes em situação de violência: estratégias, indícios e consequências”.

A primeira palestra será com a professora do curso de Psicologia na PUC em Toledo, Adriana Dias Basseto, que abordará sobre os “Sinais e sintomas de abuso sexual em crianças”.

Já às 20h30 será trabalhado o tema “Abuso sexual infantojuvenil: encaminhamentos e procedimentos corretos após a identificação dos sinais de violência”. A palestra será ministrada por Lucas Franco de Paula, promotor da 3ª Promotoria de Justiça, e por Caio Marcelo Santana Di Rienzo, promotor da 1ª Promotoria de Justiça de Marechal Rondon.

Trata-se de uma ação alusiva ao projeto de extensão do Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude (Neddij), em parceria com o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (Cmdca), no âmbito da campanha nacional.

Do ano de 2018 até meados de maio de 2023, um período aproximado de cinco anos, a Promotoria instaurou até agora, nos seis municípios da comarca rondonense, cerca de 200 inquéritos de estupro de vulnerável.

De acordo com o promotor Caio Di Rienzo, a comarca tem altos índices. “Infelizmente, são inúmeros casos nos seis municípios que integram a Comarca de Marechal Rondon. Fiz um levantamento na Promotoria de Justiça, desde 1º de janeiro de 2018 até meados de maio de 2023, e neste período a delegacia instaurou quase 200 inquéritos para apurar o crime de estupro de vulnerável, que é qualquer ato sexual tento como vítima criança ou adolescente. Isso é muito preocupante, porque, infelizmente, esse tipo de crime ocorre intramuros sem qualquer testemunha e o abusador se aproveita de oportunidades criadas. Muitos desses abusadores integram a rede de relacionamento dessas crianças; é um pai, um padrasto, um avô, um vizinho, um parente. Essas pessoas se aproveitam da criança indefesa, que mal tem como contar, ou ele ameaça de morte, ameaça seus parentes, enfim, a criança por medo não conta”, expõe.

Di Rienzo enaltece um projeto desenvolvido em parceria com outros órgãos municipais. “De 15 em 15 dias, nós vamos nos colégios falar com as crianças e adolescentes de 13 a 17 anos principalmente sobre violência contra a mulher e aproveitamos sempre a oportunidade para falar sobre o abuso sexual. Nós, infelizmente, após essas palestras, recebemos alguns relatos de vítimas que vêm conversar com a gente, enquanto promotor, para questionar, se informar, para, às vezes, falar ‘olha, o fato faz muito tempo, teria como eu ir atrás disso’. E semanalmente na comarca temos audiência de instrução envolvendo esses crimes”, relata.

O Presente com Rádio Difusora

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